Friday, 27 July 2007
Is that cool?
The english version of the latest post below will be posted as soon as the proof reading procedure is concluded.
Tudo o que o show bussines pode fazer
Graham Benett (não é o da foto ai de cima) é um experiente e conhecido ativista político. A denominação ativista soa um tanto cara pra mim, pois tenho meus brios quando a utilizo para designar a militância no terceiro setor, mas essa é uma outra conversa. O fato é que ele dirige a One World Action, uma ONG britânica que trabalha com temas relativos a governança, participação política e direitos humanos em parceria com mais de 30 organizações na América Central, África e Ásia. De humor irônico e discreto, embora inspire um ar sério e concentrado, Graham, na semana passada, ouvia no seu computador um CD familiar. Desde minha sala, mesmo que o som estivesse baixo, pude ouvir aquela batidinha sintética, monotonamente cadenciada e acompanhada por uma fala travestida de ritmo que, por algum milagre do show business, transformou-se no “brazilian cutting edge music”. Graham estava ouvindo uma compilação de música brasileira feita pela Brahma e, detalhe, distribuido junto com o The Guardian de uma edição de sábado, com as melhores novidades vindas das terras tupiniquins e uma delas (agora sim o cara da foto ai)– o som em questão – é Tony da Gatorra.
Antonio Carlos Correio de Moura é natural de Esteio, cidade gaúcha próxima á Porto Alegre. Como a letra da sua própria música diz ele "construiu um instrumento" a partir do conhecimento adquirido consertando aparelhos eletrônicos que, junto com o estilo hipponga e uma música (se é que se pode chamar assim) com letras ditas "pós-punk", deu-lhe notoriedade.
A primeira vez que eu ouvi, e vi, a figura foi em 2002, durante a segunda edição do Fórum Social Mundial. “Aleks, onde tu tá? Chega aqui no pavilhão do MST no Acampamento que tem um cara estranho tocando um negócio mais estranho ainda”, foi mais ou menos assim que o produtor de vídeo, ex-colega e amigo André “Babilonico” Bernardes me chamou ao telefone para que eu fosse até onde o Tony dava uma palhinha para um pequeno grupo de "bicho-grilos". Naquela época, nada, duvide-o-dó, alguém se atreveria a pensar que aquele que não passava de mais um excêntrico no meio da Babel do Fórum (especialmente no Acampamento) estaria algum tempo depois tocando numa gig em Londres, num dos clubes mais conhecidos da capital inglesa.
O instrumento criado por Tony é a Gatorra e foi inclusive adquirida – corre a boca pequena – pela banda escocesa Franz Ferdinand e pela LoveFoxxx, da CSS. É com essa mistura de guitarra-sintetizador-bateria-eletrônica que o indíviduo toca aqui em Londres, neste domingo, como uma das principais atrações do Festival Troca Brahma (onde também toca, e eu to indo ver hoje a noite, Os Mutantes) e a pergunta é: por que? Consideremos algumas possiveis conjecturas. Estilo? causa curiosidade, mas não é plenamente original, por assim dizer; Música? bah, corta essa! Atitude? sim ele fala bastante, mas, outra pergunta, quantos ingleses entendem o que ele está dizendo?
Ao fim e ao cabo, é melhor um Tony do que um Bonde do Role. Tony fala de paz. Protesta contra a corrupção. Faz critica contra o "sistema". Tudo de um jeito simples, pra não dizer simplório, mas dá o seu recado "para falar, para cantar, pra protestar". Esses outros, o trio funk-sei-la-o-que de Curitiba, também tem sido queridinhos dos ingleses, na esteira do Cansei de Ser Sexy que, embora seja muito modinha, pelo menos faz música realmente. O Bonde é uma espécie de Mamonas Assassinas e de novo, tendo só as letras como algo que talvez (só talvez) possa ser engraçado nos cinco primeiros minutos. Então, por que os ingleses que não conseguem dizer nem “tudo bem” acham o trio cool? Mistérios para o Mr. Potter desvendar…
A primeira vez que eu ouvi, e vi, a figura foi em 2002, durante a segunda edição do Fórum Social Mundial. “Aleks, onde tu tá? Chega aqui no pavilhão do MST no Acampamento que tem um cara estranho tocando um negócio mais estranho ainda”, foi mais ou menos assim que o produtor de vídeo, ex-colega e amigo André “Babilonico” Bernardes me chamou ao telefone para que eu fosse até onde o Tony dava uma palhinha para um pequeno grupo de "bicho-grilos". Naquela época, nada, duvide-o-dó, alguém se atreveria a pensar que aquele que não passava de mais um excêntrico no meio da Babel do Fórum (especialmente no Acampamento) estaria algum tempo depois tocando numa gig em Londres, num dos clubes mais conhecidos da capital inglesa.
O instrumento criado por Tony é a Gatorra e foi inclusive adquirida – corre a boca pequena – pela banda escocesa Franz Ferdinand e pela LoveFoxxx, da CSS. É com essa mistura de guitarra-sintetizador-bateria-eletrônica que o indíviduo toca aqui em Londres, neste domingo, como uma das principais atrações do Festival Troca Brahma (onde também toca, e eu to indo ver hoje a noite, Os Mutantes) e a pergunta é: por que? Consideremos algumas possiveis conjecturas. Estilo? causa curiosidade, mas não é plenamente original, por assim dizer; Música? bah, corta essa! Atitude? sim ele fala bastante, mas, outra pergunta, quantos ingleses entendem o que ele está dizendo?
Ao fim e ao cabo, é melhor um Tony do que um Bonde do Role. Tony fala de paz. Protesta contra a corrupção. Faz critica contra o "sistema". Tudo de um jeito simples, pra não dizer simplório, mas dá o seu recado "para falar, para cantar, pra protestar". Esses outros, o trio funk-sei-la-o-que de Curitiba, também tem sido queridinhos dos ingleses, na esteira do Cansei de Ser Sexy que, embora seja muito modinha, pelo menos faz música realmente. O Bonde é uma espécie de Mamonas Assassinas e de novo, tendo só as letras como algo que talvez (só talvez) possa ser engraçado nos cinco primeiros minutos. Então, por que os ingleses que não conseguem dizer nem “tudo bem” acham o trio cool? Mistérios para o Mr. Potter desvendar…
Thursday, 19 July 2007
It was not me! It was The Guardian who said it...
Five cabinet ministers confess to smoking cannabis
David Batty, Deborah Summers, Matthew Tempest and agencies Guardian Unlimited
David Batty, Deborah Summers, Matthew Tempest and agencies Guardian Unlimited
Five members of the cabinet, including the chancellor and home secretary, today admitted they had smoked cannabis in their youth.
The chancellor, Alistair Darling, was the most senior member of Gordon Brown's new government to confess he had smoked cannabis "occasionally in my youth".
The shock admission, from the secretary of state best known as a "safe pair of hands", came after the home secretary, Jacqui Smith, revealed that she had dabbled with the drug during her
The disclosure - made while Ms Smith discussed the prime minister's announcement yesterday of a review into whether marijuana should be reclassified back to class B after it was downgraded to class C three years ago - prompted an avalanche of similar admissions from her cabinet colleagues.
Ruth Kelly, the transport secretary, John Hutton, the business, enterprise and regulatory reform secretary, and Andy Burnham, the chief secretary to the Treasury, also confirmed today they too had experimented with the drug.
Hazel Blears, the communities secretary, and housing minister Yvette Cooper have both previously admitted to smoking dope in their youth.
Confirming that Mr Darling and Mr Burnham, had both tried the drug, a Treasury spokesman said: "The chief secretary said he had tried it one or two times at university but never since."
Asked this morning by GMTV whether she had tried cannabis, Mrs Smith said: "I have. I did when I was at university. I think it was wrong that I smoked it when I did. I have not done for 25 years."
Home Office ministers Tony McNulty and Vernon Coaker later admitted that they too had smoked marijuana as students.
Mr McNulty told BBC News 24: "At university I encountered it, I smoked it once or twice, and I don't think many people who were at university at the time didn't at least encounter it."
A spokesman for the foreign secretary, David Miliband, said the minister had never tried cannabis. A spokesman for the prime minister also confirmed that Mr Brown had never used the drug.
The home secretary is due to formally announce the review next week as part of a wide-ranging drugs inquiry that in part reflects concern about skunk, a stronger form of cannabis being blamed for an increase in mental health disorders.
If cannabis were returned to class B, anyone in possession of the drug would again be liable for arrest.
It was downgraded in 2004 while David Blunkett was home secretary. Since then, concerns have grown among doctors and MPs that its classification does not reflect the health dangers it poses.
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Life in London,
O que vale a pena na midia
Fumaça pra todo lado!
É possível não falar da tragédia do vôo 3054 da TAM? Dá uma vontade! Afinal, decolou da amada Porto Alegre; foi cena de filme; todos os nativos perguntam se os amigos e parentes estão bem e o evento bateu dois recordes in a row como lembra esse camarada aqui que, como disse alguém em um dos comentários, estava possuído por alguma entidade “jaboriana”...
Na imprensa britânica, o maior e mais chocante desastre aéreo da história brasileira segue na front cover dos sites dos principais jornais, mas aos poucos se dirige para posições mais próximas do pé da página perdendo espaço para os mistérios do novo livro Harry Potter ou para a Secretária de Governo, Ms. Jacqui Smith que, diferentemente do ex-presidente americano Bill Clinton, fumou e tragou maconha quando na faculdade, mas hoje diz que é ruim e quer a erva na categoria B ao invés de C.
ATÉ A ÚLTIMA PONTA
E não é só ela! Parece que a nova gestão dos Trabalhistas é mesmo um governo cabeça feita. Nesta quinta-feira, 19 de julho, mais quatro membros do primeiro escalão do Mr. Brown admitiram que fecharam, apertaram e tocaram fogo na bomba! Veja só que maravilha a lista dos maconheiros. O Secretário do Tesouro, do Transporte e até o pessoal do Home Office afirmaram que, enfim, aquela coisa... na juventude, sabe como é... ah, meus anos como estudante! naquela época....
ATÉ A ÚLTIMA PONTA
E não é só ela! Parece que a nova gestão dos Trabalhistas é mesmo um governo cabeça feita. Nesta quinta-feira, 19 de julho, mais quatro membros do primeiro escalão do Mr. Brown admitiram que fecharam, apertaram e tocaram fogo na bomba! Veja só que maravilha a lista dos maconheiros. O Secretário do Tesouro, do Transporte e até o pessoal do Home Office afirmaram que, enfim, aquela coisa... na juventude, sabe como é... ah, meus anos como estudante! naquela época....
A imprensa inglesa se divertiu e saiu tentando mapear outros políticos que também confessassem que ao menos “uma ou duas vezes” deram aquele tapa na pantera. Mas o Prime Minister garante que nunca, nunquinha, cruz-credo, jamé, botou a coisa na boca!
A cannabis foi classificada na Grã-Bretanha como droga categoria C em 2004 e agora a “chapazeada” do poder – jurando de pé junto que desde aquele tempo da loucura universitária (e da qual garantem que se arrependem), nunca mais fumaram – quer voltar a criminalizar a posse da “coisa” com uma lei que a inclua de novo na lista B, onde estão anfetaminas e barbitúricos, ou seja, “pilhas” em geral.
Daí também vem a lembrança daquela fantástica entrevista do Angeli na Caros Amigos. “(…) durante quinze anos eu fui cocainômano. O meu trabalho era uma merda durante esse tempo. Bom, parei de cheirar, foi ótimo parar, meu trabalho cresceu, encorpou, tem um discurso formado (…) Repórter pergunta: - E a maconha? - Maconha, até tua vovó fuma, né?”
A cannabis foi classificada na Grã-Bretanha como droga categoria C em 2004 e agora a “chapazeada” do poder – jurando de pé junto que desde aquele tempo da loucura universitária (e da qual garantem que se arrependem), nunca mais fumaram – quer voltar a criminalizar a posse da “coisa” com uma lei que a inclua de novo na lista B, onde estão anfetaminas e barbitúricos, ou seja, “pilhas” em geral.
Daí também vem a lembrança daquela fantástica entrevista do Angeli na Caros Amigos. “(…) durante quinze anos eu fui cocainômano. O meu trabalho era uma merda durante esse tempo. Bom, parei de cheirar, foi ótimo parar, meu trabalho cresceu, encorpou, tem um discurso formado (…) Repórter pergunta: - E a maconha? - Maconha, até tua vovó fuma, né?”
Muita desculpa, pouco texto
São por essas e outras que ás vezes acredito que blog é coisa pra nerd. Já manifestei minha quebra de ranço no texto de introdução para essa empreitada virtual e dado isso aqui estamos, mas, diabos! Como é possível manter uma atualização constante e precisa? Há vida lá fora, sim, há mesmo! Como blogueiros de todo o mundo (mas me refiro aqueles porreta, que escrevem com peridiocidade rigorosa), conseguem equilibrar atividades diárias da substência com a redação desobrigada?
Soa como excusas para minha incompetência inicial em mantê-lo, eu sei... O segundo post, inclusive, ainda não traduzi. Porém, um descontinho, por favor! A intenção também é, como explicítamente dito, fazer disso um instrumento de exercícios lingüísticos e não um de tortura. Leitura.Tradução.Pints.JD.OWA.Curso.Leitura.Bicicleta.Pints.JD.OWA.Tradução.Bicicleta.Curso.JD.OWA...Pints! E se tem um solzinho, mesmo timido e desbotado, vou lá tentar puxar assunto. É muita informação, nem os computadores aguentam mais! Alguém ai tem um memory stick ou bluetooth pra emprestar? Eu que sou antiquado e desavisado, um não-nerd assumido, gosto mais de viver lá fora. Mas quando possível levo um laptop comigo. (Logo, a priori, a blogosphere vai ter que acumular mais um texto nesse mesmo bat-endereço toda a sexta-feira, ok?)
Soa como excusas para minha incompetência inicial em mantê-lo, eu sei... O segundo post, inclusive, ainda não traduzi. Porém, um descontinho, por favor! A intenção também é, como explicítamente dito, fazer disso um instrumento de exercícios lingüísticos e não um de tortura. Leitura.Tradução.Pints.JD.OWA.Curso.Leitura.Bicicleta.Pints.JD.OWA.Tradução.Bicicleta.Curso.JD.OWA...Pints! E se tem um solzinho, mesmo timido e desbotado, vou lá tentar puxar assunto. É muita informação, nem os computadores aguentam mais! Alguém ai tem um memory stick ou bluetooth pra emprestar? Eu que sou antiquado e desavisado, um não-nerd assumido, gosto mais de viver lá fora. Mas quando possível levo um laptop comigo. (Logo, a priori, a blogosphere vai ter que acumular mais um texto nesse mesmo bat-endereço toda a sexta-feira, ok?)
Tuesday, 3 July 2007
Do terrorists pay for bus journeys?
Hello Londoners politically correct authorities: No, terrorists do not take the bus! They go by car! Thus, investment in transport fare inspection seems to be a waste of money when one thinks of how much is needed to summon someone and go through all this bureaucracy rather than finding most real effective ways of making London safer. A lot of efforts are made by the government to ensure that students and unemployed or low-income workers are paying the world’s most expensive transport prices. In the meantime, terrorists are parking Mercedes with bombs inside it to explode posh areas of the city. Freaks are trying to blow Piccadilly Center up and they get there driving their own cars that they probably bought with the money they earned from the state, from the NHS…
That is, there are, definitely, most important issues that Londoners authorities should deal with rather then a supposed offence that was not even committed.
THIS ARE EXTRACTS OF THE LETTER I SENT TO LONDON BUSES ON 3rd OF JULY
As you will be able to see from the enclosed emails when this incident happened I complained to the London Bus Services and Oyster Department due to the behaviour of the inspector who would not even hear me out when I continued to tell him that I had paid but the machine might not have read it, because I am positive I paid.
Four months later and considering everything resolved I receive a court summons from your department and I ask you, how is this possible? I am given a ticket for an offence I did not commit because the inspector was fed up to debate with me and then he confiscates my card.
How fair is it that you are summoning me to court for something that I thought I resolved and when a member of your staff was clearly in the wrong by taking my card and issuing me with an unjustified ticket. I mean to demand from people 95 pounds for this is excruciating! This incident was unfair and unnecessary.
AND THIS IS WHAT THEY REPLIED…
“I can confirm you case has been reviewed and London Buses will still be pursuing this matter though Stratford Magistrates Court on the 14th August 2007.”
Is not the bureaucracy the worst thing ever?
That is, there are, definitely, most important issues that Londoners authorities should deal with rather then a supposed offence that was not even committed.
THIS ARE EXTRACTS OF THE LETTER I SENT TO LONDON BUSES ON 3rd OF JULY
As you will be able to see from the enclosed emails when this incident happened I complained to the London Bus Services and Oyster Department due to the behaviour of the inspector who would not even hear me out when I continued to tell him that I had paid but the machine might not have read it, because I am positive I paid.
Four months later and considering everything resolved I receive a court summons from your department and I ask you, how is this possible? I am given a ticket for an offence I did not commit because the inspector was fed up to debate with me and then he confiscates my card.
How fair is it that you are summoning me to court for something that I thought I resolved and when a member of your staff was clearly in the wrong by taking my card and issuing me with an unjustified ticket. I mean to demand from people 95 pounds for this is excruciating! This incident was unfair and unnecessary.
AND THIS IS WHAT THEY REPLIED…
“I can confirm you case has been reviewed and London Buses will still be pursuing this matter though Stratford Magistrates Court on the 14th August 2007.”
Is not the bureaucracy the worst thing ever?
Terroristas pagam ônibus?
Do alto de uma crise de indignação e por haver incorporado a oportunidade de expressão desmedida, sou obrigado, ou tenho o direito, a discordar do irreprensível (mas “discordável”) Ivan Lessa. A novidade do verão não é Gordon Brown. O que há de novo no nome que tão previsivelmente assumiria o lugar de Blair? Apontar a ausência do verão na estação que leva esse nome ainda passa, mas para um país de clima tão notoriamente miserável mesmo moradores recentes aprendem a não se surpreender. Com o que não se acostuma são algumas das “britanicidades”para usar uma expresão do senhor Lessa. Nisso não me refiro ao testezinho de Brown de como ser Britânico, assando no forno A la America e que inclusive logo terá, porque merece, um post específico neste blog. O que me irrita - e é novidade para mim porque não me acostumo - é a disposição, pretensão e cara-de-pau “britanicística”.
Quanto será que se gasta com o arranjar de uma sessão na Corte Britânica? São 95 libras cada teti-a-teti com a pomposa Justiça inglesa para debater se fulano pagou ou não uma (1) libra nos lotados e mais caros ônibus da Europa? E quantas libras são necessárias para que a famosa Polícia e/ou Inteligência inglesa saiba de antemão quando vão colocar um, dois ou vários carros-bomba na frente de boates nas ruas mais movimentadas de Londres? Decerto, o poder, seja governo ou corporações, não tem nada mais importante a fazer do que perder tempo processando estudantes e trabalhadores nos ônibus only deck; do que gastar sabe-se lá quanto com máquina burocrática para manter fiscalização nesses ônibus; do que adicionar mais e mais despesas preparando medidas judicias contra os “infratores”que não tocam o Oyster Card nos leitores eletrônicos. Ora, mas que britanicidade admirável! Organização, tolerância zero e imposição de ordem e respeito. À forca, mas respeito. Politicamente correto, e atrapalhado!
Jogar bagana de cigarro no chão? multa: 100 libras. Não tocar o oyster? multa: 20 libras ou, se reclamar, processo na cabeça e juizes ingleses, ouvindo uma empresa pública inglesa contra um imigrante aprendendo inglês, é que decidirão...
Enquanto isso
...London’s burning! Metros explodem; brasileiro inocente é, por engano, assassinado pela própria Polícia; médicos do NHS (sistema público de saúde inglês) planjeam carros-bombas e os ônibus seguem lotados. Uma coisa não tem nada ver com a outra? Correto, mas creio que errado para as autoridades londrinas! A mim soa como se eles acreditassem que justamente por isso é que vale a pena processar alguém por uma libra. Pois se explodirem Piccadily Circus, não será com uma bomba transportada no ônibus 38, vinda da "desprezivel periferia" de Hackney, porque os bravos fiscais do Transport for London, antes de se alcançar o centro, interceptarão os infratores em punho com suas valentes máquinas leitoras de saldo. Ou será que terroristas pagam o ônibus? Nada, eles usam Mercedes.
Quanto será que se gasta com o arranjar de uma sessão na Corte Britânica? São 95 libras cada teti-a-teti com a pomposa Justiça inglesa para debater se fulano pagou ou não uma (1) libra nos lotados e mais caros ônibus da Europa? E quantas libras são necessárias para que a famosa Polícia e/ou Inteligência inglesa saiba de antemão quando vão colocar um, dois ou vários carros-bomba na frente de boates nas ruas mais movimentadas de Londres? Decerto, o poder, seja governo ou corporações, não tem nada mais importante a fazer do que perder tempo processando estudantes e trabalhadores nos ônibus only deck; do que gastar sabe-se lá quanto com máquina burocrática para manter fiscalização nesses ônibus; do que adicionar mais e mais despesas preparando medidas judicias contra os “infratores”que não tocam o Oyster Card nos leitores eletrônicos. Ora, mas que britanicidade admirável! Organização, tolerância zero e imposição de ordem e respeito. À forca, mas respeito. Politicamente correto, e atrapalhado!
Jogar bagana de cigarro no chão? multa: 100 libras. Não tocar o oyster? multa: 20 libras ou, se reclamar, processo na cabeça e juizes ingleses, ouvindo uma empresa pública inglesa contra um imigrante aprendendo inglês, é que decidirão...
Enquanto isso
...London’s burning! Metros explodem; brasileiro inocente é, por engano, assassinado pela própria Polícia; médicos do NHS (sistema público de saúde inglês) planjeam carros-bombas e os ônibus seguem lotados. Uma coisa não tem nada ver com a outra? Correto, mas creio que errado para as autoridades londrinas! A mim soa como se eles acreditassem que justamente por isso é que vale a pena processar alguém por uma libra. Pois se explodirem Piccadily Circus, não será com uma bomba transportada no ônibus 38, vinda da "desprezivel periferia" de Hackney, porque os bravos fiscais do Transport for London, antes de se alcançar o centro, interceptarão os infratores em punho com suas valentes máquinas leitoras de saldo. Ou será que terroristas pagam o ônibus? Nada, eles usam Mercedes.
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