Lendo o artigo abaixo tive que fazer uma reflexão sobre um tema que, correndo por fora das minhas principais áreas de interesse, me é bastante caro. Sobretudo com aqueles debates dos horrores surgido logo das eleições, no ano passado.
E agora, asquerosos senhores instigadores do ódio e do preconceito Brasil a fora, particularmente dos estados da região Sul e de São Paulo que se manifestaram tão ridiculamente nos episódios pós-eleições contra o Norte e o Nordeste do país, a ciência vai revelando vossa patética mediocridade.
Mas de fato, e grosso modo, há uma parte de paulistas e sulistas que acham (ou achavam...) que são superiores porque possuem sangue europeu?
Me parece que sim. Porém mais do que isso, creio que é bastante óbvio que há um fosco discurso, e prática, de São Paulo para o Sul que reitera falaciosos estereótipos da "superioridade", alegando motivos de descendência ancorada mais na “cultura” do que na “raça”. Um sociólogo francês Michel Wiewiorka, trabalhou para demonstrar que o apelo à cultura é o traço marcante do racismo multiculturalista. “A cultura hipostasiada é o novo emblema do racismo, e não importa muito em que sentido ou sob que marca ela é mobilizada como emblema segregatório, e isso inclui esse samba do crioulo-doido chamado "cultura africana" ou "cultura afro-brasileira”, afirma Wolfgan Lenk.
O que as pesquisas genéticas do Dr. Sérgio Pena mostram é que o apelo à aparência física faz muito pouco sentido quando se quer falar de ascendência. Os resultados de suas pesquisas anteriores levavam a projetar que cerca de 86% da população brasileira tem marcadores genéticos africanos, ou seja, são, de justo direito, AFRO-DESCENDENTES. Não são só os pretos que são afro-descendentes!
Logo, como definir quais são os problemas das políticas de “racialização forçada” da população brasileira? Onde termina uma "raça" e começa outra? O racismo no Brasil é racista ao dizer que não há racismo no Brasil? E se volta ao velho debate, mordendo o próprio rabo, do conceito de raça...
Ao fim e ao cabo a noção de "democracia racial" é usada contra as políticas de cotas raciais e demais ações afirmativas. Mas Sulistas que se acham europeus gostam, ou gostavam, de usar os argumentos genéticos para se marcarem como “brasileiros diferentes” do Norte e do Sul.
O fato é que seja pela via biológica ou seja pela via cultural, preconceito e racismo exploram sem escrúpulos aquilo que é mais conveniente para tentar justificar seu repugnante e sem-sentido ódio.
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Sorpresa en Brasil: negros y mulatos son genéticamente hasta un 80% más europeos que africanos o indios
*Tomado de el periódio Español, El País - 19/02/2011
"Un estudio científico, coordinado por Sérgio Danilo Pena, catedrático de la Universidad Federal de Minas Gerais (UFMG) ha cogido por sorpresa a los brasileños. Contra lo que se pensaba hasta ahora, negros y mestizos, cuyo porcentaje entre los 190 millones de ciudadanos ha superado ya el 52% de la población, tienen un ADN mucho más europeo que africano o indio.
El estudio, que ha analizado genéticamente a un millar de personas desde Belem a Porto Alegre, demuestra que la ascendencia europea nunca es inferior. De media es del 60% y en muchos casos alcanza un 80%. La contribución africana es, sin embargo, mayor que la indígena que no supera el 10%.
Según Pena, el estudio revela que a pesar de las enormes diferencias regionales de Brasil, casi un continente, "la ancestralidad de los brasileños acaba siendo muy uniforme entre blancos, negros y mestizos". Según el catedrático, "la sorpresa y el mensaje del estudio es que genéticamente Brasil es mucho más homogeneo de lo que se esperaba".
Para analizar el genoma del muestrario, los investigadores, cuyo trabajo completo aparece en la revista Plos One, se valieron de un conjunto de 40 variantes de ADN, los llamados indels, es decir, pequeños trechos de letras químicas del genoma que a veces sobran o faltan en el ADN de la persona. Dependiendo de la combinación de estos indels en el genoma de un individuo, es posible estimar la proporción de sus ancestros, llegados de cada continente.
Según los realizadores del estudio, la combinación entre emigración europea desde el siglo XVI y los matrimonios de hombres blancos con mujeres indias y negras, generó una población en la cual la apariencia física tiene poco que ver con los ancestrós de dichas personas. Lo que ocurre, y ha podido llevar al error es que los genes del color de la piel o del pelo, por ejemplo, son muy pocos, una parte casi despreciable de la herencia genética, a pesar de que su efecto sea muy visible y evidente."
1 comment:
puchica
muy interessante
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e xxx
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