América Latina/Centroamerica. Brasil/El Salvador. Política/Relaciones Internacionales. Comunicación Social/Linguística. Arte/Cultura. Yo/Jornada a Itaca.
And some other things.
Folha de São Paulo – “Os dois líderes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) mortos no Triângulo Mineiro no último sábado (24) participaram no começo deste ano de um protesto que pedia rapidez no julgamento dos suspeitos do caso que ficou conhecido como chacina de Unaí (MG), em 2004.
Milton Santos Nunes da Silva, 51, e Clestina Leonor Sales Nunes, 47, foram mortos com tiros na cabeça em uma estrada em Miraporanga, distrito de Uberlândia (556 km de BH).
Além dos dois, outro integrante do MLST --Valdir Dias Ferreira, 39-- foi assassinado com as mesmas características.”
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Transformar a vigente primitiva estrutura agrária brasileira é essencial para finalmente levar o país a um estado socialmente justo.
O ódio do latifúndio e do agronegócio contra os movimentos sociais que buscam essa transformação segue manchando a mesma terra em questão de sangue; o sangue daqueles que são vitimas desse atraso, mas não aceitam esse anacronismo e agem pela mudança.
O assassinato de militantes do MLST é uma vergonha para a "sexta economia do mundo"; retratos de barbárie e da enorme contradição de um estado com uma condição cidadã ainda degradante, de um estado que não dá garantias de livre expressão, de segurança, pela reinvidicaçao de direitos básicos dos seus nacionais.
Quem possui a terra e defende a atrasada estagnação possui poder, possui influência, possui a arrogância e o desprezo pelos seus compatriotas, possui a capacidade de desumanizar e se sujar com a morte.
O MLST quer justiça, o Brasil quer um país de verdade, a humanidade quer libertação.
Ontem, 23 de março, os companheiros Valdir Dias Ferreira, 40 anos e Milton Santos Nunes da Silva, 52 e a companheira Clestina Leonor Sales Nunes, 48, membros da Coordenação Estadual do MLST no Estado de Minas Gerais, foram executados na rodovia MGC-455, a dois quilômetros de Miraporanga, distrito de Uberlândia. O bárbaro crime aconteceu na presença de uma criança de 5 anos.
Os companheiros e a companheira eram acampados na Fazenda São José dos Cravos, no município do Prata, Triangulo Mineiro/MG. A Usina Vale do Tijuco (com sede na cidade de Ribeirão Preto/SP) entrou com pedido de reintegração de posse apenas com um contrato de arrendamento. Diversas usinas vem implementando na região o monocultivo da cana de açúcar, trabalho degradante e o uso intensivo de agrotóxico e destruição do meio ambiente.
Essa área foi objeto de audiência no último dia 8 de março de 2012, não havendo acordo entre as partes. Dezesseis dias depois da Audiência as três lideranças que tinham uma expressiva atuação na luta pela terra na região e eram coordenadoras do acampamento foram assassinadas.
Trata-se de mais um crime agrário, executado pelo tão endeusado Agronegócio onde a vida e o direito de ir e vir não são respeitados. A impunidade e a ausência do Estado de Direito na região vem causando o aumento da violência e da tensão social.
Os nomes dos companheiros Ismael Costa, Robson dos Santos Guedes e Vander Nogueira Monteiro estão na lista de morte. Solicitamos imediatamente do Governo do Estado de Minas Gerais e da Política Federal proteção às lideranças ameaçadas. Não podemos mais ficar chorando a perda de pessoas, a obrigação do Estado é garantir o direito a vida de sua população, independente de classe social, cor e raça.
Por tudo isso, O MLST reivindica aos Governos Federal e Estadual a constituição imediata de uma Força Tarefa na região do Triangulo Mineiro com a participação efetiva da Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, INCRA, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria da Presidência da República, Ministério da Justiça, Polícia Federal e o Promotor Agrário de Minas Gerais, Dr. Afonso Henrique.
Reivindicamos o assentamento imediato das famílias acampadas na região do Triangulo Mineiro.
Por fim, exigimos a prisão imediata dos fazendeiros mentores intelectuais dos assassinatos, bem como dos executores. Basta de Impunidade. Basta de Violência.
O MLST presta sua última homenagem aos três dirigentes do Movimento no Triangulo Mineiro, clama por justiça e reafirma seu compromisso na luta pela democratização da terra para construir um País mais justo e igualitário.
Periódico digital salvadoreño amenazado por sus informes
El miércoles pasado (14 marzo 2012) el periódico digital salvadoreño El Faro publicó una nota en la que revelaba la existencia de un pacto entre las pandillas – uno de lós más grandes y complejos problemas de El Salvador – y el gobierno para reducir los índices de homicidios.
El artículo se llama "Gobierno negoció con pandillas reducción de homicídios". Las investigaciones sostienen que este pacto incluía el traslado de líderes de las pandillas del penal de máxima seguridad a penales de menor seguridad, a mayores comodidades y a otros beneficios. Esa misma semana, la pasada, el promedio de homicidios se redujo más de la mitad.
El reportaje estaba basado en diversas fuentes de inteligencia de varias agencias del Estado, por funcionarios de gobierno y, en la calle, por jefes locales de pandillas. Dos días después, el gobierno respondió con una conferencia de prensa del ministro de Seguridad, en la que negó la existencia de este acuerdo.
A esta conferencia, con periodistas de varios medios, no invitaron al personal de El Faro, indicó Carlos Dada, director de El Faro (foto arriba). En la reunión, los funcionarios afirmaron que tenían información de inteligencia que sugería que los pandilleros estaban enojados por el artículo de periódico y que el personal del sitio estaba en peligro, señaló Dada.
Al día siguiente, el ministro de Seguridad Munguía Payés indicó al personal de El Faro que corría el riesgo de ser atacado por las bandas criminales, pero no dio más detalles ni ofreció protección para el personal.
“El trabajo de un medio de comunicación serio implica mantener una posición crítica, sospechosa y exigente con el poder. Implica cuestionar las versiones oficiales y las de personas e instituciones con poder económico, político, militar o de cualquier otra naturaleza.
Hacer este trabajo en estados débiles como El Salvador supone poner en riesgo, a veces, más que la credibilidad y el prestigio.”
En mayo de 2011, El Faro ya habia publicado un artículo titulado "El cartel de Texis," que reveló una red de crimen organizado que involucra a líderes de pandillas, empresarios prominentes, y políticos locales en el noreste de El Salvador.
Dada afirmó a la organización no gubernamental Committee to Project Journalists (CPJ) que en febrero, nueves meses después de la publicación del artículo, el personal del periódico notificó que estaban siendo seguidos y fotografías por individuos no inidentificados. Dada indicó que sospechaba que la policía estaba siguiendo al personal del medio con el propósito de identificar las fuentes del artículo publicado en mayo.
"Estamos preocupados por la seguridad del personal de El Faro y estamos monitoreando la situación muy de cerca", afirmó Carlos Lauría, coordinador senior para el programa de las Américas del CPJ. "Responsabilizamos al gobierno salvadoreño por el bienestar de los periodistas de El Faro".
La investigación del CPJ indica que periodistas que informan sobre la violencia de las pandillas en El Salvador asumen el riesgo de convertirse en blanco ellos mismos. En 2009, Christian Poveda, cineasta franco-español, fue asesinado por miembros de la pandilla Mara 18.
- E qual é o teu email? – perguntei naturalmente. Com mais naturalidade ainda, ele respondeu: - medetoneicortandolenha@(algum servidor).com
Impossível não rir, mas ele não se abalou. – Mas que email é este, tchê? – É que fui “pra fora” no final de semana e me cortei aqui, ó (mostrando o dedo), cortando lenha.
Era assim. Espontaneidade geral, honesta, Raul era um secundarista quando recém fundávamos o Instituto Mário Alves. Não lembro exatamente quando o conheci, mas foi naqueles anos de movimento estudantil. Ele ainda no CAVG, eu no inicio das faculdades, militávamos na mesma corrente do PT. E Raul sempre surpreendida a todos com sua disposição, alegre e sincera. Éramos parte de um mesmo grupo de debate, de articulações, de açoes, de sonhos. Dividíamos muitos finais de semana enclausurados em reuniões intermináveis, e dias de semana também. E festas no Direito (o original), e umas bandas pelas ruas do Porto, até o Quadrado.
Seu nome era Élvio, mas pra mim e pra muitos – e aposto que a maioria demorou pra saber que o nome verdadeiro era esse – ele é sempre Raul. Lembro claramente do jeito algo afobado dele pra puxar uma conversa. “- Aleks, temos que conversarrr um negócio, meu companheiro”. Assim, exagerando a letra r no final das palavras, numa entonação meio abagualada. Raul era cativante, daquele tipo que gera a simpatia de todos, e se fazia prezar pela amizade. E pese os já vários anos de distância, a julgar pela impressão de quem o conheceu mais recentemente ou que continuou sempre presente, ele não havia mudado essa característica.
Desde que saí do RS nosso contato ficou escasso, e nossos encontros, considerando as muitas poucas vezes que fui a Pelotas desde então, mais ainda. Neste último janeiro eu fui outra vez, e quis que saíssemos juntos. Nos encontramos por acaso num dos famosos trailers de lanches pelotenses, ele com um capacete no braço. Nos demos um abraço, aperto de mão firme, trocamos telefones, e combinamos de se falar para combinar uma volta. Nos falamos, mas não chegamos a sair. Eu fico com essa imagem dele, acenando um adeus, eternamente sorridente.
Eu não sei quem é César Melo, suposto autor do texto abaixo, e uma rápida busca no Google não me mostrou tampouco. Mas este é o melhor texto sobre Recife que já li. Curto, quase pragmático, visceral, real e apaixonante. Recife completou 475 anos ontem, e eu, há um ano aqui, aprendendo.
“Recife. Quando Manuel Bandeira era menino viu uma moça bonita tomar banho "nuinha" no Rio Capibaribe, lá na altura da Caxangá. O menino João Cabral se assustou ao perceber que havia um morto boiando no mesmo Rio. Eu via moça nua só no carnaval da Globo e a Caxangá pra mim é um corredor de ônibus infindável. Já não via mais o rio, nos meus tempos de criança. Eu ia pra Boa Viagem, onde, antes dos tubarões aparecerem, tomava-se muito banho por lá. Também por lá, a gente via os gringos com as moreninhas de peito de pitomba, andando de mãos dadas na orla marítima.
Recife e seus bairros de nomes filosóficos. Para alcançar as Graças, é preciso que nós, Aflitos, morramos Afogados nas incertezas de nossa Encruzilhada existencial. Se Camus e Kafka fossem recifenses, morariam nos Aflitos. Se as putas arrependidas fossem ricas morariam na Madalena. Se os intelectuais fossem coerentes, viveriam na Torre (de Marfim).
Recife tem morenas de todas as cores. Das morenas cor de leite às morenas jambo, há morenidade para todo gosto na terrinha de Gilberto Freyre. Há também as branquinhas, descendentes dos flamengos, que no entanto, torcem pelo "ixxport" e são de "ixxquerda". No Recife, somos todos de esquerda, inclusive os usineiros, como Bruno Maranhão. Recife é uma cidade de revolucionários. Fazemos uma revolução tão permanente que, mui dialeticamente, até os raças entraram na onda. Ah, Recife!
Recife. Conde da Boa Vista. Capital mais africana do Brasil. Som alto. Locutores de lojas - no Recife tem muito disso - anunciando promoções da calcinha e sutiã. Recife: Rua da moeda - Mangue-beat e cheiro de maconha. Minha boemia esmagada pelo calvinismo tropical que pulsa nesse sangue instável. No meu Recife já não há mais puteiro como antigamente. Há os decadentes, na Visconde de Suassuna. As putas agora são on line. E dizem as boas línguas, elas até beijam. Ah, Resífilis.
Recife, Universidade Federal de Pernambuco. Laguinho da Universidade. O jardim da perdição, localizado entre o CFCH e o CAC, é o centro nevrálgico do lirismo universitário. Lá as arquitetas, artistas plásticas e jornalistas, com aquele charme de hippie de butique, atiçam as imaginações dos sociólogos revolucionários. O CFCH e suas discussões pseudo-filosóficas. Grandes amizades. Marx e Weber discutidos com tapioca e cafézinho na cantina do CFCH. Depois de muita prosa e tapioca, resolvemos os problemas do mundo. Mas não entendemos porque os meninos pedem dinheiro no estacionamento da faculdade.
Recife na parada de ônibus. Ceasa-Casa Amarela era o ônibus da utopia. Alguns diziam que essa linha nem sequer existia. Eu acreditava muito e ela às vezes aparecia pra mim. Recifense que é recifense tem muita fé e, como bom brasileiro, não desiste nunca. O Rio Doce-CDU era um ônibus patrocinado pelo Museu do Homem do Nordeste, pois simulava com todo rigor historiográfico o sofrimento dos escravos na travessia do navio negreiro. Cada viagem era um aprendizado. Recife também é cultura.
Recife. Cada parada num sinal é um suspense. Um medo. Um calafrio. O pedinte se aproxima. O vidro elétrico sobe. Quanta miséria, meu deus! Pra onde estamos indo? A luz verde acende. Primeira marcha. O estacionamento do shopping é logo ali. Preciso comprar o que mesmo? Recife e seus orgulhos cheios de relevância: temos o maior shopping da América Latina. E, claro, também temos a maior avenida em linha reta do mundo: A gloriosa Caxangá. Recife capital da megalomania: o Capibaribe e o Beberibe se encontram pra formar o oceano atlântico. Ah, e claro, Nova Iorque não passa de uma filial do bairro de Santo Antônio.
O mundo começa pelo Recife, é verdade. Mas também termina nele. No Recife temos nosso apocalipse caótico e carnavalesco, alegre e violento, cheio de beleza e aberração.”
Na última sexta iniciei um ano-novo. Pelo menos é assim que muitas pessoas em Pernambuco cumprimentam o aniversariante, saudando ao seu novo ano, o que faz sentido.
E ao invés de fazer a costumeira "reflexao de aniversário" de todos os anos, deixo um pout-pourri de músicas que recebi de amigos e amigas de várias partes de lembrança e cumprimentos - diversidade de ritmos, mensagens e histórias que me deixa feliz e convicto de viver, intensamente. Obrigado!
"Nao quero morrer pois quero ver como será que é envelhecer."
Sem papas na língua. Característica inegável que lhe vale, nas suas próprias palavras, ser objeto de uma perseguição internacional. “Israel quer me silenciar”, afirma. Abdel Bari Atwan é o editor-chefe do al-Quds al-Arabi, com sede em Londres e um dos mais influentes jornais árabes no Ocidente. É também o jornalista que ganhou fama mundial ao entrevistar Osama Bin Laden, numa caverna em Tora Bora, no Afeganistão, cinco anos antes do ataque da Al-Quaeda contra o World Trade Center, em Nova Yorque. E Atwan é, além disso, uma voz irremediavelmente direta que em alto e bom som opina sobre temas políticos do Oriente Médio, principalmente da Palestina, sua terra natal – uma voz que de tão alta é quase estridente para os ouvidos sensíveis de diferentes partes do globo com interesses na região.
Para os muito poucos no Brasil que estudam a América Central, a notícia divulgada hoje é impressionante, quase surreal.
O assassinato do bispo da Igreja Anglicana Robinson Cavalcanti, e de sua esposa, Miriam Cavalcanti, ocorrido esta há dois dias em Olinda, chocou o opinião pública, principalmente aqui do estado de Pernambuco, onde o bispo era uma personalidade conhecida e bem quista. O casal foi assassinado pelo próprio filho, Eduardo Cavalcanti, de 29 anos.
Para além do brutalidade do crime, em que em um ataque de fúria Eduardo matou a facadas seus pais adotivos, o mais curioso e chocante é que o assassino havia chegado há pouco tempo dos Estados Unidos e era parte da Mara Salvatrucha.
“Eduardo Cavalcanti, 29, tinha a intenção de matar desde que voltou dos Estados Unidos para o Brasil, há duas semanas.
Ele havia mudado completamente. Do garoto dócil e amoroso, adotado pelo bispo e a esposa ainda criança, pouco restara. Estava com o corpo coberto de tatuagens.
O jovem tem passagens pelos departamentos de polícia das cidades de Plantation e Pembroke Pines, na região de Miami. Nos últimos dois anos, ingressou numa das maiores gangues de imigrantes dos Estados Unidos conhecida como Mara Salvatrucha.
Para ser aceito na facção criminosa, dominada por imigrantes de El Salvador, Eduardo tatuou a parte superior do corpo inteira.
A Mara Salvatrucha é conhecida pela extrema violência de seus integrantes e por dominar o tráfico de drogas em Los Angeles e na Flórida.”
Não é exagero dizer que a violência é uma característica da história salvadorenha, em particular, mas também como toda a centro-americana, em geral.
Dois exemplos: a revolta camponesa de 1932 que foi afogada em sangre de mais de 30 mil mortos, a a maioria indígenas, em apenas dez dias; e o golpe de estado militar organizado em 1954 pela CIA na Guatemala.
Além disso, em El Salvador os anos da guerra civil (1980-1992) deixaram marcas profundas, com um legado de uma violência endêmica alimentada por 400 mil armas de foto que circulam pelo país e comercializas a preços irrisórios. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, El Salvador tem um quadro epidêmico de criminalidade, com uma média de mais de 60 assassinatos para cada 100 mil habitantes anualmente, num país de 6 milhões de habitantes e de 21 mil km2.
O cineasta franco-espanhol, Cristian Poveda, autor do filme “La Vida Loca”, sobre as maras salvadorenhas e assassinado pelas próprias pessoas que retratou logo após o lançamento da obra, em 2009, analisou:
“Consecuencia indirecta de las migraciones provocadas por la guerra civil en El Salvador y la globalización, fue en Los Ángeles donde los jóvenes inmigrantes centroamericanos crearon, a principios de los años 80 del siglo pasado, las dos principales pandillas que se enfrentan hoy día en América Central: la Mara Salvatrucha (MS) y la 18, que tienen cada una su lenguaje codificado, sus ritos, sus tatuajes y, sobre todo, su odio inveterado. No hay diferencia ideológica o religiosa que pueda explicar esta lucha a muerte, cuyo origen, perdido en los bajos fondos de los barrios latinos de Los Ángeles, ha sido olvidado por todos.
Oriundos de América Central, esos adolescentes desorientados, inmigrantes económicos y políticos, desertores del ejército y de la guerrilla, miembros de los escuadrones de la muerte e hijos de los centenares de miles de salvadoreños que huían de la guerra civil, devinieron, en sólo una década, organizaciones criminales estructuradas, jerarquizadas, que para defender sus territorios y negocios, asesinaban a sus enemigos, tanto a los “internos como a los externos”. La primera pandilla centroamericana se llamó Mara Salvatrucha. Pero pronto apareció otra, la temible 18, que sentaba sus reales precisamente en la calle 18, al sur de Los Ángeles”.
É comum a presença de nacionais de outros países que não da América Central nas fileiras das maras?
É a condição de imigrantes ilegais nos Estados Unidos que atrairia mais membros de regiões fora do contexto centro-americano para essas gangs?
Há estudos sobre a presença desses outros nacionais nas maras?
Há mais brasileiros integrando as maras? Estão apenas nos Estados Unidos? Estão também no Brasil?
O Brasil prestará mais atenção a América Central a partir deste episódio, pelo menos em termos de segurança pública e dos significados da transnacionalizaçao das maras?
Monumento a la Memoria y la Verdad (artista: Julio Reyes) Parque Cuzcatlan, San Salvador, El Salvador
δειξις ...
Kaspar Hauser
Yo y mis circunstancias
ALEKSANDER AGUILAR
é/está nepantla - palavra cunhada por um falante do ameríndio Nahuatl no séc. 16 que se pode traduzir como "estar ou sentir-se entre";
tem identidades nacionais cindidas entre o brasileiro (gaúcho) e o centroamericano (salvadoreño), e entre outras coisas identitarias políticas/culturais;
de viaje a Itaca con salida de Pelotas y paradas - por enquanto - en Londres, San Salvador, Barcelona, Recife, y Heredia, entre outras;
leva na pele "seja marginal seja herói", "change is home", "la belleza es tu cabeza", além de outras coisas;
é jornalista, linguista e doutorando em Ciência Política que escreve, milita e pesquisa sobre política e cultura no Brasil e na América Central, e mais algumas coisas;
y, claro. está siempre lleno de proyectos como escritor (!), e tantas outras coisas artísticas;
coordena a rede-plataforma O Istmo (www.oistmo.com), e também algumas outras coisas.
ÍTACA (Konstantinos Kavafis)
Cuando salgas en el viaje, hacia Ítaca
desea que el camino sea largo,
pleno de aventuras, pleno de conocimientos.
A los Lestrigones y a los Cíclopes, al irritado Poseidón no temas,
tales cosas en tu ruta nunca hallarás,
si elevado se mantiene tu pensamiento,
si una selecta emoción tu espíritu y tu cuerpo embarga.
A los Lestrigones y a los Cíclopes ,y al feroz Poseidón no encontrarás,
si dentro de tu alma no los llevas, si tu alma no los yergue delante de ti.
Desea que el camino sea largo.
Que sean muchas las mañanas estivales en
que con cuánta dicha, con cuánta alegría entres a puertos nunca vistos:
detente en mercados fenicios, y adquiere las bellas mercancías,
ámbares y ébanos, marfiles y corales, y perfumes voluptuosos de toda clase,
cuanto más abundantes puedas perfumes voluptuosos;
anda a muchas ciudades Egipcias a aprender y aprender de los sabios.
Siempre en tu pensamiento ten a Ítaca.
Llegar hasta allí es tu destino. Pero no apures tu viaje en absoluto.
Mejor que muchos años dure: y viejo ya ancles en la isla,
rico con cuanto ganaste en el camino, sin esperar que riquezas te dé Ítaca.
Ítaca te dio el bello viaje.
Sin ella no hubieras salido al camino.
Otras cosas no tiene ya que darte.
Y si pobre la encuentras, Ítaca no te ha engañado.
Sabio así como llegaste a ser, con experiencia tanta,
ya habrás comprendido las Ítacas qué es lo que significan.
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