Friday 4 November 2011

Prêmio Democracia e Liberdade Sempre!

O Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre tem o objetivo de homenagear homens, mulheres e instituições que dedicaram e dedicam a sua jornada na defesa da dignidade humana e que, para isso, empreenderam e empreendem uma luta incansável em defesa da democracia e da liberdade, em todas as suas nuances.


A premiação será em 13 de dezembro, data que simbolicamente remete à instituição do AI-5 (em 1968). Com isso, a Central Única dos Trabalhadores reafirma o princípio de lutar contra a opressão, onde quer que ela ainda esteja, e mantém viva a chama dos valores que nortearam sua criação e que sempre estarão presentes na alma do povo brasileiro e latino-americano: Democracia e Liberdade sempre!


O 1º Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre tem abrangência nacional e será concedido nas seguintes categorias:


  • Personalidade de destaque na luta pela Redemocratização do Brasil;

  • Personalidade de destaque na luta por Democracia, Cidadania e Direitos Humanos;

  • Personalidade de destaque na luta por Democracia e Direitos dos Trabalhadores;

  • Personalidade de destaque na luta por Democracia e Justiça no Campo;

  • Instituição de destaque na luta por Democracia e Liberdade;


A escolha dos (as) vencedores (as) de cada uma das categorias será feita por meio de votação através da Internet no site específico da premiação.


Somente será permitido um voto em cada uma das cinco primeiras categorias. O período de votação será de 01 de novembro de 2011 a 20 de novembro de 2011e os nomes dos (as) vencedores (as) serão divulgados em 1º de dezembro de 2011.


Na categoria “luta por democracia e justiça no campo”, abro o meu voto e faço uma breve campanha: Manoel da Conceição (o Apolinario Serrano brasileiro).


Manoel da Conceição é filho de lavradores nascido no vale do rio Itapecuru, no interior do Maranhão, mas sua história de lutador social fundamental o fez um cidadão do Brasil e do mundo.


Líder camponês histórico, Manoel da Conceição é um símbolo vivo da luta campesina contra a ditadura militar brasileira, de resistência contra o arbítrio. Já na juventude vivenciou a expulsão de sua família por proprietários rurais, violência ainda vista em inúmeros outros massacres; depois o envolvimento com o Movimento de Educação de Base (MEB), ligado à Igreja progressista; o engajamento na Ação Popular (AP) e a luta pelas Reformas de Base; até o golpe de 1964, quando sofreu as primeiras prisões.


Durante a ditadura militar, Manoel da Conceição se dedicou à organização e educação de trabalhadores rurais na região do rio Pindaré em sua luta contra o latifúndio e pela conquista da terra. Manoel foi vítima da ditadura. Foi baleado e preso em julho de 1968, ocasião em que teve parte da perna direita amputada por falta de atendimento médico. Na seqüência, foi preso pela polícia política (1972) e dado como “desaparecido”, quando foi submetido a sessões de interrogatório e tortura, sendo solto graças à intervenção da AP e da Anistia Internacional.


Em 1975 foi preso novamente pelos militares, desta vez em São Paulo, e a intervenção da solidariedade internacional conseguiu que fosse para o exílio de 76 a 79 onde escreveu o livro “Essa terra é nossa”, contando sua história de luta pela reforma agrária e de resistência à ditadura. Manoel da Conceição é um dos mais importantes brasileiros da luta por direitos humanos, reforma agrária, preservação ambiental e democracia.

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