Tuesday 21 July 2015

Pernambucanos que são ...

--------------. Voltar ou não a Pernambuco é tanto uma certeza, momentânea, quanto um uma questão em aberto, a longo prazo. Porque desde essas poderosas terras de vulcões, cheias de provocações identitárias, centro-americanas, que estou agora, penso contudo e cotidianamente nesse lugar úmido e em brasa nordestino que também se tornou meu, onde hoje me dá terreno para minhas referências - neste jogo permanente de construção/desconstrução dos próprios sentidos.  

























Neste 15/07 estou em El Salvador, logo de uns sete anos sem visitar o lugar paterno, a família descendente dos povos originários pipiles desse centro-periférico do mundo E isso certamente me resultará em outro texto particular e aberto. Mas ainda quero fazer uma última homenagem a esses quatro anos de vivências cheias de aprendizado com a gente e a cultura  de Pernambuco, com tudo o que tem de bom e de ruim neste "maior-Estado-em-linha-reta" do páis ;).  Vai aqui um post único com esses registros que publiquei em separado nas últimas semanas, e mais algumas com outros personagens tão importantes quantos que não tive tempo de fazer um post individual. Essas fotos são a representação, entre super famosos e menos conhecidos, da minha tietagem, admiração, carinho, respeito, e muita, muita mesmo, gratidão ao povo pernambucano. -------------------

Monday 20 July 2015

Textos Curtos para Ítaca XXXVI (?)

Chove sobre San Salvador
Me fala sobre o que eu não sei, sobre aquela estridente indecisão que te contorna os lapsos, sobre os inconciliáveis pedaços dos meus rastreáveis traços, nas convocatórias sempre abertas por minhas tantas mil rachaduras. É assim: na portinha que se abre pra-um-qualquer lado, pro espaço em que te acreditas profunda, há obvias sendas lotadas de numerosas quantidades de gotas de ontem. Formam-se lagos dos antes vulcões, e te afundas. Nesta cidade sitiada pela tristeza eu sonho com teu voo, tu voas com meu sonho. Na minha memória és grito tanto, serena toda. Inúmeras sortes de turbas, de balas, de danças de Kab-Rakan movendo a terra, e um repouso. Máculas, apesar de bálsamos; ventos, em lugar de flores. Há dez mil rodopios, um assobio, e inúmeros trovões.

Wednesday 8 July 2015

Pura Vida! Primeros registros/impresiones

Una semana por aquí, ahora tengo mi “chante” en Costa Rica. Aún con problemitas, pero bueno… Es un apartamento de cortinas rojas, en Heredia, una municipalidad muy cerca de “Chepelandia” (San Jose), que para fines de una referencia, entre otras que la jornada me ha permitido tener, esta como la distancia, y relación, entre Recife y Olinda, o San Salvador/Santa Tecla.
Una semana es un tiempo cronológico corto, pero no cuando uno ha mudado de país. En 10 años, por cuenta de muchas elecciones duras y alguna suerte,  logré la posibilidad de vivir en cinco países distintos, y me di cuenta que cuando estamos en situación donde todo es el nuevo (pero nuevo de verdad!), la percepción cabia y el tiempo es que nos parece más largo, el tiempo se tarda más: cada esquinita es un aprendizaje, cada forma de dirigirse al otro, la forma de pagar un bus, la ida al supermercado; todo aquello que es obvio al diario se hace un enorme reto y aprendizaje que se tiene que ir procesando. Y esto cuando uno maneja relativamente bien el idioma suaviza el proceso, pero cuando no se conoce la lengua (y esto lo he hecho cuando me fui a vivir en Londres) vaya dios…
El comienzo de vida en otro país nunca es plenamente tranquilo, por más experiencia que uno tenga como viajero, y la grande ventaja de esa experiencia - esto si – es saber que la universalización de las propias referencias de uno es un error, que el respeto real al otro exige una autocrítica constante y genuina, que el habito de buscar las diferencias del otro e intentar hacer generalizaciones de sus características es siempre un peligro y casi siempre también un error.
Las descubiertas de lo nuevo (al vivir, y no al visitar…) hacen de la cosa toda una adicción a la cual unos se entregan sabiendo que la llegada, sea donde sea y esté donde esté, se convierte casi un detalle de este proceso. La jornada es particularmente una poderosa y conocida metáfora del encuentro de uno consigo mismo, y el registro de las primeras cosas que llaman la atención es un documento personal, etnográfico, de memoria histórica y de cartografías del presente y del futuro a la vez.


  •         Oficial de imigração no Aeroporto Internacional da Costa Rica:
-quanto tempo se va a quedar?
- seis meses.
- seis meses?
- si, es para una pasantía de investigación doctoral en la UNA.
- hmm, asi ´que la UNA ahora tiene prestigio internacional entonces?
- (…)

  •      O tempo agora é frequentemente nublado, época de chuvas, tropicalmente típico tal qual o meu Brasil nordestino, mas cinza, que esconde um calor forte-mas-nem-tanto, que dispensa o ventilador, chegando a fazer um friozinho real à noite, beeem diferente de “Hellcife”.

  •         Na primeira caminhada buscando onde fazer o primeiro almoço, passo por uma “popuseria”, 100% salvadorenha, y casi si me viene una lagrimita... Los guanacos entenderán.

  •            Comparado com o Centro de San Salvador, o Centro de San José é um exemplo de organização.

  •         Atenção e solidariedade parecem mesmo ser marcas gerais dxs centroamericanxs. Chino, Silvia, Nelise, Victor e Fran são nomes que o comprovam.

  •        “Gallo Pinto”, ou arroz y frijoles revueltos, faz parte do café da manhã típico em Costa Rica, assim como em outras partes da região, com nomes distintos.

  •         Todo o entorno da cidade de San José é rodeado por montanhas. Se pode ve-las desde muitos lugares, inclusive do meu apartamento. De longo se avista inclusive um vulcão.  Fui a uma região de montanhas onde mora Silvia, uma hora do centro da cidade, e wow....

  •         Diferentemente de El Salvador, e de Recife, em todos esses dias andando de ônibus vi apenas um vendedor que se aventurou dentro do transporte, e na verdade era um dos que pedem contribuições para manter casa de recuperação de drogados...Aliás o transporte público, apesar de algumas linhas terem veículos bastante velhos, parece ser no geral bom.

  •         A sensação de inseguridade é baixa, e ai de novo comparado com El Salvador, é muuuito baixa.

  •         Dar sinal para dobrar não é uma obviedade para os motoristas e pedestres da Costa Rica. Pensei que era uma impressão boba e sem fundamento a princípio, mas conversando com ticxs realmente a coisa é assim. Estranho e perigoso.

  •         Minha centroamericanidade tipicamente salvadorenha se revela no uso da expressão “cabal”, que não é falada por aqui.

  •         Os/as Ticxs se referem aos outros países da região como “Centroamérica”, excluindo-se, ou seja, fazendo referencia especificamente aos países da região CA-4 (El Salvador, Nicarágua, Honduras e Guatemala). Algo assim como um inglês referindo-se a UK e Europa como se fossem coisas distintas, embora neste caso realmente haja um mar entre eles pelo menos. Centroamérica, aqui, parece ser realmente o outro dos Ticxs.

  •        Expressão tipicamente tica, costarriquenha, “pura vida” é polissémica e usada em muitos contextos, desde um cumprimento qualquer até uma manifestação de alegria.

  •         Lxs Latinoamericanxs son guapisimxs!