Tuesday, 24 December 2013
Textos curtos para Ítaca XXXI
.....h0000--------h0000.........h00000
Eu queria que não estivessem tão frios os meus pés, tão seco e pesado o meu espírito, tão quente e abrasante as rotações por minuto das minhas ideias deslocadas, tão carregada a minha postura e os meus gestos, engasgadas de inseguranças, excedentes de certezas, desmerecidas de realidade; mas o que eu queria não importa, eu tracejo fora do contorno, marco fora da medida, perfuro pungente minha própria pele até fluir a essência com que encho minha taça. Lacinante, e incalável.
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Textos curtos para Ítaca
Thursday, 7 November 2013
Sunday, 27 October 2013
Textos Curtos para Ítaca XXX (!)
Um futuro-presente projeto literário. “Textos curtos para Ítaca” é a primeira materialização de uma das várias e extensas ideias em literatura, essencialmente em prosa, mas com flertes em verso, colecionadas ao longo da jornada até Ítaca. Em fato, os projetos para contos e novelas e outras literaturas de longo fôlego, ainda estão em fase sketch, talvez nem maquete, e irão tomando forma ao ritmo das circunstâncias que, sim, podem tardar como já tardam, mas ainda virão. Enquanto isso, num dia e momento aleatório, curiosamente com menos atraso, vão tendo agenda as mini-experiências em poesia e verso, do qual, lenta e despretensiosamente, faço um laboratório neste blog (único espaço onde o critério editorial é totalmente meu... ). Algum dia também ganharão forma impressa, sempre ao ritmo das possibilidades e, no dizer de Konstantinos Kavafis, do rogar por uma rota longa. Mas em textos curtos.
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Textos curtos para Ítaca
Monday, 16 September 2013
Oito anos de jornada à Ítaca
Hoje faz oito anos que iniciei a "jornada a Ítaca", chegando a Londres num curioso e aventureiro setembro de 2005, logo após os atentados do metrô. Nesse caminho desde então as paradas tem sido além de Londres, Barcelona, San Salvador e Recife. "A viagem não acaba nunca". Deixo o poema-lema inspirador de Kavafis.
ÍTACA (Konstantinos Kavafis)
Cuando salgas en el viaje, hacia Ítaca
desea que el camino sea largo,
pleno de aventuras, pleno de conocimientos.
A los Lestrigones y a los Cíclopes, al irritado Poseidón no temas,
tales cosas en tu ruta nunca hallarás,
si elevado se mantiene tu pensamiento,
si una selecta emoción tu espíritu y tu cuerpo embarga.
A los Lestrigones y a los Cíclopes ,y al feroz Poseidón no encontrarás,
si dentro de tu alma no los llevas, si tu alma no los yergue delante de ti.
Desea que el camino sea largo.
Que sean muchas las mañanas estivales en
que con cuánta dicha, con cuánta alegría entres a puertos nunca vistos:
detente en mercados fenicios, y adquiere las bellas mercancías,
ámbares y ébanos, marfiles y corales, y perfumes voluptuosos de toda clase,
cuanto más abundantes puedas perfumes voluptuosos;
anda a muchas ciudades Egipcias a aprender y aprender de los sabios.
Siempre en tu pensamiento ten a Ítaca.
Llegar hasta allí es tu destino. Pero no apures tu viaje en absoluto.
Mejor que muchos años dure: y viejo ya ancles en la isla,
rico con cuanto ganaste en el camino, sin esperar que riquezas te dé Ítaca.
Ítaca te dio el bello viaje.
Sin ella no hubieras salido al camino.
Otras cosas no tiene ya que darte.
Y si pobre la encuentras, Ítaca no te ha engañado.
Sabio así como llegaste a ser, con experiencia tanta,
ya habrás comprendido las Ítacas qué es lo que significan.
ÍTACA (Konstantinos Kavafis)
Cuando salgas en el viaje, hacia Ítaca
desea que el camino sea largo,
pleno de aventuras, pleno de conocimientos.
A los Lestrigones y a los Cíclopes, al irritado Poseidón no temas,
tales cosas en tu ruta nunca hallarás,
si elevado se mantiene tu pensamiento,
si una selecta emoción tu espíritu y tu cuerpo embarga.
A los Lestrigones y a los Cíclopes ,y al feroz Poseidón no encontrarás,
si dentro de tu alma no los llevas, si tu alma no los yergue delante de ti.
Desea que el camino sea largo.
Que sean muchas las mañanas estivales en
que con cuánta dicha, con cuánta alegría entres a puertos nunca vistos:
detente en mercados fenicios, y adquiere las bellas mercancías,
ámbares y ébanos, marfiles y corales, y perfumes voluptuosos de toda clase,
cuanto más abundantes puedas perfumes voluptuosos;
anda a muchas ciudades Egipcias a aprender y aprender de los sabios.
Siempre en tu pensamiento ten a Ítaca.
Llegar hasta allí es tu destino. Pero no apures tu viaje en absoluto.
Mejor que muchos años dure: y viejo ya ancles en la isla,
rico con cuanto ganaste en el camino, sin esperar que riquezas te dé Ítaca.
Ítaca te dio el bello viaje.
Sin ella no hubieras salido al camino.
Otras cosas no tiene ya que darte.
Y si pobre la encuentras, Ítaca no te ha engañado.
Sabio así como llegaste a ser, con experiencia tanta,
ya habrás comprendido las Ítacas qué es lo que significan.
Friday, 23 August 2013
10 anos de autonomia Zapatista
* Texto meu originalmente publicado no website do qual sou colaborador, NOTA DE RODAPÉ
*Foto: José Andrés Solorzano
Poucos questionaram o direito deles à indignação.
A pobreza na região chegava a quase 60% da população, nas comunidades rurais
cerca de 20% das crianças morriam antes de completarem cinco anos de idade e a
maioria das famílias não tinha acesso a saúde básica e educação enquanto uma
pequena elite controlava as terras agricultáveis em condições semi-feudais.
Nesse contexto, no primeiro dia de 1994 cerca de
três mil indígenas, precariamente armados, deram inicio a uma rebelião e
tomaram seis cidades em Chiapas, o estado mais ao sul do México. Nos dias
seguintes, quase 100 mil pessoas marcharam na capital, Ciudad de Mexico,
gritando “¡Somos todos zapatistas”!
Eles fizeram a data da rebelião coincidir com a
implementação do NAFTA, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, entre
Canadá, Estados Unidos e México, chamado pelos Zapatistas de “uma sentença de
morte”. A estridente oposição ao NAFTA deu aos rebeldes o apoio de organizações
da sociedade civil, sindicatos e movimentos sociais de diversas partes do
mundo.
São quase 20 anos desde que as marchas
por terra e liberdade dos Zapatistas tomaram as montanhas de Chiapas, numa luta
de um povo indígena longamente negligenciado na região. São dez anos, desde
2003, de construção de autonomia Zapatista, “sem pedir a permissão de ninguém”,
quando os rebeldes cansaram do diálogo surdo com as autoridades mexicanas e
abandonaram a política de demandas, e com isso todo o contato com o Estado. No
lugar disso, eles preferiram concentrar-se na construção de formas horizontais
de auto-governo dentro dos seus próprios territórios e com seus próprios meios, los Caracoles.
Esses dez anos de atividades emancipatórias do projeto Zapatista, que não ignoram o peso das críticas que tem recebido com essa experiência, foram celebrados neste mês de agosto na Escuelita para la Libertad según los Zapatista, em Chiapas.
Esses dez anos de atividades emancipatórias do projeto Zapatista, que não ignoram o peso das críticas que tem recebido com essa experiência, foram celebrados neste mês de agosto na Escuelita para la Libertad según los Zapatista, em Chiapas.
ESCOLA PARA A LIBERDADE
No dia 9 de agosto de 2003, os Zapatistas anunciaram o nascimento dos
seus Caracóis, em número de cinco, cada um com sua própria Junta de Buen
Gobierno (JBG) e tendo, assim, responsabilidade pela sua própria Zona Municipal
Rebelde de Autonomia Zapatista, que ao total englobam quase 100 mil pessoas.
Cada Caracol possui seu próprio posto de saúde autônomo, escola primaria e
secundária e envolve-se em pelo menos um dos cinco grandes projetos Zapatistas:
saúde, educação, agroecologia, política, e tecnologia da informação.
No ano que a rebelião iniciou, em 1994, o jornal New York Timesdenominou-a como a “primeira revolução pós-moderna latino-americana”. Muito dessa ideia era marcada pela sua maneira de falar, particularmente nas palavras do rosto-público-fumando-cachimbo da organização, Subcomandante Marcos, que expressava uma postura nova e entusiasta para um grupo insurgente. Diferentemente dos marxistas revolucionários que os precederam, os Zapatistas não falavam com imposições e determinismos, suas mensagens eram mais poesia do que bravatas. Eles apresentavam uma imensa imaginação política e usam desde o inicio da rebelião a internet e as novas tecnologias da comunicação com satisfatório êxito.
Mas desde La Sexta Declaración de la Selva Lacandona, em junho de 2005 (La Sexta), e do começo da La otra campaña, em janeiro de 2006, os Zapatistas estiveram afastados da mídia, numa, denominada pela imprensa, “tática do silêncio” e interpretada por muitos como um enfraquecimento dos rebeldes. Ainda há muita pobreza nas comunidades zapatistas. No entanto, há também conquistas materiais, tangíveis, e não apenas avanços em dignidade e conceitos abstratos.
Os cerca de 1500 ativistas convidados para visitar Chiapas observaram o que foi dedicado neste tempo de distancia dos holofotes. Estudaram e receberam aulas dos próprios indígenas Zapatistas, de três equipes de professores e professoras que contaram com material didático, quatro livros e dois dvd´s, sobre Governo autônomo, participação de mulheres e liberdade, sobre sua experiência com autonomia. Os estudantes foram hospedados pelas próprias famílias nas suas terras e casas para aprenderem como é ser membro de uma base de apoio Zapatista.
No ano que a rebelião iniciou, em 1994, o jornal New York Timesdenominou-a como a “primeira revolução pós-moderna latino-americana”. Muito dessa ideia era marcada pela sua maneira de falar, particularmente nas palavras do rosto-público-fumando-cachimbo da organização, Subcomandante Marcos, que expressava uma postura nova e entusiasta para um grupo insurgente. Diferentemente dos marxistas revolucionários que os precederam, os Zapatistas não falavam com imposições e determinismos, suas mensagens eram mais poesia do que bravatas. Eles apresentavam uma imensa imaginação política e usam desde o inicio da rebelião a internet e as novas tecnologias da comunicação com satisfatório êxito.
Mas desde La Sexta Declaración de la Selva Lacandona, em junho de 2005 (La Sexta), e do começo da La otra campaña, em janeiro de 2006, os Zapatistas estiveram afastados da mídia, numa, denominada pela imprensa, “tática do silêncio” e interpretada por muitos como um enfraquecimento dos rebeldes. Ainda há muita pobreza nas comunidades zapatistas. No entanto, há também conquistas materiais, tangíveis, e não apenas avanços em dignidade e conceitos abstratos.
Os cerca de 1500 ativistas convidados para visitar Chiapas observaram o que foi dedicado neste tempo de distancia dos holofotes. Estudaram e receberam aulas dos próprios indígenas Zapatistas, de três equipes de professores e professoras que contaram com material didático, quatro livros e dois dvd´s, sobre Governo autônomo, participação de mulheres e liberdade, sobre sua experiência com autonomia. Os estudantes foram hospedados pelas próprias famílias nas suas terras e casas para aprenderem como é ser membro de uma base de apoio Zapatista.
Por quê tudo isso?
“¿Será porque acaso intuyen, saben, conocen, que la luz no viene de arriba, sino que nace y se crece desde abajo? ¿Que no es producto de un líder, jefe, caudillo, sabio, sino del común de la gente? ¿Será que en sus cuentas lo grande empieza pequeño y lo que sacude al mundo cada tanto, inicia con apenas un murmullo, quedo, bajo, casi imperceptible? O tal vez imaginan cómo es el estruendo de un mundo cuando se desmorona. Tal vez saben que los mundos nuevos se nacen con los más pequeños.”
Algumas críticas ao Zapatismo consideram os rebeldes uma força desgastada, com grande retórica, mas pequena capacidade, incapaz de projetar-se para alem de suas bases rurais: “O exemplo Zapatista não pode ser seguido em todos os lugares, nós não vivemos nas selvas de Chiapas para criar exércitos rebeldes e comunidades autônomas”. A resposta, porém, é simples: os Zapatistas nunca se projetaram como o modelo a ser copiado. Eles construíram um mundo no qual eles realizaram sua própria visão de liberdade e autonomia, e continuam lutando por um mundo onde outros mundos sejam possíveis, e na celebração de suas experiências convidam o mundo para vê-las.
*Aleksander Aguilar é jornalista, doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais, candidato a escritor, e viajante à Ítaca, especial para o Nota de Rodapé
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Saturday, 6 July 2013
Textos Curtos para Ítaca XXIX
Um futuro-presente projeto literário. “Textos curtos para
Ítaca” é a primeira materialização de uma das várias e extensas ideias em
literatura, essencialmente em prosa, mas com flertes em verso, colecionadas ao
longo da jornada até Ítaca. Em fato, os projetos para contos e novelas e outras
literaturas de longo fôlego, ainda estão em fase sketch, talvez nem maquete, e
irão tomando forma ao ritmo das circunstâncias que, sim, podem tardar como já
tardam, mas ainda virão. Enquanto isso, num dia e momento aleatório,
curiosamente com menos atraso, vão tendo agenda as mini-experiências em poesia
e verso, do qual, lenta e despretensiosamente, faço um laboratório neste blog
(único espaço onde o critério editorial é totalmente meu... ). Algum dia também
ganharão forma impressa, sempre ao ritmo das possibilidades e, no dizer de
Konstantinos Kavafis, do rogar por uma rota longa. Mas em textos curtos.
Já chegou o momento
criamos emoções
conseguimos.
Despedir-nos fará com que tudo seja mais intenso
sonhar fará com que vida não rime com tranquila.
sempre perguntando-nos a hora, e olhando, na parede escrita
“la belleza es tu cabeza”
Somos música, somos filme.
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Textos curtos para Ítaca
Thursday, 27 June 2013
Mientras tanto, en Chiapas, ¡los NO invitados de las escuelitas zapatistas!
"A l@s adherentes a la Sexta en México y el Mundo:
A l@s estudiantes de la Escuelita Zapatista:
No serán sus compañer@s de clase en la escuelita, porque no los invitamos, los siguientes:
Los legisladores que formaron la Comisión de Concordia y
Pacificación (COCOPA) en el período 1996-1997.
Aunque les hubiera servido darse cuenta de que no se equivocaron con su
iniciativa para el reconocimiento constitucional de los derechos y la cultura
indígenas, misma que fue traicionada por todos los partidos políticos, el poder
legislativo, el ejecutivo y el judicial.
Los legisladores de la COCOPA actual. Aunque les hubiera ayudado a conocer por
dónde está la puerta para la reactivación del diálogo con el EZLN.
Los presidentes de los partidos políticos con registro (PRI,
PAN, PRD, PVEM, PT, MC y NA). Porque no
tenemos antiácidos suficientes para aliviar el coraje que les daría al ponerse
en evidencia lo que se puede hacer, no sólo sin los partidos políticos, sino a
pesar de ellos.
Los presidentes de las mesas directivas de las cámaras
legislativas y los coordinadores de las fracciones parlamentarias. Aunque les hubiera servido constatar lo que
la contrarreforma de ley indígena que mantienen no pudo impedir.
La Secretaría de la Defensa Nacional, La Secretaría de
Marina, el CISEN, la PGR, la Comisión Nacional de Seguridad, la Secretaría de
Desarrollo Social, la Suprema Corte de Justicia de la Nación. Aunque hubieran podido confirmar sus informes
de inteligencia que les dicen que se está mejorando significativamente el nivel
de vida de las comunidades indígenas zapatistas a pesar de sus labores
contrainsurgentes, su apoyo a grupos paramilitares y el tratamiento policíaco
que dan a una lucha justa y legítima. Y,
además, hubieran podido constatar, de primera mano, la persistencia de lo que
con tanto empeño han tratado de destruir: la autonomía indígena.
El Departamento de Estado Norteamericano, la CIA, el
FBI. Aunque les hubiera ayudado a
entender sus reiterados fracasos… y los que les faltan.
Las distintas agencias de espionaje que languidecen de
aburrimiento en San Cristóbal de Las Casas, Chiapas, y cuya única ocupación es
alentar los chismes que pululan entre las ONG´s coletas.
El Mandón, el que realmente los dirige a todos ellos, ante
quien se inclinan y a quien adulan.
Aunque sólo se hubiera estremecido al ver que esa pesadilla recurrente
que padece, tiene visos de realidad.
No han estado, ni están, ni estarán como nuestros huéspedes.
En cambio, han estado, están y estarán como nuestros
perseguidores, como quienes buscan la forma de destruirnos, de doblegarnos, de
comprarnos, de rendirnos.
Estarán espiándonos, vigilándonos, maldiciéndonos siempre,
como hoy, como ayer, como hace 10, 20, 30, 500 años.
No los invitamos no sólo porque nuestro plan de estudios no
incluye grupos de nulo aprendizaje, o para no alentar el “bullying” del que
serían objeto por parte de los demás estudiantes (lo sé, eso sí es una
lástima), o porque tenemos mejores formas de perder el tiempo.
No los invitamos porque, así como nosotros, nosotras, no
vamos a dejar de resistir y de luchar, ellos no van a dejar de despreciarnos,
de tratar de explotarnos, de reprimirnos, de intentar despojarnos de lo que es
nuestro, de desaparecernos.
Así como nosotras, nosotros, nunca vamos a aprender la
lengua del dinero, ellos nunca van a aprender a respetar al diferente.
Y, sobre todo no los invitamos, porque ellos y quien en
realidad los manda, nunca van a entender por qué, en lugar de morir, vivimos.
-*-
Así que, ni modos,
no contarán, entre sus condiscípulos, a tan “ilustres” personas. Por lo tanto, no saldrán en los noticieros de
la prensa escrita, radio y televisión, ni habrá mesas de debate, ni sesudos
análisis. O sea que, como quien dice, el
aire estará limpio. Y la tierra, la que
nos vio nacer y nos alimentó hasta crecer, agradecerá el digno paso que la
anda: el de ustedes.
Vale. Salud y
libertad, que el paso de l@s de abajo es bienvenido, como es bienvenido su
corazón.
Desde las montañas del Sureste Mexicano.
México, Junio del 2013."
Saturday, 22 June 2013
Um retorno a Lênin? Organizaçao e espontaneismo em tempos de “tecnopolítica”
- foto: fanpage "Manifesto Recife" - 20/06/2013
- Por Aleksander Aguilar
Repetição,
de acordo com Hegel, joga um papel crucial na história: quando alguma coisa
acontece apenas uma vez, isso pode ser desdenhado como um acidente – algo que
poderia ter sido evitado se tivéssemos tratado diferentemente a situação; mas
quando o mesmo evento se repete, isso é um sinal de que um processo histórico
mais profundo se desdobra.
(Slavoj Zizek[1])
Desde
2011, com a surpresa da Primavera Árabe e subsequentes séries de revoltas e
manifestações que atravessam vários e distintos países, o tema da organização
popular, ou de massa, ou militante, tem estado na ordem do dia em inúmeros
debates e produção intelectual. Há na era da Web 2.0 um momento de reconfigurações
sociopolíticas, intimamente ligada à essa influência da incontrolável velocidade
das novas tecnologias, que geram ondas de impacto em reverberação. Ocorrem no
contexto europeu, em contra de medidas de austeridade fiscal; ou levantes, no
contexto do Oriente Médio, em oposição aos velhos regimes de governos
autoritários, e agora no Brasil, com uma indignação latente nas ruas por
demandas de justiça social que ainda se buscam compreender e ter formato. Há lutas que elencam muitas dúvidas e inúmeras
posições de um suposto dualismo entre novas e antigas formas de organização.
Entre
essas perguntas estão: Como remediar, ou prevenir, que níveis de massa de
mobilização se dissipem ou sejam subaproveitadas? Como canalizar a força difusa do desejo por
mudanças sociopolíticas em uma luta efetivamente capaz de proporcionar
transformações sociais emancipatórias? Os temas da organização e do espontaneismo são
centrais no corrente cenário e a reflexão conceitual na busca de respostas
envolve nomes contemporâneos do pensamento social e político com renomado
trabalho nesses assuntos e merecem ser citados.
O
mais popular entre esses por enquanto, Slavoj Zizek, em diferentes ocasiões
enfatiza que para a reorganização da vida social é preciso um corpo político
firme o suficiente para realizar decisões rápidas que sejam implementadas também
com a firmeza necessária.[2]
No atual ambiente de despolitização das administrações pós-ideológicas – que,
para Zizek, conforma uma dinâmica perigosa; humaniza e naturaliza o capitalismo
e dá espaço para a organização de uma superdireita – o filósofo afirma que a
democracia liberal não é suficiente e restabelece o horizonte do comunismo
interpretado: “Quando debatemos com os liberais, não deveríamos dizer: 'ah,
vocês são os inimigos burgueses, não discutimos como vocês!' Deveríamos, sim,
alertá-los. 'Sim, nós também gostamos das suas liberdades, mas apenas uma
esquerda bem estabelecida em longo prazo irá ajudar a salvar os aspectos dessas
liberdades que valem a pena. Se não for assim se perderá cada vez mais espaço
para a extrema direita'”.[3]
Outro
filósofo caro a esse debate, Alain Badiou, na sua posição de reinventar a
“ideia comunista” recebe críticas por parecer querer restringir à filosofia a
tarefa de prover respostas que na verdade só podem ser construídas na prática.
Um novo militante, uma nova organização e uma nova disciplina não são propostas
necessariamente ligadas a uma nova hipótese comunista, nem a que o problema
seja o de substituir os partidos, e corre o risco de pautar redefinições mais
abstratas do que soluções.[4]
Teríamos
assim uma divergência entre Zizek e Badiou, este cuja preferência seria a de
uma política sem partido, organizada através da disciplina intelectual do
processo político, e não de acordo a forma correlata à exercida no Estado. Mas há
ao mesmo tempo um diálogo sobre os conceitos que permeiam o debate – como
disciplina e capacidade de decidir e de agir de forma unificada, bem como
estrutura e centralização – em relação direta com a forma do ativismo que se vê
hoje.
Quando
consideramos, então, o momento de manifestações de massa que se desenvolvem e
se espalham desde 2011, as incertezas e inseguranças manifestam-se ao lado, porque
sua natureza indeterminada, de significar qualquer coisa para quaisquer
pessoas, pode atrair enormes contingentes de pessoas às ruas ao mesmo tempo que
torna ações concertadas cada vez mais difíceis: qualquer intervenção decisória
pode provocar dispersões e divisões e, logo, é no fazer as coisas acontecerem que
se determinará quem está dentro e quem está fora.
Há,
sobretudo, mesmo que se busque ser neutro sobre os significados desse novo
militante, dessa nova organização e, portanto, dessa nova política, uma
avaliação negativa do que existe hoje. O declínio da organização leninista não
representou o seu desaparecimento; as ideias dos partidos não necessariamente
representam sentido completo, mas a prática partidária sim, tal qual os
Bolcheviques foram copiados, em termos pragmáticos, porque o formato funcionou.
Dito isso, há certamente um espaço hoje para uma reavaliação teórica da noção
de vanguarda da esquerda que deve se guiar pelo empenho em encontrar e
sistematizar (o que seria bastante útil) noções não-vanguardistas de política
ainda assim entendidas como radicais ou revolucionárias. Com isso seriamos
capazes de pensar o problema do militante e da organização através do presente,
da tecnopolítica (o uso tácito e estratégico das redes digitais para a
organização, comunicação e ação política coletiva, que implica também em utilizar
a rede para tomar o espaço urbano[5])
e combinar propositivamente a questão do “o que é” com o da “o que é preciso”.
Há espaço para que nos movamos mais adiante da polarização conceitual entre partidos vanguardistas, vistos como muito rígidos, e redes de articulação virtual, vistas como muito frouxas? É possível que os movimentos contemporâneos transcendam o espontaneismo pejorativo e sejam articulados como novas formas de criação e de organização?
A evolução desse debate, hoje mais do que nunca enraizado no prático, deve estar pautado num horizonte de emancipação social. O esvaziamento político daquilo que começou como atos propositivos, e agora tem como tom predominante o de paradas cívicas moralistas e conservadoras, precisa ser preenchido, com a construção de uma identidade coletiva que marque distância da direita e tenha uma projeção mais estratégica. Propostas emancipatórias radicais precisam ser desenhadas, debatidas e massificadas de modo a se ter um objetivo sociopolítico estruturalmente transformador. Eis a reflexão chave, segundo Zizek: o espaço da sociedade como conhecemos está para terminar e é tempo para interpretações mais radicais.
Há espaço para que nos movamos mais adiante da polarização conceitual entre partidos vanguardistas, vistos como muito rígidos, e redes de articulação virtual, vistas como muito frouxas? É possível que os movimentos contemporâneos transcendam o espontaneismo pejorativo e sejam articulados como novas formas de criação e de organização?
A evolução desse debate, hoje mais do que nunca enraizado no prático, deve estar pautado num horizonte de emancipação social. O esvaziamento político daquilo que começou como atos propositivos, e agora tem como tom predominante o de paradas cívicas moralistas e conservadoras, precisa ser preenchido, com a construção de uma identidade coletiva que marque distância da direita e tenha uma projeção mais estratégica. Propostas emancipatórias radicais precisam ser desenhadas, debatidas e massificadas de modo a se ter um objetivo sociopolítico estruturalmente transformador. Eis a reflexão chave, segundo Zizek: o espaço da sociedade como conhecemos está para terminar e é tempo para interpretações mais radicais.
*Aleksander Aguilar é jornalista e
doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais
[1]
ŽIŽEK, Slavoj. “Shoplifters of the World Unite”. In: London Review of Books,
19/08/2011. http://www.lrb.co.uk/2011/08/19/slavoj-zizek/shoplifters-of-the-world-unite
[2]
IDEM
[3]
AGUILAR, Aleksander. “O fim dos tempos, segundo Zizek” In: Jornal Brasil de
Fato, 15/09/2010. http://www.brasildefato.com.br/node/258
[4]
Rodrigo Nunes, "Rethinking the Militant", in Shannon Brincat (Ed.).
Volume III: The Future of Communism, Third volume of Communism in the 21st
Century, 3 Volumes, Santa Barbara, CA: Praeger, (in-press, 2013).
[5]
Ander Iñaki Oliden entrevista a JAVIER TORET. "La acción política va a
estar cada vez más mediada por la tecnología" In: eldiario.es 21/06/2013. http://www.eldiario.es/turing/accion-politica-vez-mediada-tecnologia_0_145586203.html
Tuesday, 4 June 2013
Doutorandos do DCP/PPGCP publicam na Revista Jurídica da Presidência da República
*NOTICIA NO SITE DO PROGRAMA EM PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA DA UFPE (em 03/06/13): aqui
"Os doutorandos no Programa em Pós Graduação
em Ciência Política da UFPE, Aleksander
Aguilar e Juliana Vitorino, publicam artigo na Revista Jurídica da Presidência
da República, no atual número 105, que tem edição temática sobre a Comissão
Nacional da Verdade (CNV).
No momento em que a CNV completa um
ano de trabalhos realizados, a Revista Jurídica da Presidência contribui para
os debates sobre a justiça de transição brasileira. No trabalho com o titulo “Retos
y límites de las Comisiones de la Verdad de Brasil y El Salvador”
Aleksander e Juliana fizeram interessante cotejo entre as comissões da verdade
do Brasil e de El Salvador. Ambos alunos são pesquisadores do Núcleo de Estudos
Desenvolvimento e Região (D&R), coordenado pelo professor Marcos Costa
Lima, e organizam o Grupo de Estudos Centro-americanos junto a esse Núcleo.
A Revista Jurídica da Presidência é
um periódico do Centro de Estudos Jurídicos da Presidência, com publicação
quadrimestral, voltado à publicação de artigos científicos inéditos, resultantes
de pesquisas e estudos sobre a atuação do Poder Público que forneçam subsídios
para reflexões sobre a legislação nacional e as políticas públicas
desenvolvidas na esfera federal."
acesso a integra da revista aqui
e
acesso ao artigo em particular aqui
Wednesday, 22 May 2013
Reais-ficções de carnaval
Estreia no blog NOTA DE RODAPÉ!
"Fernando perdeu, e a faca, os seus longos dreads. Cortaram só de maldade – como parte da punição que a autoridade sentenciou e executou sem julgamento (...)".
acesse lá em:
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O que vale a pena na midia
Thursday, 16 May 2013
Whoever has travelled is jealous of Ithaka
"all those on land are eaten up by the vrilletes
but whoever has travelled is jealous of ithaka
to you i will always return
and if it is not enough
become a boat
so that i can become a port
let us see who will last
and who will play his role best
since you never understood
that you have always been my shield, my bow and my arrow"
Thursday, 9 May 2013
Minha entrevista com Slavoj Zizek na Retrato do Brasil
Nesta ediçao de maio da Retrato do Brasil, a entrevista que Slavoj Zizek (chamada na capa) me concedeu em Recife. Nas melhores bancas! Quando possível disponibilizarei o texto.
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O que vale a pena na midia
Friday, 19 April 2013
Fazendo a cachola trabalhar, de derivações pra outros fins, extrai:
ENTRE PERNAMBUCO E RIO GRANDE DO SUL –
CONSIDERAÇÕES SOBRE O “MULTICULTURAL” QUE NÃO SE CONHECE
Uma
das características mais celebradas do Brasil que se orgulha de ter em si mesmo
tantos Brasis, no limiar de ser estereotipada, é “a imensa diversidade
multicultural da nação”. É já quase uma marca em sim mesma, um rótulo, a
linha-mestra de um discurso cada vez mais introjetado e repetido para definir o
país de uma forma que soe ampla e conectada, da qual muitos governos se servem
fartamente, ainda que nem sempre esteja acompanhado da reflexão, e da ação, que
o legitime.
Apontar
o Brasil assim, celebrando seus universos multiculturais, busca abranger um
todo que, paradoxalmente, ainda define pouco. Em entrevista recente a um
website brasileiro de notícias, o professor pernambucano de sociologia Fábio
Medeiros, falando sobre a pluralidade cultural de Recife, afirma que um dos
méritos do multiculturalismo é provocar a interação e gerar a tolerância e o respeito
na sociedade.
Como
discurso, a importância da expansão do reconhecimento do viés multidentitário
brasileiro é fundamental para a consolidação de um projeto de país que se veja,
se questione, se respeite. As políticas federais brasileiras nos últimos anos,
de fato, tem buscado promover a percepção da multiculturalidade através da afirmação
do “local” em relação e com conexão ao “global”. O estabelecimento de ações como os Pontos de
Cultura, valorizando experiências dos mais inusitados recônditos do país e que neste
momento está em plena execução, permitiu a potencialização de iniciativas
culturais existentes através de redes orgânicas de gestão.
Mas se hoje somos capazes de começar a
perceber os brasis dentro desse universo, não entendemos, por outro lado, sua
emergência e sua condição. Prevalece entre os extremos de um país de dimensão
continental a observação de sua simples existência e não-raro a isso limita-se
e, portanto, se faz tão exótica do norte
para o sul quanto vice-versa.
As
pontes entre esses brasis ainda são escassas. O uso da expressão “diversidade
multicultural brasileira” parece apresentar-se como um conceito suficiente para
muitos e, assim, ignora-se que essa condição deveria servir como provocação
para que essa pluralidade de brasis se conheça. Algo que pode se dar a partir
de conexões de redes de ativistas e grupos culturais, sim, mas também de política
pública formulada e com recurso e estrutura alocada para que o paradigma também
seja o das trocas local-local. Hoje, ao mesmo tempo que começamos a nos ver
multicultural, não enxergamos os significados e as possibilidades disso.
Quem
percebe a importância de, concomitantemente ao discurso, avançar também em iniciativas
que efetivamente façam tais conexões? Por que falar em cultura negra do Rio
Grande do Sul é vista com olhos de surpresa pela a maioria do cidadão médio
pernambucano? O que é o sopapo em Pernambuco? O que é a alfaia no Rio Grande do
Sul? As culturas locais são entendidas como nacionais? As singularidades de um
país de diversidade cultural devem ser tão particulares ao ponto de gerar em um
gaúcho tanto estranhamento ao ritmo e a dança do coco quanto um pernambucano à
música nativista? O que é meu como Brasil-local não pode também ser
compartilhado e entendido pelo Brasil-nacional?
Há muito esforço para o reconhecimento e valorização
do local e pouca reflexão e ação sobre o que fazer com isso. Entender a si
mesmo é entender sua posição em relação ao outro. Hoje, o outro, no mesmo solo
nacional, é distante.
No
Rio Grande do Sul faz frio, em Pernambuco faz calor. O Brasil que se projeta
globalmente limita, entre seus próprios nacionais, sua noção de si mesmo tanto
quanto o faria um estrangeiro; que tem o álibi de ser, justamente, um
estrangeiro. Entender-se brasileiro não é só entender o Brasil-local, senão
imprescindivelmente este local e sua interação, coincidências e diferenças com
o Brasil-nacional. Analogamente, trata-se de uma espécie de reprodução em
escala nacional interna da posição do país ao continente, pois somos da América
Latina, mas grosso modo na consciência identitária brasileira latinos são os
outros. Para que os locais assumam sua condição de global não basta apenas
valorizar-me pernambucano ou gaúcho e ESTAR, desse modo, brasileiro. É
necessário o SER brasileiro, apoiado no espaço local, mas projetado num fim de
compreensão integral que só pode se realizar através da experiência concreta,
estendendo-se pontes, promovendo trocas e entendimentos das relações de poder e
socioculturais.
Se o
trinômio sol-samba-futebol ainda é o que povoa o imaginário da percepção
cultural-identitária estrangeira sobre o Brasil, qual seria a equação pela qual
o próprio país se entende? Ou essa conforma um clichê do qual muitas vezes o
próprio país não quer se afastar? Como se procuram, se trocam e se relacionam,
por exemplo, o rural, o sertanejo, o bucólico, os pampas e o litoral? Assim como
o Brasil de fronteira se caracteriza em sua realidade, (por exemplo, o Brasil
sulista com os povos castelhanos do Rio Del Plata) quais são as intersecções e
intercâmbios que o Brasil faz ou quer fazer consigo mesmo?
Pensar
o mundo não é uma abstração, e deve iniciar-se pela compreensão da pertença a
uma unidade nacional, isto é, um todo que se estabelece pela interação das
partes; abrir-se para o mundo e dialogar com o global começa trazer o Brasil
para cada parte que o compõem e tornar-se cada vez mais parte dele.
Há a
necessidade urgente de explicitar o espírito do Brasil através do engajamento
em um processo de conhecimento mutuo dos diferentes espíritos dos vários
“brasis” – que coexistem no mesmo corpo territorial – e que a partir de
permanentes sessões de sincretismo cultural fazem dessas partes um todo
consolidado.
Tuesday, 19 March 2013
Una reproducción *
"Tu “falas” lo mismo amigo.
Es bueno abrir su corazón, es bueno pensar y preguntar pero
si nunca sabes contestarte quizás es mejor hacerte otras preguntas.
Un eterno océano de sueños y las coincidencias paralelas: al
momento que concluyes con Lubitsch termino de mirar la 38ta Ceremonia de los
Cesar.
¿Y sabes que me digo viendo esta gente tan bien vestida que
sube y baja para recoger sus premios?
Que un día estaré ahí. Si en dirección! Y tu Clarisse de
guionista y tu Zoé en fotografía.
Te sorprenderé quizás, pero ahora como Tiempo y Calma han
entrado en mi vida, no me presiono corazón y me pongo una fecha bien lejana: la
52da ceremonia!
En 14 años talvez…
Luego te leo y me pregunto ¿por qué necesito desafiarme así?
Así como te preguntas porque necesitas moverte siempre.
Tomo en serio tu reflexión sé que el no entender te vuelve
aún más loco pero no puedo impedirme sonreir al leer que tienes saudade del
frío cuando yo cada mañana sufro de los – x grados que acompañan mis pasos.
Una vez si, una vez no, así que…¿nos sentamos para tomar un
açaí?
Despedirse hará que todo sea más intenso,
Soñar y/o fugar hará que vida no rima con tranquila.
Un tiempo… luego llegarán Nostalgia y quizás su prima la
jodida Insatisfacción, ambas empujando y empujando en un callejón sin salida
Y ahí escrito en la pared a bajo de La belleza es tu cabeza
Podremos quizás añadir con nuestra bira, nuestra sangre o nuestra
mierda “¿y que mal tenía la normalidad?”"
* que será contestada :)
Tuesday, 12 March 2013
Comunicado de las pandillas salvadoreñas
EN EL DÍA DE MI CUMPLEAÑOS, PASADO NUEVE DE MARZO, INTERESANTE EVENTO EN EL PULGARCITO:
[Al igual que sucedió con los tres anteriores, este comunicado fue rubricado no solo por las pandillas Mara Salvatrucha 13 y Barrio 18, sino también por otras tres de menor incidencia que operan en El Salvador: Mao-Mao, Mara Máquina y La Mirada Lokotes 13. En esta ocasión se sumaron “los privados y privadas de libertad de origen común”. El texto fue leído en una conferencia de prensa que tuvo lugar en el Centro Penitenciario La Esperanza (más conocido como Mariona) el sábado 9 de marzo de 2013, cuando se cumplía el primer aniversario desde que el Gobierno de El Salvador sacó de Zacatraz a las estructuras de las dos principales pandillas, y con ello se activó la tregua.]
[Al igual que sucedió con los tres anteriores, este comunicado fue rubricado no solo por las pandillas Mara Salvatrucha 13 y Barrio 18, sino también por otras tres de menor incidencia que operan en El Salvador: Mao-Mao, Mara Máquina y La Mirada Lokotes 13. En esta ocasión se sumaron “los privados y privadas de libertad de origen común”. El texto fue leído en una conferencia de prensa que tuvo lugar en el Centro Penitenciario La Esperanza (más conocido como Mariona) el sábado 9 de marzo de 2013, cuando se cumplía el primer aniversario desde que el Gobierno de El Salvador sacó de Zacatraz a las estructuras de las dos principales pandillas, y con ello se activó la tregua.]
***
Los voceros nacionales de las pandillas MS-X3, Barrio 18, Mao-Mao, Máquina, Mirada Locos y los privados y privadas de libertad de origen común al pueblo salvadoreño y demás pueblos del mundo comunicamos: - Que este día 9 de marzo de 2013 se cumple un año de haber iniciado el proceso de tregua y de paz que tuvo su origen en un acuerdo suscrito entre la MS-13 y el Barrio 18, facilitado por Monseñor Fabio Colindres y el escritor Raúl Mijango; acuerdo al que con posterioridad se fueron sumando los privados y privadas de libertad de origen común y las pandillas Mirada Locos, Mao-Mao y Máquina.
- Que el proceso que hoy celebra su primer aniversario, en la medida que se ha ido desarrollando, se ha convertido en la acción más eficaz para la prevención de violencia, situación que ha permitido la transformación de la imagen de El Salvador, pues ya no somos el segundo país más violento de la Tierra, como fuimos calificados a principios del año 2012; en tan solo un año, se ha logrado la disminución en la tasa de homicidios de 68 fallecidos por causas de violencia por cada 100 mil habitantes a una tasa de 25, lo cual representa una disminución que supera el 50%, y nos coloca en el promedio de otros países latinoamericanos.
- Entre los hechos más visibles que este proceso destaca podemos citar:
- Disminución de más del 50% en la tasa de homicidios, que ha permitido ahorrarle a la sociedad salvadoreña la pérdida de 3,028 vidas, las cuales, si no se hubiese abierto este proceso, se habrían perdido.
- Estabilidad en los Centros Penitenciarios, pese al hacinamiento y las condiciones inhumanas en la que los privados de libertad purgan sus penas.
- El que hayamos entrado a una segunda fase, en la cual ya se han suscrito Pactos Locales por La Vida y La Paz en 6 municipios, siendo estos: Ilopango, Santa Tecla, Quezaltepeque, Sonsonate, Puerto de La Libertad y hoy Apopa; en los cuales nos hemos comprometido a trabajar por reducir hasta eliminar todo tipo de práctica delictiva que provenga de las estructuras de pandillas que en esos municipios tengan presencia.
- Hace un año pedimos perdón a la sociedad por todo el daño y dolor provocado por nuestras acciones y les solicitamos el beneficio de la duda y que nos permitieran reinsertarnos social y productivamente para apartarnos del camino equivocado por el que hemos transitado y así podernos convertir en personas de bien que se ganan el sustento diario de manera lícita con el sudor de su frente, para poder contribuir a la recuperación económica del país. Agradecemos las expresiones sociales que ya se comienzan a manifestar en respuesta a lo solicitado; saludamos y agradecemos la creación de la Iniciativa Pastoral Por La Vida y La Paz, que reúne a Iglesias de diferentes denominaciones, la creación de la Fundación Humanitaria y muy en especial saludamos a los Alcaldes y Concejos Municipales y a las diferentes expresiones de las fuerzas vivas que en cada municipio han tomado la valiente y patriótica decisión de incorporarse a la lucha por recuperar la paz.
- Agradecemos a la Organización de Estados Americanos OEA, y en particular a su secretario general, José Miguel Insulza, y al secretario multidimensional, Adam Brackwell, por el acompañamiento que dan al proceso en su rol de observadores y garantes. Así mismo, agradecemos a los organismos multilaterales y agencias de cooperación por la disposición de apoyo al proceso que han manifestado; de igual forma, a los medios de comunicación nacionales e internacionales por la difusión que han dado al proceso; y también a las autoridades, que han facilitado que esta novedosa vía para reducir violencia pueda desarrollarse, a todos mil gracias.
- A todos los que nos han proporcionado el beneficio de la duda y han creído en lo virtuoso de este proceso porque de él todos salimos ganando, con excepción de aquellos que se lucran de la violencia, les reiteramos que no les fallaremos. Hemos comprometido lo más valioso que tenemos que es nuestra palabra y no escatimaremos esfuerzos por hacerla cumplir. Reconocemos que el proceso aún presenta imperfecciones, como sucede con toda obra humana, pero nuestro desafío es ir superando esos problemas y hacer que este proceso continúe su marcha hasta alcanzar el más preciado de los anhelos de todos los salvadoreños, que es vivir en paz. Los ataques públicos y privados que los detractores de este proceso realizan para hacerlo fracasar no nos detendrán, nuestra decisión y voluntad de transitar por el camino de la paz es firme e indeclinable, porque estamos convencidos de que el camino de la violencia ya no es una buena opción para nadie.
- Con el propósito de materializar hechos que reafirmen nuestra buena voluntad, queremos informar que en próximas horas estaremos haciendo la entrega voluntaria de un total de 267 armas de diferentes tipos y municiones a los facilitadores y a la OEA, para que estos se las entreguen a las autoridades salvadoreñas.
- A todos los que han expresado preocupación por la sostenibilidad de este proceso, les queremos expresar que la misma no depende de nosotros, sino del involucramiento de ellos dando su aporte para hacerlo sostenible; en este desafío nacional por alcanzar la paz no hay lugar para espectadores; por tal razón, reiteramos nuestro llamado a todos los que no se han involucrado a que lo hagan. La Paz solo será posible si todos los salvadoreños nos volvemos protagonistas y nos apropiamos del proceso para alcanzarla. Nosotros ya estamos haciendo lo que nos corresponde, la pregunta que todos los demás deben de hacerse es qué están haciendo ellos por la paz.
El Salvador, 9 de marzo de 2013.
http://cronicasguanacas.blogspot.com.es/2013/03/decimo-comunicado-de-las-pandillas.html
"(...) um filme Nacional chamado "O Homem que desafiou o Diabo", é um conto Nordestino, muito bom. Saberás do que estou falando!
"E Ojuara caiu no oco do mundo, único caminho para a terra de São Saruê, onde o pé-de-vento dá água, os rios são de leite e as montanhas são de rapadura."
(...)
Te cuida onde estiveres, Ojuara, opssss..."
"E Ojuara caiu no oco do mundo, único caminho para a terra de São Saruê, onde o pé-de-vento dá água, os rios são de leite e as montanhas são de rapadura."
(...)
Te cuida onde estiveres, Ojuara, opssss..."
Friday, 8 March 2013
Music of the wekeend: Waterloo sunset...
Terry meets julie, waterloo station
Every friday night
But I am so lazy, don't want to wander
I stay at home at night
But I don't feel afraid
As long as I gaze on waterloo sunset
I am in paradise
Every friday night
But I am so lazy, don't want to wander
I stay at home at night
But I don't feel afraid
As long as I gaze on waterloo sunset
I am in paradise
Thursday, 28 February 2013
Friday, 22 February 2013
Old horse with young heart flies across the sky (2)*
* (2) porque houve um primeiro (...) em fotos apenas: http://deiticos.blogspot.com.br/2011/07/old-horse-with-young-heart-flies-across.html
Vou me permitir enormes
excentricidades hoje. Já que é quase amanha, e não tenho mais saco nenhum para
escrever mais nada que não sejam essas expressões de vontades patéticas de
sei-lá-o-que e que, mesmo assim, urgem e se acumulam. Entre fumaças, doces
regionais e refrigerantes de cola (a essa hora!) dá até vontade de fazer coro
ao burburinho lá de baixo, mas entre a falta de companhia presencial e a certeza
de que tal combinação de glicoses em tal momento da vida já pode ser visto como
uma extravagância, lembro-me, ou vou cada vez mais tentando aceitar, um outro lugar. Este lugar.
∞ O de ponderações preocupadas. (ir,
vir, ficar, me deixem dizer “não sei”!)
∞ O das alterações gastroesofágicas (não
sabia que omeoprazol era tão comum e conhecido; não quero fazer endoscopia)
∞ O de dualidades coragem x
irresponsabilidade; limites entre humildade x insegurança. (Se sou firme,
confiante, opinativo sou arrogante, pedante, pretensioso; se sou inconstante, modesto,
ouço-mais-do-que-falo sou hesitante, fraco, inconfiável).
A esta altura e ainda não aprendi
nada!
Abro mão de certezas em nome da
sabedoria e me tacham.
Estou me deixando moldar/determinar
pelo lugar?
∞ O do uso do verbo voltar. (Se ao menos
eu pudesse me lembrar de todas as músicas que nos mandamos; Eu “voltei”? Aqui me
faz sentir mais dúvida do que nunca? Do que
nunca? Hmm, não sei, talvez não...).
∞ O do lugar de se poder beber à vontade
nas ruas, em contraste com aquele que te multam em 80 pounds – agora deve ser mais! – em caso de vômitos públicos.
∞ O da valorização mais dos reencontros
do que os encontros (alguém falou isso antes de mim, e sim, exemplos de
reflexoezinhas que compartilhamos).
Eu me desespero num silêncio vergonhoso.
O burburinho diminui (mas vai ter gente embaixo da minha janela até às 3h da
madruga...). Minhas tantas histórias que ninguém sabe, minhas tantas fotos que
ninguém viu.
Leio agora na entrada da loja de
conveniências de um posto de beira de estrada o cartaz de “Proibido entrar sem
camisa” com a obviedade de quem tem como natural que o sol já é forte às 6h da
manhã. E onde é o natural? Qual parâmetro aceitar? Por que as adaptações parecem
mais difíceis dois anos depois?
Som,
som som. Em todos os lados o barulho do centro de um Recife que já me basta. Mas onde é que eu me basto? “Because my soul
will be the song of the deser that will be following you”
Essa nostalgia das pequenas
convivências, essa exotização do que está longe; Recife me faz sentir saudades
do que está longe. Londres também fazia. Aliás, só se tem saudades do que está
longe.
Livre porque vivo fugindo, a viagem não
acaba nunca; esse é o teu escudo, calado. Mobilidade, mobilidade, és tudo que
sempre quero, és toda minha maldição.
No meio dessa opressora ordinarização
de tudo, seeming like an eternal inbetweens
life, entre idiomas, “parece um soldadinho do jogo War, querendo conquistar
território”, releio meus textos pessoais no blog, principalmente os de
despedida da Inglaterra: “mesmo desse breu que comeca as 16h eu sentirei falta (...).
Tudo eh despedida, tudo eh finalmente. Mas logo tem mais. Eh soh mais uma
viagem, sempre eh soh mais uma viagem”.
É, de fato, só mais uma viagem? Há pouco me
disseram: “parabéns pela invenção que tu fez da tua vida!”. E assim o vício
pelo estranhamento vai tendo o mesmo destino daquele hábito inicial de ver tudo
pitoresco.
“A lo largo del mes de febrero, luego ya de tres
pesados meses, hubo cinco días parcialmente soleados. Otros tres días fueran de
nieve, menos intensa que la de enero y tan gris cuanto los demás veinte
nublados o de lluvia. Y de frio.”
Ah, o frio! Em fevereiro! Esse foi em
2010. E antes vários outros com reclamações dos most miserables monhts of the year. Eu que gritei tanto pelo sol,
me vejo agora saudando com uma respirada funda cada um dos escassos dias
nublados que encontro.
Hegemonias, discursos, identidades,
construtivismo, política externa, linguística, memória histórica, regras de
formatação, resumos de até 900 caracteres, você que me quer tachar, vão tomar
no!
Ah, tá bem! Já que é uma noite de
excentricidades vou acabar com uma citação:
"We're just like other people: We love to
sing, we love to dance, we admire beautiful women. We are human, and sometimes
very human." Professor Siletsky in: TO BE OR NOT TO BE (film 1942)
Tuesday, 8 January 2013
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