Wednesday 29 February 2012

Silvio Rodriguez bisiesto




Silvio Rodriguez solo existió una vez en El Salvador, en un día que solo existe a cada cuatro años. Es decir, hoy hace exactamente cuatro años de su concierto literalmente histórico en el completo, y casi en transe, estadio “Magico Gonzalez”, en San Salvador.


Yo estaba allí. Llevaba un par de días de haber llegado al país desde una de las principales capitales del mundo para ir a vivir, tomado por la decisión-guía de mis elecciones desde entonces, en la capital del pulgarcito de América, buscar comprehender más directamente de que está hecho la sangre de la cual he sido educado a enorgullecerme desde cipote y coincidir con legitimidad mi historia personal y profesional.


El primer y, hasta la fecha, único concierto de uno de los más grandes mitos de la música latinoamericana, Silvio Rodriguez, en El Salvador fue como una recepción de honor, una calurosa bienvenida a mi curiosa y decidida llegada. Las canciones del cubano animaron los sueños de tantos hombres y mujeres que admiro en el país, y en todo el istmo - este vigoroso trozo de tierra entre el Sur y el imperio de historias tan intensas como muchas veces olvidadas.


Lo he visto desde lejos, las mejores plazas son siempre las más caras, pero había un respeto en la atmosfera, mutuo, entre todos y todas que ahí estaban con el intuito de mirar y oír lo más atentamente posible el cantante. La gente actuaba como si supiesen del privilegio de ser testigo del evento, había una complicidad tacita, “si, aquí estamos, viendo a Silvio Rodriguez, lo de las canciones aquellas que cantábamos en la lucha, o para celebrar, o para recordar”.



Acompañé el concierto de hecho al lado de una imprescindible amiga, ex guerrillera, quien me ha invitado para el momento histórico. En aquel memorable concierto cantaron el público y también los caídos en la guerra, fue un tributo no solo a Silvio sino a las quimeras de una generación que hizo de su historia la característica identitária de una nación. Silvio rindió homenaje a Roque Dalton, el escritor más emblemático de El Salvador y uno de los más importantes de Centro América, a quien dedicó su concierto, con la canción “Expedición” y “Unicornio”. Roque Dalton aún sin tumba aún porque su cuerpo está desaparecido por la acción de sus victimarios.


Como ha recordado Juan José Dalton, periodista salvadoreño, hijo de Roque Dalton, en el concierto estaba prohibido filmar, pero “¿cómo prohibirles algo a los reyes de la clandestinidad y las conspiraciones?” Arriba el link de una canción en el espectáculo.


Han pasado cuatro años, y sin embargo no ha pasado ni un solo día.

Tuesday 28 February 2012

The Clown, "crying on the bed because you own my soul"


I am a clown

and I wish you a good day

I know how to cry, to laugh, to hurt

I know how to say the truth, through and through

so I can surely say


I say a loud song

for all the children to hear

for the state to hear

and from this song of mine

100 more clown to come out in the society


And like this all together facing each other

we will sing about the fairness of like

and you will sing to from the square

so you learn my friend how you should live correctly...


I say a loud song

for all the children to hear

for the state to hear

and from this song of mine

100 more clown to come out in the society

Monday 13 February 2012

Entrevistei Tariq Ali - Revista Retrato do Brasil, dez/2011


Escritor, cineasta e ativista, Ali é um dos mais proeminentes pensadores políticos árabes desde os anos 1960.


Fundador e membro do comitê editorial da prestigiosa revista britânica New Left Review (NLR), ele deixou o Paquistão por causa da perseguição que sofria devido a sua atuação política contra o regime militar, e consolidou seu ativismo na Grã-Bretanha, onde vive até hoje.


Tariq Ali conversou exclusivamente comigo aqui na capital pernambucana em novembro passado para uma entrevista na revista Retrato do Brasil, da qual sou freelancer.


A matéria foi publicada na edição 53 da RB, dez/2011, e agora disponibilizada aqui.







Tuesday 7 February 2012

Se o mundo acabar em 2012 eu já estarei no Facebook!

No mês passado tivemos o aniversário de 20 anos dos acordos de paz de El Salvador. Tive também o aniversário do meu primeiro ano ininterrupto no Brasil, com toda a enorme carga de reflexão e encaminhamentos que isso supõe. Em sentido ainda mais especifico, tive ainda o período de estada de mais de um mês no Rio Grande do Sul em vários anos. E, embora tudo isso exija, para fins profissionais e pessoais, que eu escreva sobre, atualizo meu blog falando sobre o Facebook.

No dia 27 de junho de 2007 meu primeiro post no blog que acabara de abrir foi este: como tudo começa. Agora, quase cinco anos depois (celebrarei minhas bodas de madeira com a comunicação cibernética na devida ocasião) releio este texto de abertura do meu arquivo pessoal online – e sempre o caracterizo assim, pois não sou um blogueiro stricto sensu – para pensar um breve texto que justifica meu ingresso nas fileiras das mídias sociais.

A rigoroso rigor, sou parte da rede desde novembro do ano passado, e por isso muitos dos amigos e amigas viram minha rica fotinho na lista de sugestão do espertinho deste website desde algum tempo. Explico: em mais um exemplo das “premissas e promessas deste século 21 que vivemos”, como diz Ivan Lessa, (num sempre bom texto sobre sua entrada na rede, e logo desilusao com ela) fui obrigado a fazer uma página para dar “curtir” na página de um concurso literário do qual participei como requisito para finalizar a inscrição. Mas não havia feito um perfil, apenas abri a conta. E desde então venho considerando.

Nestes meses, sem haver buscado a ninguém, umas 80 pessoas me acharam, e eu pensando: "vou ter que explicar o porquê não estou confirmando a solicitação de amizade, vão achar que sou antipático..." E percebi então, pela preocupação mesma, que estava já no emaranhado da rede.

Vi também, ao vivo, o Deepak Chopra dizer que mais de 60% das pessoas até 20 anos já consideram o email algo démodé pois as mídias sociais tem tudo o que elas precisam, e o que não precisam também. Convenci-me de que, em pouco tempo, tal qual há exatamente dez anos os blogs causavam surpresa, não estar na rede será tão estanho quanto hoje é não ter email.

Assim sendo, e com um mundo em efervescência espiritual, vou com ciência e razão, antes que o mundo acabe, montando um perfil, colocando fotinhos expressivas, significativas, para os amigos e amigos dos amigos, que mostrem quem sou, onde fui, onde vou... Mas também posso compartilhar textos, difundir o que escrevo com muito mais alcance do que a publicação mensal em revista de circulação nacional, trocar informações urgentes e importantes sobre temas das áreas de interesse, e claro, ficar sabendo das festinhas bacanas do fim de semana!

Termino lembrando, como fiz para legitimar meu blog, a mesma característica óbvia que marca todo esse atual comportamento esquizofrênico da comunicação, a pessoalidade. Sim, essa é uma condição sine qua nom característica em sua natureza. Em cinco anos o mundo não mudou tanto assim e, se acabar, eu to nele.