Saturday, 31 July 2010

One week to go: Vá duma vez, Uribe, senhor da guerra na América Latina!


Falta apenas uma semana. Vá logo, Uribe! Embora se saiba que seria ingenuidade pedir, é difícil conter o desejo de expressar: Vá e não volte! No próximo sábado, dia 7 de agosto, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, finalmente deixará de ser um dos chefes de estado da América Latina, um breve suspiro de alívio para o continente que está farto das artimanhas, teatros e ofensivas de um político que gerou uma era de vergonha para a Colômbia ao conduzir um governo servil dos interesses geopolíticos e do grande capital estadunidense.


Como se já não bastasse deixar como seu sucessor um perfeito representante da direita mais conservadora e tradicional da burguesia colombiana, Juan Manuel Santos (ex Ministro de Defesa no governo Uribe) – que é tão o mais reacionário que ele próprio – Uribe decide seguir até o ultimo minuto no jogo pela disputa política do espaço latino-americano e arma um espetáculo deprimente contra a Venezuela para reforçar sua estratégia para o continente.


Uribe, em plena reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em Washington no dia 27 de julho, lança uma série de acusações sobre a existência de acampamentos guerrilheiros das FARC em território venezuelano, cumprindo seu papel de marionete dos Estados Unidos na região. Uribe estabeleceu estratégias em comum acordo para a Colômbia ser a leal representante dos interesses dos Estados Unidos na América Latina e para isso o país tem de montar seu teatro rasteiro e mesquinho. Como resposta óbvia e necessária o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países e ordenou o fechamento da embaixada da Colômbia em Caracas.


O SENHOR DA GUERRA

Num momento, de fácil conclusão até para analistas políticos inexperientes, em que os Estados Unidos promovem a busca por recuperar posições de influencia e hegemonia na America Latina, a aliança militar da Colômbia com os EUA provoca enjôos. O peão do Império realmente se lixa para a America Latina, deu as costas pomposamente para todo o momento construção de unidade no continente e se alia e faz campanha pela tradicional manutenção dos Estados Unidos na região, de modo a garantir apoio e financiamento para sua obsessão de aniquilar militarmente as FARC.


Sete bases militares dos Estados Unidos serão construídas na Colômbia. SETE BASES MILITARES DOS ESTADOS UNIDOS NA AMERICA LATINA. A aliança militar com os EUA, à revelia da vontade dos países vizinhos, firmada em julho do ano passado, está baseada nas premissas de que as FARC não seriam um grupo guerrilheiro, mas uma organização terrorista. Numa situação dessas não haveria negociação possível senão o enfrentamento militar, o que confirma a sede por guerra e poder de Uribe, que envergonha o continente.


Uribe já vai tarde. Com uma biografia marcada por violência, perseguições e subordinação total aos interesses do capital estadunidense, ele prestou um absoluto desserviço ao projeto de unidade da America do Sul durante os oito anos como presidente da Colômbia e promoveu desestabilização, intrigas e ódios.


Valendo-se do mais extremo dos populismos, explorando as dores de uma população cansada por décadas de violência institucionalizada como fruto dos confrontos do governo com as FARC, Uribe ganhou popularidade entre os colombianos. Por sorte, sua tentativa de ser candidato novamente falhou, pois a Suprema Corte da Colômbia vetou seu projeto de uma segunda reeleição. Mas o senhor da guerra na América Latina deixa um sucessor e, provavelmente, a herança de um projeto de ódio que seguirá aumentando a submissão da Colômbia aos Estados Unidos, criando espaços de influência norte-americana na região e minando os esforços para a construção de outros paradigmas de desenvolvimento na América Latina baseada na unidade e solidariedade dos países do Sul.

Friday, 30 July 2010

Perdas e danos no Reino (des)Unido


*Texto de minha autoria publicado com atualizacoes e edicoes na versao impressa do jornal Brasil de Fato, no dia 30 de agosto.

Este ano pude acompanhar minha segunda eleição geral britânica vivendo na Inglaterra, ou melhor dito, em Londres (algum dia conseguirei explicar porque viver em Londres não é necessariamente a mesma coisa que viver na Inglaterra...). Em 2005, porém, quando foi reeleito Tony Blair, eu, com meu parco domínio de inglês na época e toooodas as peculiaridades contextuais de um imigrante recém-chegado, mal pude entender, e nem tinha vontade, o que se passava.


Mas neste ano estive atento às eleições gerais britânicas do último dia 6 de maio; consideradas as mais animadas e imprevisíveis em toda uma geração. O ânimo, é verdade, foi a um estilo inglês bastante blasé, especialmente e para a surpresa de quem está acostumado à ruidosa atmosfera eleitoral brasileira. Ainda assim, ao final essa foi uma eleição que realmente se revelou cheia de suspenses, emoções e “primeiras vezes“.


Foi a primeira vez que os líderes dos principais partido na disputa ao parlamento tiveram debates públicos na TV, a primeira vez que uma mulher muçulmana foi eleita para a Câmara dos Comuns e foi o primeiro Parlamento eleito sem maioria em mais de 30 anos. Sobretudo, essa eleição também pode ter sido a primeira vez em que todos perderam, inclusive, e principalmente, os imigrantes e o sistema eleitoral britânico.


AS PERDAS

Grosso modo, a curiosa e badalada expressão do jargão político inglês, “hung parliament” significa que as eleições resultaram em um Parlamento onde nenhum partido conseguiu a maioria absoluta. Tal situação representou um golpe de peso nos 13 anos da era trabalhista. O Labour Party perdeu quase cem deputados e muita popularidade. Os Conservadores, pese os prognósticos otimistas e o fato de terem obtido a maioria das cadeiras, tampouco conseguiram obter a maioria necessária para automaticamente obter o direito de compor o governo e indicar o primeiro-ministro. E o azarão nesta acirrada corrida de cavalos, conforme cunhado pela própria imprensa inglesa, os Liberais-Democratas, não conseguiram emplacar como esperavam.


Foram justamente os inéditos debates na TV – onde Nick Clegg teve uma performance muito bem acolhida pelos eleitores ingleses – que permitiram ao líder dos “Lib-Dems” encher-se de confiança e efetivamente pautar sua possível chegada a Downing Street, número 10, ao ponto de afirmar, inadvertidamente, que esta era uma eleição entre os Conservadores e os Liberais. De fato, a expectativa de um êxito eleitoral dos Liberais era maior do que nunca e muitos ingleses jovens, inclusive os que costumavam votar nos Trabalhistas, desta vez foram com os Lib-Dems porque consideraram que o Labour se moveu demasiadamente para a direita; um raciocínio inspirado em grande parte pelo fiasco da decisão Trabalhista de participar da guerra no Iraque, que é rejeitada pela maioria da opinião pública britânica. Os Liberais seguirão, no entanto, com praticamente o mesmo número de pouco menos de 60 cadeiras que possuíam em 2005. Mas Nick Clegg, que chegou a House of Commons apenas na eleição anterior, da noite para o dia transformou-se no homem com o poder de decidir quem seria o primeiro-ministro do Reino Unido.


Diante do impasse eleitoral, durante o período das complexas negociações para decidir o futuro do governo britânico com o objetivo de compor uma coalizão, Gordon Brown e David Cameron, o líder dos Conservadores, cortejaram a Clegg, cada um oferecendo-lhe um melhor pacote de aliança que o outro, pois no seu apoio estava a chave da porta do governo. E essa chave tem nome: reforma eleitoral; um ponto inegociável para os Liberais. Quem cedeu nesse jogo foram os dois partidos tradicionais, tentando acomodar-se as exigências dos Liberais por um outro sistema de votação.


CONSERVADORES, ANOS DEPOIS DE MARGARET TATCHER, DE NOVO NO PODER

Os Conservadores negociaram melhor. Clegg fechou com eles, recebendo o cargo de vice-premiê, e Cameron, aos 43 anos, tornou-se neste ano o mais jovem primeiro-ministro da Grã-Bretanha desde 1812. Contudo, a solidez dessa coalizão formal está sob o risco de revelar-se em um simples arranjo ad hoc – o que poderia levar a novas eleições dentro de um ano, como ocorreu no ultimo caso de hung parliament em 1974 – dependendo da gestão de diferenças chaves entre os dois grupos políticos, como a reforma eleitoral.


Se o pacto for mantido, o Reino Unido realizará um inédito referendum sobre seu sistema eleitoral. O que também se perdeu nesse qüiproquó britânico foi o prestigio do sistema eleitoral do Reino Unido, inclusive ao deixar milhares de eleitores sem poder exercer seu direito ao voto por inúmeras confusões nas mesas de votação. As imagens dos eleitores em longas filas por mais de uma hora para ao final terem negado o direto ao voto foi algo sem precedentes e causaram indignação e disputas legais. Aliás, a bagunça chegou a situações inimagináveis em eleições brasileiras: tenho amigos ingleses que conseguiram votar sem documento de identificação (não existe carteira de identidade no Reino Unido, mas para votar espera-se que se leve pelo menos a carteira de motorista). Apenas chegaram até a mesa, disseram que eram quem eram e se lhes permitiu o voto, sem mais nem menos. Incrível!


IMIGRANTES: AGORA QUASE PERSONAS NON GRATAS

Mas há outro tema que estava amplamente presente na agenda dos três grandes partidos como uma das questões centrais da política nacional: a necessidade de conter os fluxos de imigração. Ainda assim, foram os Liberais que surpreendentemente tiveram um discurso menos pesado contra a imigração e com propostas que incluem medidas internas mais razoáveis como a legalização dos imigrantes ilegais que estão no Reino Unido por mais de dez anos sem registros criminais.


Há um euro-ceticismo e um sentimento anti-migração corrente e crescente no Reino Unido. Como parte da União Européia e sujeito ao Direito Comunitário, o país permite a livre movimentação de cidadãos e trabalhadores dos países membros. Porém ser parte do “clube europeu” nunca foi um tema pacifico e de fácil digestão para muita gente no Reino Unido, pese o fato de que há também centenas de milhares de britânicos em outros países da Europa.


O tema Europa e identidade cultural européia é extremamente complexo e a Grã-Bretanha é um dos países onde tal debate é bastante presente e, não raramente, incendiado. Desde o a gestão Tony Blair iniciada em 1997, a nação recebeu um fluxo de dois milhões de imigrantes, a maior de sua história, num momento em que a Libra Esterlina estava muito bem valorizada ante outras moedas. Mas com o estouro da crise financeira em 2008 passou a ser visível aquilo que postula Eric Hobsbawm em sua obra “On History” quando afirma que “as pessoas sempre procuram por alguém onde botar a culpa de suas falhas e inseguranças e essa é uma perigosa situação, pois pode gerar movimentos inspirados pelo xenofobismo, nacionalismo e intolerância. É sempre mais fácil culpar aos estranhos.” (tradução livre). Igual a outras partes do continente, em especial na Espanha, a um número cada vez maior de pessoas que acreditam que a imigração é uma das principais razoes para os maiores níveis de desemprego e para gerar sobrepeso nos serviços públicos.


O discurso de “governo forte e estável”, repetido com tanta insistência pelos dois partidos agora aliados no governo, ainda não colou. O tradicional sistema eleitoral inglês e sua democracia foram marcados como demasiadamente complexo e ao mesmo tempo insuficientes. Uma reforma desse sistema pode ser a verdadeira mudança política do país decorrente dessa estranha eleição que deixou um legado de fragmentação política. De resto, o país segue essencialmente igual levando à cabo políticas de corte de gastos públicos, particularmente direcionadas ao sempre polêmico sistema universal de saúde do país; intentos de limpeza da imagem da instituição Parlamento, afetado no ano passado por escândalos de corrupção nunca vistos antes, e apregoando um equilíbrio fiscal que permita um Estado mais eficiente tratando desesperadamente de manter com sua posição de superpotência nas Relações Internacionais.

Thursday, 29 July 2010

Textos curtos para Ítaca I

Um futuro-presente projeto literário. “Textos curtos para Ítaca” é a primeira materialização de uma das várias e extensas idéias em literatura, essencialmente em prosa, mas com flertes em verso, colecionadas ao longo da jornada até Ítaca. Eles podem variar entre português, inglês e espanhol, ou por vezes misturar um ou mais idiomas. Em fato, os projetos para contos e novelas e outras literaturas de longo fôlego, ainda estão em fase sketch, talvez nem maquete, e irão tomando forma ao ritmo das circunstancias, que sim, podem tardar, como já tardam, mas ainda virão. Enquanto isso, num dia e momento aleatório, curiosamente com menos atraso, vão tendo agenda as mini-experiências em poesia e verso, do qual, lenta e despretensiosamente, faço um laboratório neste blog (único espaço onde o critério editorial é totalmente meu... ). Algum dia também ganharão forma impressa, sempre ao ritmo das possibilidades e, no dizer de Konstantinos Kavafis, do rogar por uma rota longa, mas em textos curtos.


Flores en Menorca

Hay muchas narices entre nuestros besos.

Coloradas,

saladas

soleadas.

Olor de sol, labios de almendra,

barbas rojas y negras confundidas con la arena,

lecturas mayas aludidas en un poema.

Abrázame

defiéndeme del viento

bésame mientras pienso

háblame mientras sueño.



Wednesday, 28 July 2010

¡Está consumado! Nada de injerencia del estado salvadoreño en el derecho a la fe

Está consumado. El Salvador es un Estado laico y la lectura de la biblia debe ser algo circunscrito exclusivamente a la familia y el templo, pues es una opción libre de cada ciudadano y no debe ser impuesto.

El presidente Mauricio Funes rechazó en el martes, 27 de julio, el decreto que obligaba la lectura diaria de la biblia en todos los centros escolares del país tras casi un mes de debate nacional. Funes remitió la Asamblea Legislativa su veto al Decreto Legislativo 411 por contradecir, al menos, dos artículos de la Constitución de la República: el Artículo 25, que establece la libertad de culto de los y las ciudadanas, y el Artículo 55 en su inciso segundo, que otorga a los padres de familia el derecho preferente de decidir la educación de sus hijos.

Me encanta el debate sobre religión. Desde una perspectiva filosófica, pasando por la sociología de la religión hasta el puro y sincero ejercicio de rituales y códigos, el discutir religión conforma seguramente uno de los más interesantes temas de la existencia. Nunca he entendido de donde han sacado el dicho de que “política, futbol y religión no se discuten”. Pocos asuntos pueden ser más encendidos, luego, necesarios.

Por esto mismo, El Salvador debería ganarse algún premio de reconocimiento internacional por estimulo al debate. Fantástico como en Macondo, “El Salvador, impresionante”, el pulgarcito de América ganó notoriedad durante el mes de julio por querer forzar la lectura de un texto religioso en su sociedad. Luego de haber sido escenario de un delirante caso de violencia (un ómnibus corriente del transporte urbano incendiado con todos sus pasajeros, vivos; victimas de una de las gangs que enferman el país), los diputados del país conseguieron la hazaña de aprobar una ley, en el marco de combate a la violencia (!), que quería obligar siete minutos de lectura de la biblia en todos los centros educativos del país. El decreto legislativo aprobado por los diputados de los partidos conservadores fue una propuesta de un miembro del Partido de Conciliación Nacional (PCN), el cristiano evangélico José Armendáriz.

Ya expliqué aquí: no soy ateísta. Al revés. Pero como ser humano del siglo XXI apenas me sorprende la capacidad de un Estado, de una nación entera, gastar tiempo, dinero, energía, con tantos problemas que hay en mí El Salvador, discutiendo una ley que es una obvia violencia contra el principio del estado laico, contra la libertad civil del derecho a fe.

¡Basta de discusiones retrogradas, retrasadas y casi medievales en El Salvador!

¡Basta de querer utilizarse de la fe sincera de los salvadoreños y salvadoreñas para un intento abominable de capitalización política!

Y la mediocridad en este debate parecía no tener límites. El domingo siguiente a la aprobación de este decreto, el Arzobispo de San Salvador, Monseñor José Luis Escobar, mostraba su oposición a la medida por su potencial peligro de fragmentar la comunidad educativa del país de acuerdo a sus creencias religiosas. Algunos pastores evangélicos acusaron a la Iglesia Católica de temer a la lectura de la Biblia porque los propios sacerdotes no la alientan entre sus feligreses.

Pero "gracias a Dios" prevaleció el buen sentido en El Salvador. Según el presidente, el decreto legislativo aprobado por los partidos de derecha (Arena, Gana, PCN y PDC) “es una clara violación al derecho fundamental de la libertad de culto”. Como alternativa al veto, la presidencia menciona que en iniciará un debate para incluir en el currículo escolar una materia de urbanidad, moral y cívica y la posibilidad de que se instruya sobre la Constitución de la República a los alumnos.

Tuesday, 27 July 2010

Brasil en el banquillo de la Corte de Derechos Humanos de la OEA

*Texto de mi autoria publicado originalmente en la revista ContraPunto

El estado brasileño finalmente empezará a investigar, localizar e identificar los desaparecidos políticos en el país durante los años de 1961 a 1988, como consecuencia del período de represión de la dictadura militar.

Ya existe legislación para tratar del tema desde 1995, pero solamente ahora el gobierno federal ha movilizado sus estructuras para efectivamente realizarla a través de un acuerdo, firmado día 13 de julio en Brasil, entre la Secretaria de Derechos Humanos de la Presidencia de la Republica y del Ministerio de la Justicia. “El objetivo es humanitario. Queremos dar a las familias el derecho de saber lo que ha pasado a sus entes queridos”, asegura el Ministro de Derechos Humanos, Paulo Vannuchi.

El ministro también afirmó que la puesta en práctica de la ley busca permitir que Brasil supere el pasado de la violencia de la dictadura y siga adelante en su vida democrática. El país suramericano, sin embargo, parece estar lejos de obtener esta tranquilidad esperada por el ministro y de saldar sus deudas con la Memoria Histórica.

LA PRIMERA VEZ DE BRASIL EN LA CORTE

Tramita desde 2008 en la Corte Interamericana de Derechos Humanos de la Organización de los Estados Americanos (OEA) una demanda contra el estado brasileño por la responsabilidad del gobierno en el desaparecimiento forzado de 70 personas y por la falta de aclaración de la verdad de los hechos durante la represión contra la Guerrilla del Araguaia, entre los años de 1972 y 1974, cuando rebeldes brasileños en el norte del país se levantaron en armas contra el gobierno dictatorial.

Esta es la primera vez que Brasil es juzgado por una corte internacional debido a los crímenes perpetrados durante la dictadura. El proceso, iniciado por el grupo “Tortura Nunca Más”, por la Comisión de Familiares de Muertos y Desparecidos Políticos de Sao Paulo y por el Centro por Justicia y el Derecho Internacional (Cejil), entró en su fase final en mayo de este año, a través de audiencias públicas en San José, Costa Rica, en las cuales fueron oídas familiares de las víctimas, expertos jurídicos y representantes del Estado brasileño.

El Supremo Tribunal Federal de Brasil (STF) rechazó en abril de este año la demanda que permitiría revisar la polémica – así como en El Salvador – Ley de Amnistía, cuya vigencia impide se llevar a juicio los representantes del Estado acusados de practicar actos de tortura durante el régimen militar brasileño (1964-1985).

Con el voto de siete jueces contra dos que aceptaron la revisión de la Ley 6683/1979, la Corte Suprema se pronunció por la constitucionalidad de la norma que concedió el presunto perdón tanto a los militares como a sus adversarios. El STF de Brasil decidió que las victimas no tienen el derecho de llevar a juicio los torturadores de la dictadura y por lo tanto la Corte Interamericana se convirtió en la esperanza para que, de acuerdo al Derecho Internacional, los familiares de las victimas puedan buscar la reparación integral negada por el Estado brasileño.

El abogado Belisario dos Santos Junior, notorio nombre en la lucha por Memoria Histórica de la dictadura militar en Brasil y uno de los testigos contra el Estado en la audiencia en la Corte Interamericana, declaró en entrevista a periódicos brasileños que el STF se ha equivocado en su decisión de no aceptar la revisión de la Ley de Amnistía. “El STF no ha tomado una decisión jurídica, sino de interpretación histórica sobre un acuerdo, no negociado, que presuntamente se trataba de un hecho para no ser discutido en el futuro. Los ministros del STF entendieron que había un hecho y como lo que ellos entienden se convierte en ley, nosotros tendremos que convivir con esta ficción creada por ellos”, argumenta Belisario.

Belisário afirma que la Corte Interamericana ha dado señales de que no aceptará la auto-amnistía del Estado brasileño impuesta por la legislación vigente. “Si Brasil es condenado por la OEA eso podría implicar en la obligación al Estado de revocar parte de Ley de Amnistía y de perseguir judicialmente a los responsables por las torturas cometidas durante aquél período. Yo creo que Brasil cumplirá las determinaciones de la Corte”

El fallo de la Corte Interamericana de Derechos Humanos de la OEA sobre la demanda contra Brasil deberá ser emitido el próximo mes de agosto.

Monday, 26 July 2010

O aniversariante do dia



Plínio de Arruda Sampaio completa 80 anos hoje, 26 de julho. São 80 anos de vida e quase 60 de atividade política incessante, sempre guiados pela coerência. O aniversário deste intelectual da ação será comemorado em meio a uma de suas mais duras batalhas. Plínio é candidato à presidência da República pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Conforme artigo na Carta Maior que o homenageia, “pode-se concordar ou discordar das posições de Plínio. Mas não se pode ignorar a admirável trajetória desse comunista que acredita em Deus, como ele mesmo se define”.

Plínio deu seus primeiros passos na política através da Juventude Universitária Católica, organização surgida a partir da Ação Católica Brasileira. Ainda nos anos 1950, entrou para o Partido Democrata Cristão (PDC), que tinha em André Franco Montoro um de seus principais líderes.

Plínio vem de uma família de produtores de café e fez uma trajetória raríssima. De posições inicialmente moderadas, ao longo dos anos ele percorreu um caminho que o leva cada vez mais à esquerda. “Eu vim da direita”, costuma brincar. É um exagero. Mas contam-se nos dedos os ativistas com origem familiar abastada que transitaram rumo à esquerda socialista.

Eleito deputado federal em 1962, Plínio logo se tornaria relator do plano de reforma agrária do governo João Goulart (1962-1964). A antipatia dos setores mais conservadores da sociedade foi imediata. Quando foi deflagrado o golpe de 1964, Plínio estava na primeira lista de cassações, juntamente com Luiz Carlos Prestes, João Goulart, Leonel Brizola, Miguel Arraes, Darcy Ribeiro, Celso Furtado e dezenas de outros.

O ex-deputado voltou ao Brasil antes da Anistia. Chegou em 1976 e tornou-se professor da Fundação Getulio Vargas.

Tomou parte nas intensas lutas sociais que marcaram o final da ditadura. Ingressou primeiro no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e logo saiu para fundar o Partido dos Trabalhadores. Eleito deputado constituinte, em 1986, Plínio bateu-se por um projeto de reforma agrária que erradicasse o latifúndio.

Membro da coordenação da campanha Lula à presidência em 1989, Plínio foi o principal formulador da política agrária do partido por muitos anos. Foi líder da agremiação na Câmara e candidato a governador pelo PT, em 1990. Foi um dos mais importantes colaboradores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Paulatinamente desencantado com os rumos do PT, após a eleição de Lula, em 2002, Plínio foi candidato à presidência da legenda em 2005. Em setembro daquele ano, juntamente com cerca de dois mil militantes de todo o país, ele deixa a legenda que ajudou a fundar e filia-se ao PSOL.

Sabe que o principal perigo para o Brasil e para o continente é a candidatura de José Serra, que reúne a maior parte da direita brasileira, de golpistas a neoliberais. Mas como candidato a presidência, busca se diferenciar também da campanha de Dilma Rousseff, criticando especialmente a política monetária do Banco Central e a não efetivação da reforma agrária, no ritmo que julga necessário.

Sempre que perguntado quais os melhores anos de sua longa trajetória, Plínio repete um bordão: “São aqueles que ainda vou viver”.

Sunday, 25 July 2010

Música do domingo: Nicolas Krassik

Nicolas Krassik estava na banda de Gilberto Gil no show do ex-ministro da cultura aqui em Londres, no Southbank Centre, na quarta-feira passada. Confesso que não dei muita bola ao principio. Gil apresentou-o como o “violinista francês”, mas eu estava com a atenção voltada para Sergio Chiavazzoli. Eu não sabia, mas Chiavazzoli acompanha a banda do Gil ha vários anos. Eu conheci seu trabalho quando ele gravou com o Oswaldo Montenegro o excelente disco, “Seu Francisco” (1993), um dos melhores álbuns em homenagem ao Chico Buarque que eu conheço.

Mas quando Gil começa a tocar a música “O casamento da raposa”, percebi que esse Nicolas também merecia atenção. Uma investigada no youtube depois e confirmo que é preciso conhecer mais sobre Nicolas. Aqui vai uma amostra:



Saturday, 24 July 2010

Un año de golpe militar en Honduras: la resistencia sigue!


*TEXTO PARA PUBLICACIÓN EN PANORAMICA SOCIAL EN AGOSTO, 2010

Tegucigalpa, capital de Honduras, 28 de junio de 2010. Miles de hondureños y hondureñas se movilizaron para repudiar el golpe de Estado militar, contra Manuel Zelaya Rosales, el pasado 28 de junio de 2009 y para celebrar el primer año de nacimiento del Frente Nacional de Resistencia Popular, FNRP.

El golpe de Estado militar en Honduras ha completado un año de existencia.

La increíble demostración de que el legado del autoritarismo militar-patético aun existe en Latinoamérica fue un desesperado recurso de la oligarquía frente el inicio de un proceso de transformación que estaba siendo interpretado y canalizado a través del gobierno del Presidente Manuel Zelaya Rosales. A pesar de haber llegado al poder dentro del esquema definido para preservar los intereses económicos de los pudientes, Mel supo dar un giro a las políticas económicas, sociales y empezaba a poner el Estado a favor de las transformaciones necesarias.

Mel Zelaya asumió la conducción de un gobierno en medio de una grave crisis social, un bipartidismo moribundo, un movimiento popular en ascenso y un nuevo escenario internacional con una Latinoamérica en procesos de cambios económicos, políticos y sociales. Lo que comenzó como el intento de pequeñas reformas para fortalecer el aparato productivo nacional y frenar las privatizaciones de los últimos servicios públicos todavía le quedaban al Estado, fue evolucionando hasta el compromiso por la transformación estructural del Estado y la sociedad, a través de la instalación de la Asamblea Nacional Constituyente.

Cuando la oligarquía hondureña ejecutó el golpe de Estado en juño del año pasado, jamás imaginó que enfrentaría uno de los más grandes y bien organizados movimientos sociales de la historia de Honduras.

Después de un año de luchar por el retorno a la constitucionalidad en el país, las exigencias continúan siendo las mismas: la convocatoria a una Asamblea Nacional Constituyente, el retorno incondicional del Presidente Zelaya, y los más de 200 exiliados políticos, y el rechazo al golpe.

Según el FNRP, “el pueblo hondureño se movilizó desde el mismo momento en que se enteró del acto traidor, planeado y ejecutado por el imperialismo y la oligarquía hondureña, y desde entonces no ha cesado ni un instante en organizarse”.

La aparente imagen de normalidad de Honduras que el gobierno Lobo intenta vender al mundo no encuentra factibilidad en las calles de Tegucigalpa. En el centro antiguo, todas los muros tienen marcas de la FNRP, que no se rinde. En las principales partes peatonales de la ciudad los militantes hacen campaña por las firmas necesarias para la convocación de una Asamblea Constituyente. Más de 600 mil hondureños ya han firmado el documento, y el FNRP espera obtener 1.2 millones de firmas hasta septiembre.

Los movimientos sociales han estado denunciando las constantes amenazas a los dirigentes, los encarcelamientos y los asesinatos. Estos han crecido vertiginosamente en la capital, en San Pedro Sula y otros centros urbanos. El FNRP apunta que los crímenes políticos son travestidos como crímenes comunes por el gobierno continuador del golpe. De enero, cuando asumió Porfirio Lobo, hasta abril de este año, más de 1200 personas han sido muertas en Honduras, cifras que en cuatro meses son mayores que el total de homicidios en 2009.


LA INCOHERENCIA PROMOVIDA POR EL SICA

En tal contexto hondureño, los jefes de Estado centroamericanos presentes en la Cumbre Extraordinaria del Sistema de Integración Centroamericana (SICA) cerraron el evento el dia 20 de julio con una declaración conjunta en la que dicen haber consolidado un esfuerzo renovado para avanzar en la integración regional.

La base de tal posición: la readmisión formal de Honduras en SICA y la inyección de créditos para el país y la región por parte de entes financieros internacionales presentes en la cumbre.

La Declaración Conjunta final consta de 18 puntos y fue firmada por los presidentes Mauricio Funes, de El Salvador; Álvaro Colom, de Guatemala; Laura Chinchilla, de Costa Rica; Porfirio Lobo, de Honduras, y Ricardo Martinelli, de Panamá. Cuenta también con las firmas del vicepresidente de la República Dominicana, Rafael Alburquerque, y del viceprimer ministro de Belice, Gaspar Vega.

A la Cumbre no llegó el presidente nicaragüense Daniel Ortega, ni envió a ningún delegado que presentara a su gobierno. “Nicaragua no participó en esta reunión porque ya sabíamos que estaba encaminada y empujada por la política de los Estados Unidos", asentó, Ortega,

Junto a los citados jefes de gobierno y representantes de los países centroamericanos, la cumbre fue completada con la presencia de los responsables del Banco Mundial y del Banco Interamericano de Desarrollo (BID), que acudían con la promesa de anunciar jugosos paquetes crediticios para la financiación de las iniciativas regionales emanadas de esta cumbre.

Segundo el periódico salvadoreño ContraPunto, “la pátina de la integración regional, que el presidente salvadoreño Mauricio Funes repitió hasta la saciedad durante la reunión, no pudo cubrir en su totalidad un contexto en el que Estados Unidos y los países del Sudamérica mueven sus piezas en la lucha que libran por conservar su hegemonía y su ganar su soberanía, respectivamente”.

El profesor de Ciencia Politica de la Universidad Nacional de El Salvador, Antonio Martinez-Uribe (quien amablemente me ha invitado para escribir un artículo para un cuaderno de estudios en el final de este año) dijo a ContraPunto que el principal objetivo de esta cumbre era presionar a Nicaragua, y con ello al resto de países latinoamericanos que no reconocen al gobierno de Porfirio Lobo, para restituir a un presidente que consideran que no es producto de elecciones legítimas y democráticas.

La mayoría de los gobiernos de los países que forma la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur), tales como Brasil, Venezuela, Argentina, Uruguay, Bolivia, Ecuador o Paraguay y, por otra parte, gobiernos de la zona centroamericana y del Caribe como Nicaragua o Cuba, junto a México, aún no han reconocido al hondureño Porfirio Lobo.

La emergencia de Brasil como la potencia que impulsa la integración dentro de Unasur es un cambio histórico en las sinergias que hasta ahora se han dado en el continente, tras tantas décadas de postración ante la potencia del norte.

Quizá esa es la principal diferencia entre esa integración de Unasur, enfocada a independizarse y salir de la espiral histórica de la intervención de la potencia del norte, y la impulsada por Funes en el SICA, con el financiamiento del Banco Mundial, es decir, el dinero de las grandes potencias y especialmente de Estados Unidos.

EL SALVADOR MÁS AL NORTE Y MENOS AL SUR

El presidente Mauricio Funes parece haber tomado partido claramente por las fichas que mueve el gobierno de Estados Unidos, a cambio de lo cual recibirá los créditos del Banco Mundial.

Funes busca consolidar su imagen de líder regional en Centroamerica y principal impulsor de la integración del istmo. Durante la cumbre de julio insistió en decir que él la había convocado en su intervención ante la Asamblea General de Naciones Unidas en septiembre de 2009. En la Cumbre Unión Europea-América Latina acontecida el pasado mes de mayo en Madrid, Funes también defendió con pasión el proceso de integración centroamericano como una pretensión histórica que hoy más que nunca puede ser “beneficiosa para nuestros pueblos”.

Todo bien hasta ahí. Sin embargo, dado el marco en que Funes articula esa integración, guiada por los intereses de los Estados Unidos, parece indicar que el ex periodista viste los colores estadounidenses, haciendo con que el “gobierno del cambio” del FMLN siga mirando hacia al Norte en lugar de aprovechar el contexto de unirse al Sur.

¿Cuáles son los intereses de los Estados Unidos en este juego? Asegurar sus movimientos militares en la región (las polémicas bases en Colombia) y la readmisión de Honduras en el seno del SICA (Los Estados Unidos fueron uno de los primeros a reconocer Porfirio Lobo). (tal situación) es una reacción de Washington hacia este proceso de integración latinoamericana, eso está clarísimo”, enfatiza Martínez Uribe. Al fin y al cabo, los Estados Unidos quieren conservar su hegemonía en su área histórica de influencia – que no estuvo bajo prioridad en la era Bush, cuando el país estaba ocupado con Afganistán Irak.

Y la contrapartida que obtendría Funes sería, en primer lugar, más préstamos internacionales para sus políticas internas. Según el economista Carlos J. Glower, también entrevistado por ContraPunto, se firman $230 millones, tres préstamos del BM para el gobierno de Funes. Y hay programados para el año siguiente y el subsiguiente $350 millones más.

Preguntas en abierto: ¿No era Lula el modelo para Funes? ¿Venció la realpolitik de las relaciones comerciales internas en Centroamérica? ¿Vale la pena botar la coherencia en nombre de los préstamos del Banco Mundial? ¿La Unasur, y la propia OEA, vendrán a reconocer Honduras también?

Friday, 23 July 2010

Adoro catarses

Num período de asserções e acepções, nada melhor que a chance pra uma catarse.

Melhor ainda quando não é programado, quando ocorre como uma das sempre-possiveis-surpresas que morar em Londres às vezes proporciona.

Ultimamente os dias já não tem sido de muita rotina, pra ser honesto, e ontem, entre um bom café da manhã, British Museum, entrevista com Porcas Borboletas, e a normal corrida pra manter o email atualizado, uma ligação de fim de tarde: “Cara, o Sepultura toca daqui a pouco ali no Scala, vamos?”

Sim, o Sepultura. O que melhor que um show do Sepultura para uma catarse e release de más energias? Umas das características clichês de cidades como Londres: aqueles grandes eventos que mobilizam uma cidade “normal” meses antes, que exigem programar-se, aguardar e guardar, em Londres acontece assim, a 15 minutos da tua casa sem que nem fiques sabendo e ainda assim com a chance de ir num aviso de última hora. É clichê talvez, mas indeed f***ing cool!

O Scala, quase na frente da Kings Cross Station, me exige apenas um ônibus, que sai literalmente da esquina. Fosse o show em qualquer outro lugar que demandasse pegar mais de um meio de transporte, mesmo apenas para entrar num metrô, não me moveria. Não tinha certeza se entraria, mesmo que ainda houvesse tickets disponíveis, porque as finanças não andam exatamente boas. Graças a generosidade dos amigos, e uma garrafinha de JD que o Sam tomou sozinho, acabamos entrando.

A primeira e última vez, antes de ontem, que vi o Sepultura ao vivo foi em 2003 ou 2004, no Gigantinho, em Porto Alegre. Tocou também Hellacopters e Deep Purple. Lembro que fomos nas famosas excursões que se organizavam – e suponho que ainda se organizam –da galera metal de Pelotas para ir a este tipo de evento que só se tem acesso quando se mora em Pelotas quando ocorrem na capital do estado, ou em Buenos Aires. POA era sempre a opção mais óbvia, porque claro que para ir a Buenos Aires se gastava muito mais, se tardava mais, era toda “uma mão”. Naquela ocasião, a fila era inacreditavelmente grande, o palco só não estava mais longe do que quando vi o Rush, no estádio do Grêmio (ai sim tava longe do palco...) e a pessoa que foi comigo passou mal na segunda musica do Sepultura e eu tive que nadar no meio da multidão com ela pendurada até a enfermaria, perdendo por tanto as três ou quatro músicas seguintes até que ela se recuperasse. Mesmo assim, eu achei genial!

Ontem, porém, eu estive quase todo o show no meio dos moshing e head-bangings, o suficientemente perto do palco para cumprimentar os caras da banda. Eu, que só escuto Sepultura e assemelhados em festas ou shows ao vivo, suei tanto como no show do Café Tacuba em Barcelona, no ano passado. Mas digamos que uma performance do Sepultura é um pouquinho mais “wild” e acompanhar o ritmo no meio de verdadeiros fàs não foi fácil... Ainda por cima fui com os óculos, que quase perdi três vezes, mas não cai jamais! Amanheci com uma terrível dor no pescoço e nos ombros, mas a única perda, ainda que me incomode porque era um chaveiro especial, foram as chaves de casa.

Ok, eu ando numa fase complexa que não, não é exagero. Mas reconheço que poder assistir no espaço, literalmente, de uma semana (e grátis!) Arnaldo Antunes, Mutantes, Gilberto Gil e Sepultura aliviam a barra. Já dizia, ou pelo menos é atribuído a Rosa: “Quem não se movimenta não sente as cadeias que o prende”.

Thursday, 22 July 2010

Diputados salvadoreños se echaron para trás en la lectura de la bíblia

*Tomado del sitio Salvadoreños en el Mundo y editado por mi

Las fracciones de los partidos de derecha en El Salvador GANA y PCN, con cuyos votos se aprobó el Decreto que obliga la lectura de la Biblia en las escuelas, ahora se echan para atrás y ven conveniente que el presidente Mauricio Funes vete el decreto, para que se pase luego a una etapa de mayor discusión. “Sería mejor que el presidente de la República lo vete. Aceptaríamos de buena manera el veto”, expresó el diputado de GANA, Guillermo Gallegos, quien afirmó que lo hizo recapacitar la postura de la Iglesia Católica, que está en contra de que por ley se obligue a leer la Biblia.

Funes tiene en sus manos la decisión de sancionar el decreto para que sea ley de la República, observarlo y enviarlo a la Asamblea para que sea corregido o vetarlo, que significa que no está de acuerdo.

El diputado de PCN Francisco Merino externó que esa medida de leer la Biblia, requiere más análisis. Secundando la posición del secretario general del PCN, Ciro Cruz Zepeda, considera que Funes debe vetar el decreto. Llamó la atención que superar un veto en la Asamblea Legislativa requiere de 56 votos y en las condiciones actuales, sin el apoyo del FMLN, que rechaza el Decreto, sería imposible superarlo.

El diputado del FMLN, Sigfrido Reyes, reiteró que Funes debe vetar el decreto. Su partido no está a favor de leer la Biblia en las escuelas. “Educar a nuestros hijos en la fe, no es tarea de los maestros, es de los padres y de los líderes religiosos”, dijo.

TRISTE ASAMBLEA

El presidente de la Asamblea Legislativa, Ciro Cruz Zepeda reconoció esta semana que siempre estuvo en contra de la intención de algunos diputados de su partido de aprobar Decreto para lectura obligada de la Biblia. El principal impulsor fue Antonio Almendáriz, del PCN, que se declara cristiano evangélico y ve en la lectura del libro sagrado una medida para fomentar valores cristianos y prevenir la delincuencia. Sin embargo, Zepeda afirma que no se debe obligar la lectura.

“Nunca estuve de acuerdo con que se aprobara eso (el decreto). Voté a favor porque veía que había inquietud de muchos compañeros (diputados) que se hiciera así”, externó el presidente de la Asamblea.

CRONOLOGIA DEL DECRETO

1 de julio

En la sesión plenaria, el pecenista Antonio Almendáriz introduce sorpresivamente una pieza que obliga la lectura de la Biblia en las escuelas. Se aprueba con votos del PDC, PCN, ARENA y GANA. CD y FMLN rechaza.

3 de julio

El Arzobispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, pide al Presidente de la República que vete el decreto, al considerar que va en contra de la Constitución que establece que en El Salvador hay libertad de culto.

6 de julio

La gremial de educadores Andes 21 de Junio pidió también a Funes vetar el decreto y propusieron que se reinstaure la cátedra de urbanidad, moral y cívica. Diferentes sectores, partidos políticos e iglesias coinciden en que el Ministerio de Educación debe agregar esa materia en la currícula educativa


Lea mas en el post anterior sobre el tema "Cristianos salvadoreños, sosegad!"

Tuesday, 20 July 2010

You know the music, but do you know the man?

Propaganda grátis. Porque ele merece.

Serge Gainsbourg foi um dos mais importantes e influentes artistas da sua época. Mais que um rock star, ele foi um artista, um amante, um pai e um visionário. A partir dos anos da sua infância na Paris ocupada pelos Nazistas em 1940 e através do seu ascenso a fama até seus conturbados anos finais, Gainsbourg é o filme que nos conta a história de um gênio torturado, da música que ele fez e das mulheres que ele amou. Gainsbourg teve "affairs" com algumas das mais glamourosas mulheres da época - de Brigitte Bardot até Jane Birkin - e ganhou reputaçao tanto como amante quanto como músico. Apesar de todo o sucesso, sua vida foi assombrada por demônios dos quais ele nao podia escapar.
Gainsbourg é o filme debut do diretor Joann Sfar, e é protagonizado por Eric Elmosnino.
Para nao perder!





Film Trailers by Filmtrailer.com

Monday, 19 July 2010

Es siempre bueno estar en Barcelona





La semana pasada estuve en Barcelona. Tratar de arreglar unos papeles y burocracias universitarias. Y a ver la ciudad, su gente, algunos que son mi gente. He sido, incluso, testigo de una marcha histórica en Catalunya: “Nos som una nació”. Espero pronto poder hacer un breve post sobre eso también, porque es asunto merecido.

Y tantos diálogos, conversaciones, reflexiones, siempre con luz, mucha luz. Fotos, videos, monopatines, botellas de agua llenadas con cava, calles del Born, trenes perdidos, aviones casi perdidos. Todo bajo mucha luz.

¡Es siempre bueno estar en Barcelona!


Saturday, 17 July 2010

Slavoj Zizek sobre descontruçao, cinismo e amor

* Traduçao livre feita por mim.

"Quem acredita no que hoje? Essa é uma questão muito mais complexa do que possa parecer.

O primeiro mito a ser abandonado é a idéia de que nos vivemos numa era de cinismo, onde ninguém acredita em nada, não há valores. E que havia outros tempos, mais tradicionais, onde as pessoas ainda acreditavam ou tinham uma substancial noção de crença, etc.

Eu acho que hoje é justamente quando nos acreditamos mais do que nunca. E como Fowler afirma numa interessante e irônica maneira (James Fowler - "Stages of Faith"), a principal forma de crer é a desconstrução.

Por que? Vou voltar àquela questao sobre (nao decifrei...Marx? Gouch Marx?Quotes in Marx?).

Veja como funciona a desconstrução na sua versão standard ou mesmo num texto sobre estilo. Não podemos encontrar um simples texto de Derrida sem:

a- (nao decifrei... Marx? Gouch Marx? Quotes in Marx?);

b- toda a retórica de distanciamento.

Tomemos um exemplo irônico. Se se perguntasse a alguém como Judith Butler: “O que é isso?” (apontando para uma garrafa de chá). Ela nunca diria, “Isso é uma garrafa de chá”.

Ela diria algo como: se nós aceitarmos a noção metafísica de linguagem identificando claramente objetos e tomando tudo isso em consideração então talvez isso sublinhe a hipótese de que – como ela gosta de dizer – dentro das condições dos nossos jogos de linguagem isso pode ser dito ser uma garrafa de chá.

Ou seja, há sempre essa necessidade de distanciamento.

Isso se aplica também ao amor. Quase ninguém hoje se atreve a dizer “eu te amo”. Isso tem que ser dito como: “ na medida em que eu poderia dizer eu te amo...”, ou algum tipo de distancia.

Mas qual é o problema aqui? Por que esse medo? Eu defendo que quando os antigos diziam diretamente “eu te amo”, eles queriam dizer exatamente a mesma coisa, todo esse distanciamento estava incluído. Somos nós hoje que temos medo de que se nos dissermos diretamente “eu te amo”, isso terá muito significado. Nós acreditamos nisso. "