No serán sus compañer@s de clase en la escuelita, porque no los invitamos, los siguientes:
Thursday, 27 June 2013
Mientras tanto, en Chiapas, ¡los NO invitados de las escuelitas zapatistas!
"A l@s adherentes a la Sexta en México y el Mundo:
A l@s estudiantes de la Escuelita Zapatista:
No serán sus compañer@s de clase en la escuelita, porque no los invitamos, los siguientes:
Los legisladores que formaron la Comisión de Concordia y
Pacificación (COCOPA) en el período 1996-1997.
Aunque les hubiera servido darse cuenta de que no se equivocaron con su
iniciativa para el reconocimiento constitucional de los derechos y la cultura
indígenas, misma que fue traicionada por todos los partidos políticos, el poder
legislativo, el ejecutivo y el judicial.
Los legisladores de la COCOPA actual. Aunque les hubiera ayudado a conocer por
dónde está la puerta para la reactivación del diálogo con el EZLN.
Los presidentes de los partidos políticos con registro (PRI,
PAN, PRD, PVEM, PT, MC y NA). Porque no
tenemos antiácidos suficientes para aliviar el coraje que les daría al ponerse
en evidencia lo que se puede hacer, no sólo sin los partidos políticos, sino a
pesar de ellos.
Los presidentes de las mesas directivas de las cámaras
legislativas y los coordinadores de las fracciones parlamentarias. Aunque les hubiera servido constatar lo que
la contrarreforma de ley indígena que mantienen no pudo impedir.
La Secretaría de la Defensa Nacional, La Secretaría de
Marina, el CISEN, la PGR, la Comisión Nacional de Seguridad, la Secretaría de
Desarrollo Social, la Suprema Corte de Justicia de la Nación. Aunque hubieran podido confirmar sus informes
de inteligencia que les dicen que se está mejorando significativamente el nivel
de vida de las comunidades indígenas zapatistas a pesar de sus labores
contrainsurgentes, su apoyo a grupos paramilitares y el tratamiento policíaco
que dan a una lucha justa y legítima. Y,
además, hubieran podido constatar, de primera mano, la persistencia de lo que
con tanto empeño han tratado de destruir: la autonomía indígena.
El Departamento de Estado Norteamericano, la CIA, el
FBI. Aunque les hubiera ayudado a
entender sus reiterados fracasos… y los que les faltan.
Las distintas agencias de espionaje que languidecen de
aburrimiento en San Cristóbal de Las Casas, Chiapas, y cuya única ocupación es
alentar los chismes que pululan entre las ONG´s coletas.
El Mandón, el que realmente los dirige a todos ellos, ante
quien se inclinan y a quien adulan.
Aunque sólo se hubiera estremecido al ver que esa pesadilla recurrente
que padece, tiene visos de realidad.
No han estado, ni están, ni estarán como nuestros huéspedes.
En cambio, han estado, están y estarán como nuestros
perseguidores, como quienes buscan la forma de destruirnos, de doblegarnos, de
comprarnos, de rendirnos.
Estarán espiándonos, vigilándonos, maldiciéndonos siempre,
como hoy, como ayer, como hace 10, 20, 30, 500 años.
No los invitamos no sólo porque nuestro plan de estudios no
incluye grupos de nulo aprendizaje, o para no alentar el “bullying” del que
serían objeto por parte de los demás estudiantes (lo sé, eso sí es una
lástima), o porque tenemos mejores formas de perder el tiempo.
No los invitamos porque, así como nosotros, nosotras, no
vamos a dejar de resistir y de luchar, ellos no van a dejar de despreciarnos,
de tratar de explotarnos, de reprimirnos, de intentar despojarnos de lo que es
nuestro, de desaparecernos.
Así como nosotras, nosotros, nunca vamos a aprender la
lengua del dinero, ellos nunca van a aprender a respetar al diferente.
Y, sobre todo no los invitamos, porque ellos y quien en
realidad los manda, nunca van a entender por qué, en lugar de morir, vivimos.
-*-
Así que, ni modos,
no contarán, entre sus condiscípulos, a tan “ilustres” personas. Por lo tanto, no saldrán en los noticieros de
la prensa escrita, radio y televisión, ni habrá mesas de debate, ni sesudos
análisis. O sea que, como quien dice, el
aire estará limpio. Y la tierra, la que
nos vio nacer y nos alimentó hasta crecer, agradecerá el digno paso que la
anda: el de ustedes.
Vale. Salud y
libertad, que el paso de l@s de abajo es bienvenido, como es bienvenido su
corazón.
Desde las montañas del Sureste Mexicano.
México, Junio del 2013."
Saturday, 22 June 2013
Um retorno a Lênin? Organizaçao e espontaneismo em tempos de “tecnopolítica”
- foto: fanpage "Manifesto Recife" - 20/06/2013
- Por Aleksander Aguilar
Repetição,
de acordo com Hegel, joga um papel crucial na história: quando alguma coisa
acontece apenas uma vez, isso pode ser desdenhado como um acidente – algo que
poderia ter sido evitado se tivéssemos tratado diferentemente a situação; mas
quando o mesmo evento se repete, isso é um sinal de que um processo histórico
mais profundo se desdobra.
(Slavoj Zizek[1])
Desde
2011, com a surpresa da Primavera Árabe e subsequentes séries de revoltas e
manifestações que atravessam vários e distintos países, o tema da organização
popular, ou de massa, ou militante, tem estado na ordem do dia em inúmeros
debates e produção intelectual. Há na era da Web 2.0 um momento de reconfigurações
sociopolíticas, intimamente ligada à essa influência da incontrolável velocidade
das novas tecnologias, que geram ondas de impacto em reverberação. Ocorrem no
contexto europeu, em contra de medidas de austeridade fiscal; ou levantes, no
contexto do Oriente Médio, em oposição aos velhos regimes de governos
autoritários, e agora no Brasil, com uma indignação latente nas ruas por
demandas de justiça social que ainda se buscam compreender e ter formato. Há lutas que elencam muitas dúvidas e inúmeras
posições de um suposto dualismo entre novas e antigas formas de organização.
Entre
essas perguntas estão: Como remediar, ou prevenir, que níveis de massa de
mobilização se dissipem ou sejam subaproveitadas? Como canalizar a força difusa do desejo por
mudanças sociopolíticas em uma luta efetivamente capaz de proporcionar
transformações sociais emancipatórias? Os temas da organização e do espontaneismo são
centrais no corrente cenário e a reflexão conceitual na busca de respostas
envolve nomes contemporâneos do pensamento social e político com renomado
trabalho nesses assuntos e merecem ser citados.
O
mais popular entre esses por enquanto, Slavoj Zizek, em diferentes ocasiões
enfatiza que para a reorganização da vida social é preciso um corpo político
firme o suficiente para realizar decisões rápidas que sejam implementadas também
com a firmeza necessária.[2]
No atual ambiente de despolitização das administrações pós-ideológicas – que,
para Zizek, conforma uma dinâmica perigosa; humaniza e naturaliza o capitalismo
e dá espaço para a organização de uma superdireita – o filósofo afirma que a
democracia liberal não é suficiente e restabelece o horizonte do comunismo
interpretado: “Quando debatemos com os liberais, não deveríamos dizer: 'ah,
vocês são os inimigos burgueses, não discutimos como vocês!' Deveríamos, sim,
alertá-los. 'Sim, nós também gostamos das suas liberdades, mas apenas uma
esquerda bem estabelecida em longo prazo irá ajudar a salvar os aspectos dessas
liberdades que valem a pena. Se não for assim se perderá cada vez mais espaço
para a extrema direita'”.[3]
Outro
filósofo caro a esse debate, Alain Badiou, na sua posição de reinventar a
“ideia comunista” recebe críticas por parecer querer restringir à filosofia a
tarefa de prover respostas que na verdade só podem ser construídas na prática.
Um novo militante, uma nova organização e uma nova disciplina não são propostas
necessariamente ligadas a uma nova hipótese comunista, nem a que o problema
seja o de substituir os partidos, e corre o risco de pautar redefinições mais
abstratas do que soluções.[4]
Teríamos
assim uma divergência entre Zizek e Badiou, este cuja preferência seria a de
uma política sem partido, organizada através da disciplina intelectual do
processo político, e não de acordo a forma correlata à exercida no Estado. Mas há
ao mesmo tempo um diálogo sobre os conceitos que permeiam o debate – como
disciplina e capacidade de decidir e de agir de forma unificada, bem como
estrutura e centralização – em relação direta com a forma do ativismo que se vê
hoje.
Quando
consideramos, então, o momento de manifestações de massa que se desenvolvem e
se espalham desde 2011, as incertezas e inseguranças manifestam-se ao lado, porque
sua natureza indeterminada, de significar qualquer coisa para quaisquer
pessoas, pode atrair enormes contingentes de pessoas às ruas ao mesmo tempo que
torna ações concertadas cada vez mais difíceis: qualquer intervenção decisória
pode provocar dispersões e divisões e, logo, é no fazer as coisas acontecerem que
se determinará quem está dentro e quem está fora.
Há,
sobretudo, mesmo que se busque ser neutro sobre os significados desse novo
militante, dessa nova organização e, portanto, dessa nova política, uma
avaliação negativa do que existe hoje. O declínio da organização leninista não
representou o seu desaparecimento; as ideias dos partidos não necessariamente
representam sentido completo, mas a prática partidária sim, tal qual os
Bolcheviques foram copiados, em termos pragmáticos, porque o formato funcionou.
Dito isso, há certamente um espaço hoje para uma reavaliação teórica da noção
de vanguarda da esquerda que deve se guiar pelo empenho em encontrar e
sistematizar (o que seria bastante útil) noções não-vanguardistas de política
ainda assim entendidas como radicais ou revolucionárias. Com isso seriamos
capazes de pensar o problema do militante e da organização através do presente,
da tecnopolítica (o uso tácito e estratégico das redes digitais para a
organização, comunicação e ação política coletiva, que implica também em utilizar
a rede para tomar o espaço urbano[5])
e combinar propositivamente a questão do “o que é” com o da “o que é preciso”.
Há espaço para que nos movamos mais adiante da polarização conceitual entre partidos vanguardistas, vistos como muito rígidos, e redes de articulação virtual, vistas como muito frouxas? É possível que os movimentos contemporâneos transcendam o espontaneismo pejorativo e sejam articulados como novas formas de criação e de organização?
A evolução desse debate, hoje mais do que nunca enraizado no prático, deve estar pautado num horizonte de emancipação social. O esvaziamento político daquilo que começou como atos propositivos, e agora tem como tom predominante o de paradas cívicas moralistas e conservadoras, precisa ser preenchido, com a construção de uma identidade coletiva que marque distância da direita e tenha uma projeção mais estratégica. Propostas emancipatórias radicais precisam ser desenhadas, debatidas e massificadas de modo a se ter um objetivo sociopolítico estruturalmente transformador. Eis a reflexão chave, segundo Zizek: o espaço da sociedade como conhecemos está para terminar e é tempo para interpretações mais radicais.
Há espaço para que nos movamos mais adiante da polarização conceitual entre partidos vanguardistas, vistos como muito rígidos, e redes de articulação virtual, vistas como muito frouxas? É possível que os movimentos contemporâneos transcendam o espontaneismo pejorativo e sejam articulados como novas formas de criação e de organização?
A evolução desse debate, hoje mais do que nunca enraizado no prático, deve estar pautado num horizonte de emancipação social. O esvaziamento político daquilo que começou como atos propositivos, e agora tem como tom predominante o de paradas cívicas moralistas e conservadoras, precisa ser preenchido, com a construção de uma identidade coletiva que marque distância da direita e tenha uma projeção mais estratégica. Propostas emancipatórias radicais precisam ser desenhadas, debatidas e massificadas de modo a se ter um objetivo sociopolítico estruturalmente transformador. Eis a reflexão chave, segundo Zizek: o espaço da sociedade como conhecemos está para terminar e é tempo para interpretações mais radicais.
*Aleksander Aguilar é jornalista e
doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais
[1]
ŽIŽEK, Slavoj. “Shoplifters of the World Unite”. In: London Review of Books,
19/08/2011. http://www.lrb.co.uk/2011/08/19/slavoj-zizek/shoplifters-of-the-world-unite
[2]
IDEM
[3]
AGUILAR, Aleksander. “O fim dos tempos, segundo Zizek” In: Jornal Brasil de
Fato, 15/09/2010. http://www.brasildefato.com.br/node/258
[4]
Rodrigo Nunes, "Rethinking the Militant", in Shannon Brincat (Ed.).
Volume III: The Future of Communism, Third volume of Communism in the 21st
Century, 3 Volumes, Santa Barbara, CA: Praeger, (in-press, 2013).
[5]
Ander Iñaki Oliden entrevista a JAVIER TORET. "La acción política va a
estar cada vez más mediada por la tecnología" In: eldiario.es 21/06/2013. http://www.eldiario.es/turing/accion-politica-vez-mediada-tecnologia_0_145586203.html
Tuesday, 4 June 2013
Doutorandos do DCP/PPGCP publicam na Revista Jurídica da Presidência da República
*NOTICIA NO SITE DO PROGRAMA EM PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA DA UFPE (em 03/06/13): aqui
"Os doutorandos no Programa em Pós Graduação
em Ciência Política da UFPE, Aleksander
Aguilar e Juliana Vitorino, publicam artigo na Revista Jurídica da Presidência
da República, no atual número 105, que tem edição temática sobre a Comissão
Nacional da Verdade (CNV).
No momento em que a CNV completa um
ano de trabalhos realizados, a Revista Jurídica da Presidência contribui para
os debates sobre a justiça de transição brasileira. No trabalho com o titulo “Retos
y límites de las Comisiones de la Verdad de Brasil y El Salvador”
Aleksander e Juliana fizeram interessante cotejo entre as comissões da verdade
do Brasil e de El Salvador. Ambos alunos são pesquisadores do Núcleo de Estudos
Desenvolvimento e Região (D&R), coordenado pelo professor Marcos Costa
Lima, e organizam o Grupo de Estudos Centro-americanos junto a esse Núcleo.
A Revista Jurídica da Presidência é
um periódico do Centro de Estudos Jurídicos da Presidência, com publicação
quadrimestral, voltado à publicação de artigos científicos inéditos, resultantes
de pesquisas e estudos sobre a atuação do Poder Público que forneçam subsídios
para reflexões sobre a legislação nacional e as políticas públicas
desenvolvidas na esfera federal."
acesso a integra da revista aqui
e
acesso ao artigo em particular aqui
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