Tuesday 25 December 2012

Textos Curtos para Ítaca XXVIII


Um futuro-presente projeto literário. “Textos curtos para Ítaca” é a primeira materialização de uma das várias e extensas ideias em literatura, essencialmente em prosa, mas com flertes em verso, colecionadas ao longo da jornada até Ítaca. Em fato, os projetos para contos e novelas e outras literaturas de longo fôlego, ainda estão em fase sketch, talvez nem maquete, e irão tomando forma ao ritmo das circunstâncias que, sim, podem tardar como já tardam, mas ainda virão. Enquanto isso, num dia e momento aleatório, curiosamente com menos atraso, vão tendo agenda as mini-experiências em poesia e verso, do qual, lenta e despretensiosamente, faço um laboratório neste blog (único espaço onde o critério editorial é totalmente meu... ). Algum dia também ganharão forma impressa, sempre ao ritmo das possibilidades e, no dizer de Konstantinos Kavafis, do rogar por uma rota longa. Mas em textos curtos.

Triníssono

All deserts are you
All empty places are deserts
Our places are empty of deserts
Our emptyness are all
deserts of our places
All desert of you.

Diga-me algo original sobre o amor, por favor?
- O que-que-que-que-que-que?
- É o eco....

Dos sombreros en la pared para una sola cabeza entre, pequeños, puntos extremos del oceano,grande,  son eternos.

Monday 10 December 2012

Pra Pelotas


Estar em Pelotas é sempre intenso, previsível e apavorante; decepcionante, amável e incurável.

Um permanente encontro e reencontro naquela desertidão de luzes foscas , mais ainda nas ruas do Porto, onde rostos ou perdidos, ou renovados, ou esquecidos-e-logo-lembrados, são dispostos a provar-se importantes, sabidos, descolados, eloquentes e indispensáveis. Perturba. Desconforto com surpresa.


tanto amor! Se a minha letra continua feia? Se eu larguei o Conservatório? Se algum chapéu é moda em Londres? Ah, meus metros “Quadrados” de desinteresse misturados com expectativas positivas e desejos genuínos!

Diante de vozes com presunçosas assunções, criticáveis quando diametralmente opostas, me senti mal. E sinto mal as nostalgias. Sinto tão bem o inusitado frio de novembro, e todos seus ventos gélidos noturnos, mas tão mal tantos outros estares.
Tem algo de errado. É esse paradoxo do meu afeto e meu desprezo. Ignoro tua ridícula insolência insustentável, e celebro tua ingenuidade, travestida de arrogância, e tua presença, úmida, no fim da lagoa no mapa.

Te desconheço, me surpreendo e te vejo igualmente tão repetitiva. O Centro Histórico está lindo, o Laranjal está reformado, o mercado imobiliário se expande, os doces seguem perfeitos, há grupos de resistência e criação, inovações gastronômicas, algumas ousadias artísticas, coloquialismos próprios, alguns novos bares e tantos e tantos universitários tão cheios de ideias, quanto de reclamações, apatias, hipocrisias e mediocridades.

Teus olhos branquicentos quanto a fumaça que sai da respiração nos antigos invernos vigiam, enrubescem, dão pena. Mesmo tão blasé sempre queres algo que não sabes exatamente o que é, nem como alcança-la , e quase não nos reconhecemos em meio a essas diferenças entediadamente idênticas. Logo eu, que te sentia tão lar.

Teu sabor, doce é claro, contrasta com tua amargura semi-urbana, altiva não se sabe como, que goteja vagarosa e depressivamente entre os vãos dos paralelepípedos resistentes.

Me assustas. Não sei se te reconheço enquanto te vejo tão igual. Te deixo solene, ao sol que não queima, a sós entre esperanças. Faz frio em Pelotas em novembro. Teu nome é umidade.

i carry your heart with me



by E. E. Cummings

 i carry your heart with me(i carry it in my heart)
i am never without it(anywhere i go you go,my dear;
and whatever is done by only me is your doing,my darling)
 i fear no fate(for you are my fate,my sweet)
i want no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
 here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows higher
 than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
 i carry your heart(i carry it in my heart)

Monday 22 October 2012

MUSIC OF A LIFE...



Home again
Home again
One day I know
I'll feel home again
Born again
Born again
One day I know
I'll feel strong again

I left my head
Many times I've been told
All this talk will make you old
So I close my eyes
Look behind
Moving on, moving on
So I close my eyes
Look behind
Moving on

Monday 17 September 2012

Music of the week

There's a place for us, you know the movie song.



Tuesday 11 September 2012

Calado



Esse é o teu escudo. Logo verás que estás pagando um preço alto pela tua liberdade. Aliás, foi por ela que renunciaste, não é? É em nome dessa liberdade, que acreditas que seja um bem precioso, que às vezes sentes que carregas também um peso. É por tanto pesar que a ela frequentemente renuncias, não raro em nome dela. Essa liberdade que tomou conta de ti e te transformou em um escravo voluntário. "Oh liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome”. O dono dessa frase perdeu literalmente a cabeça, cortada pela guilhotina. Por ser tão imperiosa, convém frequentemente se valer dessa tão sonhada liberdade para mascarar muitos dos teus piores crimes. Será que és verdadeiramente capaz de realizar a tua tão sonhada liberdade sendo assim tão incoerente com teus sonhosXpensamentosXescolhas? Foi verdadeiramente em nome da liberdade que desististes de tantas coisas boas na tua vida? Se acreditas mesmo nisso, convém começar a afiar a lâmina da guilhotina.

Friday 17 August 2012

Textos curtos para Ítaca XXVI


Um futuro-presente projeto literário. “Textos curtos para Ítaca” é a primeira materialização de uma das várias e extensas ideias em literatura, essencialmente em prosa, mas com flertes em verso, colecionadas ao longo da jornada até Ítaca. Em fato, os projetos para contos e novelas e outras literaturas de longo fôlego, ainda estão em fase sketch, talvez nem maquete, e irão tomando forma ao ritmo das circunstâncias que, sim, podem tardar como já tardam, mas ainda virão. Enquanto isso, num dia e momento aleatório, curiosamente com menos atraso, vão tendo agenda as mini-experiências em poesia e verso, do qual, lenta e despretensiosamente, faço um laboratório neste blog (único espaço onde o critério editorial é totalmente meu... ). Algum dia também ganharão forma impressa, sempre ao ritmo das possibilidades e, no dizer de Konstantinos Kavafis, do rogar por uma rota longa. Mas em textos curtos.


Fato lírico

Minha casa fica entre a Rua da Aurora e a Rua da Saudade.

E isso não é poesia.

Tuesday 14 August 2012

Give it a read: Latin American Bureau

Latin America Bureau (LAB) is a London-based independent research and publishing organisation. We work to broaden public understanding of issues of human rights, development, culture and social and economic justice in Latin America and the Caribbean. LAB has been publishing original books and running education programmes, workshops and events for more than 30 years.

I am a supporter and a collaborator of it. And a reader! :)



Latin Americans living in London and the UK have long been a largely invisible and unrecognised community. The ethnicity box In the UK census form does not include ‘Latin American’, let alone any of the range of ethnicities that comprise being Latin American. It’s not surprising that there is no accurate information available on the number of Latin Americans living in the UK (estimates range up to a million) and that this community has been largely ignored by the government and mainstream society.

This situation is slowly changing and as Latin American culture is becomes more visible, communities are starting to fight for their right to be recognised alongside other minority groups in the UK. Alianza Iberoamericana promotes a campaign of the Thee Rs: Recognition, Respect and Regularization for the Latin American and Spanish- and Portuguese- speaking communities living in the UK. They highlight some very interesting facts: for example in the borough of Lambeth, Portuguese is not taught in any secondary school despite the fact it is by far the largest minority language spoken there.

The first wave of Latin Americans came to the UK as exiles from the Southern Cone dictatorships. Subsequent waves of migration have included Colombians and Ecuadorians in the 1980s and 1990s, with many of them claiming asylum, although this is rarely granted. In recent years the majority of new arrivals have been economic migrants, with Brazilians forming the largest nationality group, with secondary migration from other European Union countries, especially Spain, adding to the numbers.

Pioneer in supporting this significant, although legally unrecognised, ethnic minority group in British society is IRMO, a charity based in South London that works with Indo-american refugees and migrants. John Perez, one of their directors, explains the issues to LAB’s Nayana Fernandez (Listen here).

Latin American women in the UK face multiple discrimination. The Latin American Women’s Rights Service spoke to LAB (read more) about their work and their report “No Longer Invisible” (The full report can be downloaded here), which is the most comprehensive research on London’s Latin American community undertaken to date providing a picture of considerable hardship, discrimination and social exclusion.

La Casa Latina offers legal and advisory services, training, childcare and cultural activities to the Latin American community. Their online magazine, Ventana Latina, is dedicated to reinforcing Latin American identity in the Diaspora. Read more.

Lucila Granada, a long term LAB collaborator and PHD student has researched the links between language, identity and integration among the members of the Latin American community of London. She explores the problem of language as an obstacle for the integration of many Latin Americans in British society. Read more.

Braziliality, a non-profit organization, promotes Brazilian artists and others inspired by Brazil. Alicia Bastos, its founder, artistic and management director talks about about how culture becomes part of the identity of the Brazilian diaspora. Read more.

Latin American culture and music in London are constantly transforming and adapting to new influences. Movimientos combines live music with documentary film to raise awareness about social and political issues in the region . The bands signed to their label are represent a fusion of Latin American, London-based and other global sounds Read more.

A short video produced by LAB’s Nayana Fernandez  contains brief interviews  with11 Latin American immigrants based in London. From different backgrounds and from various countries in the region, including Argentina, Brazil, Colombia, Ecuador, Honduras and Peru, they tell us about their reasons for moving from their home country and their impressions and experiences of living in the UK. Watch here.

A second video we recommend to LAB readers is called  “La Gran Historia” - episode 9, produced in Spanish by HispanTV and presented by Javier Farje, from LAB. It is a 24-minute programme on the effects of Latin American culture in the UK and its interaction with British culture.

Finally, in this cornucopia of cultural riches, LAB has drawn together a brief directory of organisations, events and their web-links Read more.

Monday 30 July 2012

A viagem não acaba nunca


« A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.»
(José Saramago)

Wednesday 27 June 2012

Cinco anos de blog "livre porque vivo fugindo"

Hoje é dia 27 de junho. De 2012. Há cinco anos, num dia mais cinzento e chuvoso que hoje em Recife, pese ser primavera por lá, iniciava este blog em Londres. Faz um ano e quase meio que estou no Brasil agora, depois de quase seis anos fora entre Catalunya, UK e Centroamérica, e esse Brasil de hoje  não é o meu de origem, senão um que fica uns vários mil quilômetros de distância da cidade natal. Quero escrever neste "aniversário" sobre voltar, não-voltar, rejeições, impressões, violações, hipertensões, de forma avaliativa e reflexiva, e enquanto isso,  pra não deixar passar em branco, apenas lembro:

"Sou livre, porque vivo fugindo".



Wednesday 6 June 2012

O "cheiro", carícia nordestina


Ainda é vulgar entre o povo do Nordeste brasileiro dizer-se cheiro em vez de beijo. O “cheiro” é uma aspiração delicada junto à epiderme da pessoa amada, crianças em maioria. As narinas sorvem o odor que parece ao enamorado perfume indizível. As mães humildes pedem sempre aos filhinhos o “cheiro” tradicional. Dê cá um cheirinho pra mamãe!… Um cheiro, filhinho, para mamãe.

Naturalmente, gente grande não desaprende a técnica e apenas muda a orientação. Eu ainda dou um cheiro no cangote daquela malvada…

Pereira da Costa, Vocabulário pernambucano, explica no verbete “Cheiro”: – “Cheirar carinhosamente alguém: Dar um cheiro. “Recebe somente um cheiro/ No cogote extraordinário,/ Pelo teu aniversário.” (Jornal do Recife, nº 205, 1912). “Deram um punhado de abraços e cheirosem Arlequim, e se foram na maciota.” (idem, nº50, 1914).

Moraes não registrou. No Pequeno dicionário brasileiro da língua portuguesa, 2ª edição, 1939, está: “Cheiro (Bras. Nordeste) – Aspiração voluptuosa.” Qual será a origem desse cheiro popular no nordeste brasileiro?

O beijo é asiático. Veio com os cultos orgiásticos de Vênus. Da Fenícia para Pafos e Citera. Chipre e Citera foram os santuários irradiadores para a Grécia. A Fenícia espalhara a sua Astarte lunar para as ilhas, Ásia Menor, Mar Negro. O beijo popularizou-se devagar. Como cortesia ou homenagem, divulgou-se com a conquista macedônica. Os macedônios de Alexandre Magno estavam devotos do cerimonial persa.
Da Grécia o beijo viajou para Roma, onde foi um soberano. Maior documentação poética despertou o beijo entre os romanos do que entre os gregos. Não existe poema na Grécia, como este Ad Lesbian, de Caio Valério Catulo, nascido em Verona no ano de 87 antes de Cristo e falecido depois em 47:


Da mi basia mille, deinde centum;
Dein mille altera, dein secunda centum;
Dein usque altera mille, deinde centum;
Dein cum milia multa fecerimus;
Conturbabimus illa, ne sciamus,
Aut ne quis malus invidere possit,
Cum tantum sciat esse basiorum.

“Dá-me mil beijos, em seguida cem, depois mil outros, depois outros cem, ainda mil, ainda cem; então, depois de milhares de beijos dados e recebidos, confundimos tão em o número que, ignorada dos invejosos e de nós mesmo a conta exata dos beijos, não possa excitar a sua inveja”.
Não teve o philhema grego o prestígio do osculum romano.
De sua velhice como saudação, há o gesto de Judas beijando Jesus Cristo no horto de Getsemani.
Não sei se os negros africanos conheciam o beijo. Creio que não antes dos árabes ou os negros setentrionais, pela expansão de Cartago e das águias de Roma.
O indígena brasileiro não beijava. Langsdorff ensinava que o tambetá, o adorno labial, impossibilitava o ósculo. Dezenas e dezenas de povos não sabiam o que era o beijo, no Taite, Nova Zelândia; papuas, tasmanianos, os aranda do centro da Austrália, os semangda península malaia, os hotentotes namáquas da África sul-ocidental. O maori da Nova Zelândia esfrega o nariz no nariz da namorada. A moça aino do norte do Japão dá dentadinhas amorosas nos dedos, braço, orelha e lábios do seu noivo ou candidato.

No nheengatu não há correspondência verbal para o beijo. Stradelli escreveu Piteresaua, que é verdadeiramente chupamento, ato, ação de sorver, chupar, de pitera, chupar (Batista Caetano de Almeida Nogueira). Nos vocabulários recentes há Pitera nas duas acepções, chupar e beijar (Tastevin). Podia existir o cheiro entre os tupis mas não encontro rasto em livro e conversa. A sinonímia da “boa-língua” não permite a suposição. O tupi conhecia como sinônimos de cheirar ou especificações do cheiro, odor, ocetum, sakena, genéricos, a catinga, cheiro de seres animados, o pixê, dando a sensação enjoativa, repugnante, o inema, o mau olor, o fedor, de podre. Como afago, nada diz.

Se não tivemos o cheiro cariciante dos indígenas nem dos negros africanos (ignorando se usavam o beijo antes dos árabes), resta o português como portador do mimo.
Há, entretanto, dois povos que empregam o cheiro, a aspiração, como uma meiguice. Há o esquimó, cheirando a moça e vice-versa, como carícia. Assim registrou Mrs. R. E. Peary no My Artic journal (New York, 1893). E há o chinês.
Não traria o português o uso desse dengue dos inuit das margens da América ártica ou da Groenlândia. Lógico é que o fizesse dos chineses, povo muito seu conhecido e freqüentado, desde o século XVI.
Há um depoimento vivo do velho Venceslau de Morais, o solitário de Tokushima, apaixonado pelo Japão, devoto do Oriente, onde ficou e morreu. Venceslau de Morais foi o Lafcadio Hearn de Portugal.
Venceslau de Morais registra em Traços do Oriente (19-21, Lisboa, 1895) a origem do “cheiro”: – “os chineses não dão beijos… Não dão beijos, ou dão-nos de uma maneira muito diferente da nossa, sem o uso dos lábios, mas aproximando a fronte, o nariz, do objeto amado, e aspirando detidamente… O china beija o filhinho tenro, beija a face pálida da esposa, como ele é nós beijamos as flores, aspirando-lhes o perfume; a assimilação é graciosa… Tendo agora por conhecida, e é coisa que não se contesta, a extrema agudeza olfativa dos chineses (os negociantes cheiram as moedas de ouro que julgam falsas, e assim conhecem o grau maior ou menor da liga de cobre), podemos talvez conceber uma vaga idéia do prazer da mãe, respirando sobre a carne fresca do filho um ambiente que ela não confunde como outro; o prazer do mandarim apaixonado, conquistando à brisa o perfume de uns cabelos negros, que ele aprendeu a adorar.”

Não sei de outra fonte e de outro povo para a presença do cheiro dengoso do nordeste. Não creio forçar a lógica etnográfica imaginar que o português, tradicional sabedor e vivedor na terra sagrada da China mandarina, tenha reunido aos múltiplos e sabidos processos de acariciar mais esta forma delicada e voluptuosa do beijo sem lábios.
Resta-me saber é se o português, que trouxe esta carícia chinesa para o nordeste do Brasil, deixou o cheiro nalgum recanto de Portugal.


Cascudo, Luís da Câmara. Superstição no Brasil. São Paulo, Editorada Universidade de São Paulo, 1985, p. 208

Friday 18 May 2012

El Salvador gangs celebrate a day without murders - in pictures

Two of the largest rival gangs in El Salvador have recently called a truce, leading to its first murder-free day for years.

In "The Guardian" - http://www.guardian.co.uk/world/gallery/2012/may/09/el-salvador-gangs-in-pictures


Wednesday 16 May 2012

Textos Curtos para Ítaca XXV


Um futuro-presente projeto literário. “Textos curtos para Ítaca” é a primeira materialização de uma das várias e extensas idéias em literatura, essencialmente em prosa, mas com flertes em verso, colecionadas ao longo da jornada até Ítaca. Em fato, os projetos para contos e novelas e outras literaturas de longo fôlego, ainda estão em fase sketch, talvez nem maquete, e irão tomando forma ao ritmo das circunstâncias que, sim, podem tardar como já tardam, mas ainda virão. Enquanto isso, num dia e momento aleatório, curiosamente com menos atraso, vão tendo agenda as mini-experiências em poesia e verso, do qual, lenta e despretensiosamente, faço um laboratório neste blog (único espaço onde o critério editorial é totalmente meu... ). Algum dia também ganharão forma impressa, sempre ao ritmo das possibilidades e, no dizer de Konstantinos Kavafis, do rogar por uma rota longa. Mas em textos curtos.


A passeio

Sempre no andar de cima quando cruzar a Waterloo Bridge,

olhos cheios dos dois lados do rio.

Antes outro letreiro de fast-food

prometendo carne 100% Halal

outro grafiti do Banksy, emoldurado em rua escura,

a larga janela do ônibus também parece uma moldura

com tanto vermelho infernal.

E abaixo, o mundo,

 e todos seus guarda-chuvas.

Sunday 13 May 2012

Mae, nao há tempo...

Mothers´s day in Brazil today, and always in my heart.





Monday 16 April 2012

Una cumbre para evidenciar distancia entre Norte y el Sur

En ContraPunto - El continente americano está dividido entre norte y sur, entre la América anglosajona y la América Latina. Y no solo es una división geográfica y cultural; también las visiones políticas sobe asuntos cruciales marcan una distancia entre ambas regiones que, lejos de disminuir, se va acrecentando con el tiempo.


La posición ante Cuba, las políticas económicas y de desarrollo, el conflicto entre Argentina y Reino Unido por las islas Malvinas y la estrategia de lucha contra el narcotráfico son algunos de los temas polémicos que se han tratado en la VI Cumbre de las Américas que se celebró este fin de semana en Cartagena de Indias, Colombia.


Es un paso más en un proceso que viene desarrollándose en la última década, que presenta una América Latina menos influenciable por los designios del gobierno de la primera potencia mundial.


Los países buscan otras relaciones más equitativas e incluso algunos se declaran abiertamente como opositores de la mayoría de políticas impulsadas desde Washington.


Oficialmente, la reunión estaba planteada sobre cinco ejes temáticos que tienen que ver con el desarrollo económico, la equidad, el acceso a la tecnología y la integración, bajo el lema “Las Américas interconectadas como socios para la prosperidad”.


Tras los foros y reuniones previas, las sesiones de comparecencias de los jefes de Estado fueron privadas. En un hecho sin precedentes, los mandatarios hablaron a puerta cerrada, sin prensa.


Tras las conversaciones, no fue posible una declaración final conjunta y consensuada, lo cual, según analistas citados en medios internacionales, evidencia una división entre norte y sur del continente que cada vez es mayor, sobre todo empujada por el afán que tiene América Latina de emanciparse del poder estadounidense.


Paradójicamente, fueron dos asuntos que no estaban en esa agenda oficial los que impidieron esa declaración unánime; Cuba y el conflicto entre Argentina y Reino Unido por las islas Malvinas.


En este último caso, la presidenta argentina, Cristina Fernández, dejó claro que no estamparía su firma en ningún documento que no incluyera una mención a la pugna histórica que libran ambos países por el archipiélago del Atlántico Sur, conflicto avivado en los últimos meses por el envío de un barco de guerra británico a la zona.


En el caso de la no inclusión de Cuba en la cumbre, ello propició la inasistencia de los presidentes de Nicaragua y Ecuador, Daniel Ortega y Rafael Correa, mientras que el presidente venezolano, Hugo Chávez, se excusó por sus problemas de salud. El presidente de Bolivia, Evo Morales, criticó duramente la exclusión de la isla en su comparecencia.


Cuba, tan presente como ausente


La no inclusión de Cuba es una constante en los foros continentales en los que está Estados Unidos, cuyo veto al gobierno caribeño no solo se traduce en un bloqueo económico y comercial que dura medio siglo, sino que se extiende al ámbito de la diplomacia.


Desde la primera Cumbre de las Américas, promovida por el ex presidente de Estados Unidos Bill Clinton en 1994, el gobierno de Cuba ha estado excluido de la misma.


Sin embargo, Latinoamérica no parece dispuesta a que la situación continúe, y ha dejado meridianamente claro al gobierno estadounidense que si quiere organizar reuniones continentales deberá incluir a Cuba.


En su discurso de apertura del evento el sábado, el anfitrión, Juan Manuel Santos, presidente de Colombia, planteó, por un lado, que sería “inaceptable” una próxima Cumbre de las Américas sin Cuba y consideró que “el embargo” de Estados Unidos a la Isla ha demostrado su “ineficacia”, y que “en el mundo de hoy no se justifica ese camino, (…) un anacronismo que nos mantiene anclados a una era de Guerra Fría superada hace varias décadas”.


La respuesta del presidente estadounidense, Barack Obama, se limitó a pedir democracia para la isla. Para Obama, en precampaña para las elecciones presidenciales del próximo mes de noviembre, el tema de Cuba es en este momento completamente inabordable, pues cualquier concesión al diálogo sería utilizada en su contra por sus contrincantes republicanos.


Ese mismo día, un grupo de países integrado por Venezuela, Nicaragua, Ecuador y Bolivia, dejaron claro que no asistirán a más cumbres de este tipo sin la presencia de Cuba,


"Manifestamos nuestra decisión de no participar en las próximas Cumbre de las Américas sin la presencia de Cuba", decía la declaración conjunta de estos países.


El tema ha sido una de las constantes en la cumbre, llegando a calar la sensación al final de la misma de que no habrá otras en el futuro si no se soluciona este punto, es decir, si Estados Unidos y Canadá, principales opositores a la participación del gobierno cubano, no flexibilizan su posición.


Y es que no solo los países de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA) han mostrado esa posición.


Otros gobiernos poco sospechosos de ser enemigos de Estados Unidos, como el de Colombia, se pronunciaron en ese sentido. En definitiva, quedó claro que el tratamiento que se da a Cuba en el continente marca claramente una escisión profunda entre Norteamérica y América Latina.


Y esto lo ilustra la posición sentada por alguien poco sospechoso de ser enemigo u opositor a los interese de Estados Unidos: el presidente de El Salvador, Mauricio Funes.


En su comparecencia de este domingo ante el resto de mandatarios, Funes se puso en sintonía con Santos al considerar que la exclusión de Cuba de este foro constituye “una deuda histórica” que debe ser subsanada.


“Cuba es parte inescindible del cuerpo y el alma latinoamericanos y miembro pleno por geografía, por derecho y por historia del continente americano”, proclamó el mandatario.


También argumentó que “para contribuir al bienestar del pueblo cubano y a su grandeza debemos promover su integración al proceso de unidad regional y continental”.


Lea también en El Faro: América acuerda crear un centro interamericano contra el crimen organizado



Por tanto, declaró solemnemente Funes, “El Salvador, como ya lo han hecho otras naciones de este hemisferio, aboga por la participación de pleno derecho de Cuba”.


“Aspiramos, entonces, que en la próxima edición de esta Cumbre, la representación del hermano pueblo cubano pueda sumarse al esfuerzo de integración regional con el que todos estamos comprometidos”, añadió.


La próxima Cumbre de las Américas está prevista en Panamá en el año 2015. Quiere decir que, si Obama es reelegido, ya sin presiones electorales, tiene la oportunidad de avanzar hacia un entendimiento diplomático mínimo con Cuba que al menos permita algo en este momento imposible; que él y el jefe de Estado cubano puedan hacerse una foto juntos, aunque sea rodeados por otros presidentes.

Thursday 12 April 2012

Drug Policy at the VI Summit of the Americas

Very fine Special reports series published by InSight Crime (also very good website source of information though). The questiono f drug legalization will not be on the official agenda of the VI Americas Summit, but on everyone´s mind nevertheless.


When Guatemalan President Otto Perez Molina said in January 2012 that he would support a debate over drug decriminalization, he ignited a conversation that has drawn the attention of the entire region. Even the message from Washington has shifted, with Vice President Joe Biden reiterating that the US opposes legalization, but acknowledges that it is a legitimate topic for discussion.


As the sixth Summit of the Americas approaches, to be held April 14 and 15 in Cartagena, Colombia, Western Hemisphere leaders are preparing for the next stage of the debate, even though drug policy reform is not an official item on the event's agenda.


InSight Crime has prepared a map detailing the positions of every country in the region on legalization and decriminalization.


http://www.insightcrime.org/insight-latest-news/item/2461-gorilla-in-the-room-mapping-pre-summit-drug-policy-positions


  • The red countries in the map represent those who have publicly stated they are against both legalization and decriminalization of narcotics.
  • The yellow countries are those which either have partial decriminalization laws or have argued in favor of this, but have said they are against legalization.
  • The green countries are those who are open to debate on drug decriminalization and legalization.

Monday 9 April 2012

Legalización de las drogas es la agenda de la VI Cumbre de las Americas

Cúpula das Américas debaterá pela 1ª vez o problema das drogas

Bogotá, 6 abr (EFE).- A sexta edição da Cúpula das Américas abrirá pela primeira vez em nível continental o debate sobre a necessidade de mudar as políticas antidrogas, após a Casa Branca aceitar levar ao espaço público a discussão proposta pela Colômbia, país anfitrião, que é um dos dois principais produtores de cocaína.


O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, foi um dos primeiros a propor a necessidade de pôr sobre a mesa o problema do narcotráfico nas Américas, onde estão os produtores de cocaína, as rotas de passagem e os consumidores.


Sua chanceler, María Ángela Holguín, deixou claro nos dias prévios à cúpula de governantes que acontecerá em Cartagena nos dias 14 e 15 de abril que este "é um problema que afeta todos", e por isso não teme uma suposta "narcotização" da agenda da reunião continental.


Os dados aprovam a iniciativa: mais de 700 toneladas de cocaína processadas em 2010 eram da região andina, enquanto o Canadá, cujo primeiro-ministro Stephen Harper também estará na cúpula, é um grande produtor de drogas sintéticas, segundo o Relatório Mundial sobre Drogas da ONU.


Além disso, os Estados Unidos continuam sendo o maior consumidor de drogas, enquanto cresce o consumo em todo América Latina, especialmente no Brasil e nas nações do Cone Sul.


Dessas mais de 700 toneladas, 350 foram produzidas na Colômbia e 325 no Peru, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).Em 2011, de acordo com projeções da Comissão Nacional peruana para o Desenvolvimento e Vida sem Drogas (Devida), o Peru teria superado a Colômbia como produtor.


Uma boa parte da cocaína tem como destino final EUA, Europa e os países emergentes, entre eles China e Rússia, onde chega após percorrer uma rota que passa pelos vulneráveis estados centro-americanos e México, deixando um rastro de sangue.


Só no México morreram 50 mil pessoas desde que o presidente Felipe Calderón declarou guerra contra as drogas em dezembro de 2006.


Esta realidade levou alguns governantes da América Latina a se darem conta que as políticas antidrogas fracassaram, porque, enquanto se mantém o consumo, e este inclusive cresce nos países emergentes, nas nações produtoras ocorre um efeito balão e a violência se expande de forma incontrolada.


Na 6ª Cúpula das Américas serão analisados os diferentes cenários e suas consequências em médio e longo prazo, como propôs o anfitrião, ou seja, desde a descriminalização até o endurecimento das penas para os narcotraficantes.


"Só analisando todos os cenários se pode observar qual é a melhor proposta", afirmou Santos, depois que a Casa Branca aceitou que em Cartagena se leve a público esta discussão após negar-se a fazê-lo durante décadas.


Passados mais de 40 anos desde que Richard Nixon empreendeu em 1971 a "guerra contra as drogas" e criou a Força Administrativa de Narcóticos (DEA, na sigla em inglês), Washington gastou mais de US$ 2,5 trilhões e prendeu mais de 40 milhões de pessoas por crimes de narcotráfico e posse de substâncias ilícitas, sem os resultados esperados.


A Colômbia, sim, mostrou avanços, ao reduzir em uma década sua produção à metade devido ao Plano Colômbia, no qual os EUA gastaram desde 2001 mais de US$ 8 bilhões no país andino, mas repassou o problema aos vizinhos pelo denominado "efeito balão".


Além do Peru, por um exponencial crescimento da produção de cocaína, os centro-americanos estão especialmente afetados pela violência da mesma forma que o México, e por isso o presidente da Guatemala, Otto Pérez, elegeu a descriminalização das drogas como ponto de partida para frear o problema.


A América Central buscará nos dias 9 e 10 de abril, antes da Cúpula das Américas, unificar uma posição em Tegucigalpa após os atritos gerados pela proposta de Otto Pérez.


O presidente hondurenho Porfirio Lobo fez a convocação após a fracassada reunião de Antígua (Guatemala) no dia 24 de março, que marcou a divisão, já que Lobo, da mesma forma que seus colegas da Nicarágua, Daniel Ortega, e El Salvador, Mauricio Funes, não se apresentaram por discordar da proposta de descriminalização do guatemalteco.


A essa reunião só foram o panamenho Ricardo Martinelli e a costarriquenha Laura Chinchila.


Ainda com divergências haverá debate em Cartagena sobre drogas porque a Casa Branca está de acordo e assim indica o fato de que no último mês viajaram para diferentes países da América Central até quatro altos funcionários de Washington para tratar este espinhoso tema, entre eles, o vice-presidente Joseph Biden.


A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, deixou claro que a discussão sobre drogas não vai se centrar na legalização exclusivamente porque se for assim "não haverá debate".

************************************************

TEMA RELACIONADO: Narcotráfico, grave problema en Centroamérica MARTES, 03 ABRIL 2012

***************************************************************

Cartagena, una oportunidad para el diálogo y también para avivar la tensión


TERRA COLOMBIA - La VI Cumbre de las Américas pondrá cara a cara a algunos gobernantes enfrentados por viejos o nuevos conflictos bilaterales, como la argentina Cristina Fernández y el estadounidense Barack Obama.


Ante la ausencia del ecuatoriano Rafael Correa y las dudas sobre la presencia del venezolano Hugo Chávez en la Cumbre que tendrá lugar los días 14 y 15 de abril en Cartagena (Colombia), la atención se centra en lo que pueda ocurrir entre Cristina Fernández y Barack Obama.


Las relaciones argentino-estadounidenses no atraviesan un buen momento desde hace tiempo y a fines de marzo el Gobierno de Obama echó más leña al fuego con la decisión de suspender temporalmente los beneficios comerciales a Argentina porque "no ha actuado de buena fe".


La razón es que el Gobierno de Fernández se niega a pagar las compensaciones por más de 300 millones de dólares que el tribunal de arbitraje del Banco Mundial fijó para dos empresas estadounidenses que perdieron concesiones durante la crisis de 2002 en Argentina.


"La cancelación de las preferencias norteamericanas (...) no es importante por el volumen del dinero en juego, pero tiene la significación del frío político", escribió recientemente el analista argentino Joaquín Morales Solá en La Nación, diario que hoy anuncia la posibilidad de más medidas de EE.UU. contra Argentina.


La suspensión no ha entrado aún en vigor -se anunció el 26 de marzo para dentro de 60 días- y los más optimistas esperan que en Cartagena se logre una solución al conflicto entre dos países que en los años 90 presumían de tener "relaciones carnales", según la expresión acuñada por el gobierno argentino de entonces, que presidía Carlos Menem, peronista como Fernández.


Otro encuentro en la cumbre que despierta gran expectación es el que tendrá el venezolano Chávez con Obama, si su salud le permite viajar a Cartagena.


Chávez, el invitado a Cartagena que ha asistido a más cumbres de las Américas, se encuentra desde el sábado en Cuba para seguir con su tratamiento de radioterapia por un cáncer en la zona pélvica que le fue diagnosticado en junio pasado y le ha obligado a pasar por el quirófano en tres ocasiones.


Ni el Gobierno colombiano ni el venezolano han anunciado que Chávez vaya a faltar a la cita, pero su nuevo viaje a Cuba y sus palabras en una ceremonia religiosa el pasado fin de semana pidiendo a Dios que no se lo lleve tan pronto han sembrado la duda.


Chávez es sin duda el mayor antagonista de Obama entre los invitados a la Cumbre de Cartagena. Solo lo habría superado el cubano Raúl Castro si como querían algunos países latinoamericanos hubiera sido invitado.


En unos de los últimos comentarios públicos que Chávez ha dedicado a Obama le llamó "farsante" e "irresponsable" por haber manifestado su preocupación por la situación de los derechos humanos en Venezuela.


"Déjanos tranquilos, que nosotros somos libres y más nunca seremos colonia tuya", dijo en diciembre pasado el presidente venezolano, quien al igual que el estadounidense busca ser reelegido este año.


Con fuerza y sonriendo, Chávez, que ha asistido a las Cumbres continentales de Québec (2001), Mar del Plata (2005) y Puerto España (2009), estrechó en la última de esas reuniones la mano de Obama, quien en esa ocasión se comprometió con sus pares latinoamericanos y caribeños a desarrollar una relación en pie de igualdad.


Venezuela y Estados Unidos no tienen relaciones diplomáticas a nivel de embajadores desde 2010, y lo mismo pasa con Bolivia y Estados Unidos, mientras que Ecuador y Estados Unidos las normalizaron a principios de este año.


El presidente ecuatoriano, Rafael Correa, decidió no acudir a Cartagena en protesta porque a causa del "veto de los países hegemónicos" Cuba no fue invitada y porque considera "inaceptable que en estas cumbres se soslayen temas tan fundamentales como el inhumano bloqueo a Cuba, así como la aberrante colonización de las islas Malvinas".


El Gobierno de Bolivia, por el contrario, cree que es mejor ir a Cartagena para "pedir cuentas" a Estados Unidos, así que también genera expectación lo que puede ocurrir entre el presidente boliviano, Evo Morales, y Obama.


El caso del presidente guatemalteco, Otto Pérez Molina, quien quiere explicar en esta cumbre su propuesta para despenalizar las drogas en un mercado regulado como alternativa a la lucha frontal contra el narcotráfico, es distinto.


Sus "encontronazos" en la cumbre pueden ser con sus colegas de Nicaragua, El Salvador y Honduras, que no respaldan su propuesta e incluso le dejaron plantados en un reciente encuentro convocado para consensuar una postura común de cara a la Cumbre de Cartagena.


La lucha antidrogas y la posibilidad de incorporar a Cuba a estas cumbres son dos de los temas que estarán sobre la mesa en la Cumbre, al margen de los incluidos en la agenda.


El embajador de EE.UU. en Colombia, Michael McKinley, dijo hoy que su país no le tiene "miedo al debate" y está "más que dispuesto" a discutir en Cartagena de sus políticas en torno a "temas controversiales".


El anfitrión de la cumbre, el colombiano Juan Manuel Santos, señala por su parte que "es hora de acercar" a Estados Unidos y Cuba y cree que hay que dejar fuera de la discusión sobre cómo enfrentar el problema de las drogas "el contenido de sensibilidad política".